quarta-feira, 31 de julho de 2024

MINHA PREFERÊNCIA! (Clique e leia)

Antonio Nunes de Souza*

 

Nas flores eu admiro a pureza

Nas mulheres encanta-me a beleza

Na vida espanta-me as adversidades.

As flores enfeitam a vida e a morte

As mulheres amam quando têm sorte

Mulheres e flores trazem felicidades!

 

Nas Belas flores a rosa é rainha

Mas, mesmo bela ainda espinha

E mais se assemelha a mulher.

A rosa é colorida e formosa

A mulher é vaidosa e charmosa

E ninguém sabe o que ela quer!

 

Com as semelhanças que vejo

Na verdade o que mais almejo

É estar sempre com uma mulher.

Com muitas flores enfeitando

Os momentos que estivermos amando

Deixando o resto pra quem quiser!

 

*Escritor, Historiador, um dos Membros fundadores da Academia Grapiúna de Letras!


A NECESSIDADE DA FUNDAÇÃO DA UFFA! (Clique e leia)

Antonio Nunes de Souza*

Logicamente, com o progresso na área do esporte, as preferências, os desejos de vencer não só com sucessos pessoais, como desabrochar com dezoito anos, ganhando uma fábula, contratos exorbitantes e inacreditáveis, todos jovens, masculinos e femininos, estão se dedicando ao esporte bretão e, muitos deles, por ter suas “escolas” em campinhos improvisados em suas favelas e subúrbios, tendo a disponibilidade de todo o dia e as vezes até a noite, terminam transformando-se em verdadeiros ídolos mundiais!

Não podemos em nenhuma hipótese, condenar a Deus por esse benefício dado aos pobres, paupérrimos e favelados, essas grandes oportunidades de conseguirem assegurar os seus futuros e de suas famílias, através do sucessos nos campos do mundo inteiro!

Porém, por incrível que possa parecer, as classes médias e altas já estão de olho nessa fatia bastante gorda, além dos destaques nas mídias sociais e eventos nababescos! Sem nenhuma dúvida, sentem as maiores invejas de verem nas revistas mais privilegiadas do mundo, fotos dos criolos e mulatos, antes pobres favelados, viajando nos seus jatinhos particulares, ou singrando os mares com seus luxuosos iates com até helicópteros a bordo para eventualidades!

Então, para atender os anseios de todos os jovens que hoje olham o futebol como um esporte/comércio altamente rentável, seja criada a UNIVERSIDADE FEDERAL DE FUTEBOL ASSOCIATION – UFFA que, cuidando diretamente do ensino pebolístico, complementado por outras matérias de essencialidades básicas, forme craques miraculosos, ampliando a nossa exportação, que já é bastante significativa. Percebe-se de cara que estaremos carreando milhões de euros e dólares, fortalecendo a economia brasileira!

Vamos lutar para que sejam instaladas não só as UFFAs, como também providenciar faculdades para outros esportes destacados pelos seus lucros, fazendo simplesmente, que os esportes não sejam, como acontece, apenas o complemento curricular!

Vale salientar que os ricos, já que seus filhos se dedicam, ao hipismo, tênis, balet, piano e outras coisas sofisticadas, eles entraram na jogada comprando os times completos, investindo milhares de dólares e ganhando milhões de Euros!

Jamais esqueçam que esporte é cultura. E agora tornou-se uma cultura rica e cheia de glamour. Mas, é importante educar esses monstrinhos estupradores e idiotas que fazem uma série de bobagens com suas fábulas, ganhas mensalmente!

*Escritor, Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros fundadores da Academia Grapiúna de Letras!

terça-feira, 30 de julho de 2024

O ANIVERSÁRIO DE LARISSA! (Clique e leia)

 

Antonio Nunes de Souza*

Contar o tempo de nossas vidas é talvez um dos fatos mais importantes de nossa passagem pela terra. Uma vez que, através dele, passamos ter um sentimento de crescimento, conhecimento das coisas, lições de experiências que nos serão bastante úteis no futuro e, principalmente, desfrutamos de várias fases interessantes e felizes como a infância, puberdade, juventude, adulta e, posteriormente, a velhice que espelhará tudo que aconteceu nesse longo período de vivência!

Quando passamos um filme desse tempo passado, relembramos todos os agradáveis e maravilhosos fatos que aconteceram, como também alguns problemas que tivemos, muitos por tolices, preconceitos, preocupação com os terceiros que comentarão bobagens condenando, ou até por nossa própria culpa de escolher demais nas horas que deveria seguir o que seria melhor e se preocupar apenas em ser feliz!

Esses dias passados tive a satisfação de ir a um evento dessa ordem, que foi o aniversário de Larissa Tavares, jovem e bonita moça, na flor da sua idade, entre sorrisos, beijos e abraços, demonstrava a alegria de estar aumentando mais um ano em sua vida que, mesmo não sendo das mais fáceis, tem lhe proporcionado uma série de alegrias e satisfações. Estavam reunidos muitos colegas, amigos e amigas, inclusive contando com a presença da sua mãe e avó que vieram para dar alegria e apoio a filha e netinha que muito merece. Eu, como convidado, sentia-me alegre e feliz apenas por ver a felicidade e os sorrisos que a aniversariante distribuía constantemente, tirando dezenas de fotos com os convidados. Como convidado especial, aproveitei e levei o meu grande amigo o professor Mestre em filosofia Fernando Caldas que, assim como eu, observava a alegria contagiante da nossa querida Larissa!

No decorrer do evento foram servidas diversas rodadas de pizzas, refrigerantes, cervejas, etc. que todos se deleitavam com satisfação, aproveitando as gostosuras da cozinha italiana da Pizzaria e Restaurante Taverna. Depois de algumas horas, os convidados foram saindo fazendo suas despedidas, e eu e Fernando também nos levantamos para seguir os nossos caminhos, felizes por termos participado de um evento onde tudo foi perfeito, agradável e, certamente, será inesquecível na vida da querida Larissa. Ela, elegantemente vestida, levantou-se e nos levou até a porta, nos despedimos e voltou para seu lugar a mesa junto aos presentes que acabara de receber, oferecidos pelos seus carinhosos e simpáticos amigos e colegas!

Beijos e abraços Larissa Tavares e espero ter a oportunidade de festejar com você dezenas de outros aniversários, olhando para você e vendo em seu rosto a felicidade estampada.

Esses fatos dessa “louca vida” que vivemos e que fazem acreditar na existência divina, que nos dá a oportunidade de desfrutarmos de momentos maravilhosos que jamais serão esquecidos. Assim sendo, vamos contar o nosso tempo com carinho, mas nunca esquecer que, ele não volta atrás. Agarre as oportunidades com unhas e dentes!

Esse fato aconteceu no ano de 2015. Depois disso vi Larissa por mais duas vezes, pois, ela trabalhava como caixa de um supermercado local e, desta feta, disse-me que einha pedido demissão, já que havia recebido uma proposta irrecusável, para ganhar dez vezes mais do que ganhava. Perguntei curioso o que seria o trabalho, e ela disse que não poderia me dizer, que era segredo, pois, tinha sido uma das poucas selecionadas. Fiquei curioso em ver uma linda e sensual jovem de apenas 19 anos, apenas com curso secundário, ganhar semelhante salário. Mas, como não me competia entrar em mais detalhes, lhe desejei parabéns e boas sorte!

Porém, passados dois anos, fiquei sabendo que ela foi para Espanha, levada por uma quadrilha que arregimenta moças bonitas para trabalhar de babá, e lá chegando, prendem os passaportes e as colocam para trabalhar na prostituição, tendo inclusive de dar uma receita de X ou Y por dia, sujeitas a serem obrigadas a terem relações sexuais várias vezes ao dia, em todas opções desejadas pelos clientes. Lamentei muito e nunca mais tive notícias, não sabendo qual é o seu paradeiro atual, que provavelmente, nada de bom deve ter acontecido!

Que isso sirva de lição e advertência para outras moças, que através de redes ou pessoalmente, recebem propostas tentadoras, caindo em armadilhas que deixam sequelas profundas em suas vidas. Nada custa conferir severamente, quem são as pessoas que estão envolvidas nas propostas “maravilhosas”!

*Escritor, Historiador, Cronista, Poeta e um dos membros fundadores da Membro da Academia Grapiúna de Letras!

segunda-feira, 29 de julho de 2024

A AVENTURA DE SÃO BENEDITO! (V) (Clique e leia)

 

Antonio Nunes de Souza*

Manhã seguinte, depois dos procedimentos de praxe e normais, chamou um táxi e mandou que levasse Diva para casa, pois, por necessidades de trabalho, alegou que precisava viajar por 3 dias e, assim, que voltasse, ligaria para ela. Combinados, ela seguiu e ele, imediatamente, vestiu a roupa e foi transitar nas ruas observando de perto, todos os acontecimentos normais e anormais do cotidiano, e os hábitos e costumes durante as horas de trabalho!

Ficou logo enlouquecido com as destrezas e loucuras das motos no trânsito, fazendo mil piruetas e se acidentando por minuto, os condutores de veículos buzinando e dando contra mão para passar na frente, os guardas impassíveis parecia que nada estava acontecendo, os flanelinhas extorquindo cobrando os estacionamentos públicos, menores e maiores, com facas ou revolveres assaltando celulares e outros objetos dos pedestres, e, com tudo isso, o povão cantando, ou assoviando, com camisas do Vitória e do Bahia e algumas da seleção ou Barcelona. Mas, todos trabalhando normalmente, não fazendo jus a piada “sacana” que o baiano é preguiçoso!

Passando por uma porta de banco, teve oportunidade de ver uma troca de tiros entre assaltantes e policiais que, infelizmente, dois transeuntes que nada tinham com a coisa, serem baleados pelas tais “balas perdidas”. Isso as 15 horas, em plena luz do dia, com as ruas abarrotadas de gente. Cheias de carros de som com os decibéis acima dos limites, propagando festas e liquidações do comércio, mas, com essa merda toda, ainda via-se uma caralhada de gente com seus celulares nos ouvidos, ou com seus smarts dedilhando. Nunca vi tanta audácia e loucura criminosa, e esses tranquilos circulando numa boa!

Retornou para o hotel ao anoitecer, comeu um acarajé na passagem pela praça da Sé e, descansando um pouco, tomou um banho e voltou a sair para ver a rotina noturna fora das badalações de festejos, pois, com Diva ela só pensava e beber, dançar e fazer sacanagens. Tudo isso é legal e estava adorando, mas, tinha que escrever seu relatório!

Ficou traumatizado quando viu grupos reunidos embaixo das marquises usando drogas, mais precisamente crack, maconha e cocaína! Muita gente nessa situação, nesses lugares apelidados de “cracolândia”. Uma grande tristeza bateu no seu coração! O pior é que, nesse ambiente podre, via-se de crianças até adultos da terceira idade!

Bastante chocado, voltou para o hotel para fazer reflexões, sobre o “por quê” do absurdo “livre arbítrio”. Pegou pela primeira vez, seu notebook e começou seu relatório. Pelo avançado da hora, depois de algum tempo, terminou dormindo!

Aí, logo cedo, soube pela tv que haveria um desfile do trio de Ivete Sangalo e, no final, em pleno Farol, um puta show para o seu novo vídeo, com a participação de vários outros artistas!

Bené pensou logo: Essa parada eu não perco nem a pau! Vou bombar até o amanhecer. Vai ser o bicho!

Deu uma gargalhada e pensou, novamente: “Porra mermão, já estou super por dentro das expressões idiomáticas e gírias da putada baiana!”

Mandou o departamento de turismo do hotel providenciar dois lugares em cima do trio (uma nota da porra, mas, vale a pena ter essa visão) e, ligando para Diva alegando que tinha voltado antes, combinou essa programação. Ela veio e ambos antes de partir, foram no próprio Pelô ao restaurante de Dadá e pegaram uma deliciosa moqueca de peixe regada ao molho de camarão, para dar a resistência necessária para mais essa aventura musical, analista e amorosa!

De cima do monstruoso trio, bebiam, dançavam e Bené super fascinado e via as vezes, uns bando de caras, sem camisas, fortes, saírem atropelando as pessoas com os cotovelos e, aqueles que não gostavam recebiam muitas porradas, virando uma briga generalizada, só acabando quando a polícia aparecia metendo a porrada e prendendo uma meia dúzia deles. Bené, estarrecido, pensou: Que idiotas, no meio de uma festa tão alegre, “por que” inventar de brigar? Deve-se isso ao tal do “livre arbítrio”!

Depois do desfile, já esquecido das coisas desagradáveis, entraram na folia e, sem nem pensar em nada, requebraram, se esfregaram, beijos e alisamentos e, na madrugada, como sempre, rumo ao hotel para a gloriosa sessão de sacanagens sem limites. Essa parte Bené adorou muito e não deixou por menos. Mandaram ver e fizeram o couro comer solto!

Pela manhã, mandou Diva para casa e resolveu fazer seu relatório final, mesmo estando com um prazo mínimo de 15 dias em Salvador. Sem nem querer ir para outros lugares, principalmente Brasília, que soube que lá só tinha ladrões e corruptos!

Assim começou ele o seu e-mail celestial:

Querida Santíssima Trindade,

Como combinamos, fiz as maiores pesquisas e observações sobre os comportamentos dos homens e, lamentavelmente, devido ao tal do seu ‘livre arbítrio”, as coisas funcionam de maneiras absurdas, sem que haja respeito humano, cada um ditando suas regras egoísticas, cometendo todos tipos de pecados condenáveis!

Para mim foi uma experiência maravilhosa que, me perdoe, mas, não voltarei mais, pois, “adorei a Bahia”. Comprarei com minha ainda liberdade de gastos, uma pequena Van adaptada para venda de lanches e, eu e Diva, mulher que escolhi para ser minha companheira, vamos viver vendendo quitutes nas festa da capital e do interior!

E, para que o Senhor não ficar em falta de um Santo escurinho, sugiro que promova o grande negro Zumbi dos Palmares, ou o maravilhoso Mandela, colocando um deles em meu lugar!

Mil perdões e procure analisar ao ler esse relatório, se realmente, esse negócio de “livre arbítrio” está certo, ou foi um erro de tradução Bíblica. Me perdoe, mas, eu acho que alguém para livrar sua responsabilidade, inventou e divulgou esse estranho e sem sentido “Livre Arbítrio!”

Com respeito e muito amor,

São Benedito (ou atualmente Bené para os íntimos)

Assim que terminou e enviou o e-mail, já sentindo-se livre da santidade, ligou para Diva e disse sem a menor vergonha: “Divinha meu amor, pegue um táxi ligeiro e venha logo, que eu estou com a maior tesão!”

Quero salientar para vocês, que essa aventura de São Benedito tem oito anos, e eu soube por um amigo que tem um negro chamado Bené que é muito rico, mora no Rio e está “bombando”. Aí me veio à cabeça que pode ser nosso querido ex santo. Como devo ir ao Rio essa semana, irei verificar e contarei para vocês (se for ele), suas atuais atividades. Não custa nada aguardar!

*Escritor, Historiador, Cronista, Poeta e um dos membros fundadores da Academia Grapiúna de Letras!

domingo, 28 de julho de 2024

A AVENTURA DE SÃO BENEDITO! (IV) (Clique e leia)

Antonio Nunes de Souza*

Logicamente, para ficar mais à vontade apreciando toda movimentação da cidade, Bené não alugou, ou comprou um carro, preferindo andar de táxi, que ele logo achou que cobram bastante caro, mas, como já disse, todas as contas eram “a debitar sem limites”, ou seja: 0800!

Bené e Diva tomaram um táxi e foram diretos para o Porto da Barra, praia pequena, mas, poderosa e frequentada por uma grande maioria de pessoas bonitas, inteligentes, com grana e também cheia de rapazes e moças de aluguel. Essa última parte, Benedito teve o cuidado de anotar mentalmente e observar que a “putaria” aqui na terra tinha um grande valor prazeroso e comercial também!

Se achegaram a Barraca do Zé, alugaram duas cadeiras, mesa e um sombreiro. Com sacrifício o garçom conseguiu uma vaga para alojá-los e, sem demora, Diva que bebia pra caralho, pediu logo duas caipiroscas de maracujá e, antes porém, uma cerveja geladinha cu de foca, para rebater a noite anterior (dizia ela que uma cerveja na manhã seguinte era um puto remédio para ressaca, Bené achou até que ela tinha razão e sabia das coisas)!

Com o desfile de bundas e alguns peitos, propositadamente, deixados a mostra, Bené, mesmo na sua santificação, pensava: “Que terra maravilhosa é essa meu Deus? Aqui é que deveria ser o paraíso, e essa raça de “filhos da putas” ainda se queixam e andam se matando. Vou foder com eles no meu relatório final!

Ficaram lá até o final da tarde, comeram uma moqueca de peixe com camarão, servida numa panela de barro com o caldo de azeite borbulhando de quente!

 Viram que, às vezes, passava um artista global, ou um cantor famoso, fazendo a galera ficar assanhada tirando fotos e dando gritinhos histéricos. Até Bené que, quando Caetano Veloso passou, deu uma de tiete e foi tirar sua foto também. E pensou: “Quando eu chegar de volta, vou mostrar para Tom Jobim!”. Sem nenhuma dúvida, o Santo estava completamente fascinado com a tarefa, e por ter começado em Salvador!

Levou Diva para sua casa para pegar algumas roupas, ficando de a noite ir busca-la, pois, precisava de umas horas para fazer algumas coisas relativas ao seu trabalho. Ela concordou e ele seguiu para o hotel!

Tomou seu banho e ligou a TV para ver dois programas que lhe foram recomendados: Marcelo Rezende e Luiz Datena. Os derramadores de sangue nas salas dos brasileiros. Claro que ficou horrorizado com os crimes de estupros infantis, roubos, assaltos, traficantes de drogas, assassinatos, homofobias, racismos, maus tratos com as mulheres e crianças, em fim tudo de podre que possa acontecer num lugar como a terra, tão linda e abençoada por Deus!

Ajoelhou-se, pediu perdão a Deus, mas, naquele momento, a história e conotação do “livre arbítrio”, não tinha o menor sentido. Lembrou-se da citação histórica: “Há algo errado no reino da Dinamarca!” E viu que tudo estava bastante errado no mundo todo!

Mas, como estava em missão celestial, tinha que ser sincero, com o Espirito Santo, porém, também como reconhecedor de uma falta de paternidade nessas ações animalescas!

Meio triste, porém alegre com sua missão cheia de nuances boas e ruins (estava adorando as boas), Ligou para Diva avisando que iria buscá-la!

Tomou um táxi e partiu para Amaralina, para saber de Diva qual seria o destino deles aquela noite. Diva já estava assanhadíssima para ir para o Curuzú, ver na Liberdade o ensaio do Ilê Aiyê, que é o retrato da negritude baiana, onde pode-se admirar toda beleza da etnia africana, que enfeita e dá vida a salvador!

Para se chegar lá foi foda. O transito estava uma merda, as ruas lotadas de gente, turistas de todas as partes, ruas interditadas, uma puta confusão que assombrou Bené, mas, Diva o acalmou e disse que era assim mesmo, pois, o povo vai puto da vida, porém, sorrindo e dançando pelas ruas, Um contraste filho da puta. Mas, tudo isso, “só se vê na Bahia!”

Com o espírito de baiano já encarnado, saltaram do táxi na Lapinha e foram andando, já tomando capetas pelo caminho, por recomendação de Diva, alegando que era a bebida que aumentava toda tesão e alegria da festa em função do pó de guaraná. Bené logo pensou: “Eu sabia que essa porra toda tinha alguma coisa a ver com o sacana do Demônio!” Mas, como disse a senadora: “relaxe e goze!’  Vou obedecê-la!

Quando chegaram, os tambores rufando na cadência africana e os toque baianos, Benedito tomou o maior susto e pensou: “Meu deus! Estou na África no meio do meu povo querido!

Há muito tempo que não via tantos irmãos reunidos! E, ainda mais, todos enfeitados, dançando, sorrisos nos lábios, corpos suados pelos requebrados, e a felicidade estampada nos olhos! Porém, um paradoxo filho da puta, pois, com tanta alegria e maravilha, ao mesmo tempo acontece as mais bárbaras atitudes nos mesmos dias e horas! Uma loucura difícil de se acreditar!

Dançaram, beberam, comeram maniçoba, correram algumas vezes, por causa de umas “porradas” que sempre acontece e, finalmente, depois das normais esfregações, beijos e abraços, partiram para o hotel, Bené já cheio de alegria, pois, logicamente, não deixaria de dar umas boas trepadas, pois, Diva era insaciável por um cacete em qualquer buraco do seu corpo! Bené pensou: Eu não conhecia, mas estou até gostando de um cuzinho. É mais apertadinho e a posição de trenzinho dá uma sensação divertida e gostosa. No meu tempo cu era usado só pra cagar e peidar, e boca era só para falar e comer, não tinha nada de boquete nem o tal do 69 que Diva me ensinou!  

E não deu outra, foderam o mais que puderam, Diva usou e abusou do cacete santificado de Bené, sempre elogiando seu perfeito desempenho, por estar de prontidão na hora e posição que ela desejava. Creio que somente sendo santo, poderia acalmar a sua sedenta e sagaz xoxota. Bené, toda vez que gozava pensava: “ai estou no céu, meu Deus! Logo via a blasfêmia que acabava de pensar e, imediatamente, pedia perdão no pensamento ao Senhor e, disfarçadamente, se benzia!

Diva era insaciável e gozava várias vezes, gozos múltiplos, mas, sem cerimônia, ao tempo em que tirava o pênis da xoxota, virava as costas para que Bené enfiasse todo na sua bundinha! Só mesmo um pau santificado, poderia atender aquela mulher bastante insaciável!

Como é normal, depois de uma noite desvairada dessa, justo será um bom sono reparador, para no dia seguinte, continuar as aventuras e pesquisas para seu relatório. Observem vocês que, já com quatro dias de badalações, Bené ainda não tinha escrito uma única linha no seu notebook!

Só se preocupava com o que faria de maravilhoso no dia seguinte. Estava completamente empolgado e deslumbrado com as aulas de sacanagem que Diva vinha lhe dando diariamente!

Literalmente, estava super fascinado com a putaria baiana! Vamos ver como será o seu dia amanhã!

*Escritor, Historiador, Cronista, Poeta e um dos membros fundadores da Academia Grapiúna de Letras!!


sábado, 27 de julho de 2024

A EXPERIÊNCIA DE SÃO BENEDITO! (III) (Clique e leia)

 

Antonio Nunes de Souza*

Bené acordou as 10 horas, meio ressaqueado, tomou um banho de ducha fria para acabar de despertar, pediu o café no apartamento, tomou e ligou a tv no canal que cuida exclusivamente das programações turísticas da cidade e região do recôncavo, afim de se entrosar com os eventos!

Ficou logo sabendo que as onze horas e trinta começaria a lavagem de Itapuã, contando com vários blocos e trios, além de parte dos Afoxés famosos. Deu um largo sorriso, pegou o celular e, prontamente, ligou para Diva, que já pronta e arisca, estava louca para ir curtir essa “parada”, nas praias do velho Dorival Caymi!

Bené vestiu uma das suas roupas bem coloridas e espalhafatosas, tinha comprado uma pulseira e um cordão de prata com crucifixo, colocaram nele (a lojista) duas fitas do Senhor do Bonfim, deixando ele, bonito, enfeitado e pronto para enfrentar essa famosa lavagem!

Ficou meio parecido com turista, mas, pela cor, o gingado, tom de voz e a malandragem pegada na véspera, passaria, tranquilamente, como um baiano, apenas de bom gosto e com grana. E, sem máquina fotográfica, filmadora e sotaque, deixava transparecer que era um nativo curtidor da terra!

Pegou um taxi, disse o endereço de Diva, que ficava em Amaralina, indo pela orla como ele pediu ao motorista, para ir apreciando as praias. Ficou estupefato de ver tantas mulheres, praticamente nuas tomando banho, ou sol para se bronzear, pensou logo: “Puta que pariu! No meu tempo de vida na terra ninguém nem pensava numa porra dessa. (Essas expressões baianas ele tinha aprendido bem antes da viagem). A praia era somente dos pescadores e Pedro comandava uma turma grande!”

A sorte é que vesti minha sunga, que a moça da loja me recomendou, mas, nem sabia para que era tal peça do vestuário!

Pegou Diva, trocaram beijinhos e seguiram para a Praça da Sereia, onde fica a concentração popular. Diva, periguete experiente nessas festanças, encostou numa barraca, e pediu logo duas caipiroscas bem caprichadas para começar a animação. Começaram a beber, sacodindo os corpos com o som distribuído pela praça, enquanto não chegavam os torpedos sonoros dos trios e bandas baianas. Passou um menino vendendo queijo coalho assado, ele curioso em conhecer, pediu logo quatro e começaram a comer com melaço, que dá um gosto especial. Tudo isso para ele era uma grande novidade e pensou: “Todo mundo fica doido para ir para o céu, e lá não tem nada disso”!

De repente, o povo saiu na carreira e gritavam; VEM AÍ UM ARRASTÃO! Ele disse: Oba, que legal! Pensando que era um bloco, mas, Diva que era “puta velha” em conhecimento dessas merdas (tinha só trinta anos), puxou ele pelo braço e correu para o sanitário de uma barraca e, quando passou a quadrilha de maiores e menores, saíram tranquilos sem terem sidos roubados. Ela explicou para ele o que se tratava e ele ficou besta, sem querer acreditar que, numa festa tão alegre, bonita e religiosa, um grupo de sacanas se aproveitassem para fazer saques e roubos. Pensou: “Colocarei isso no relatório como coisa grave, absurda e abusiva!”

Passado o susto, começaram a chegar os trios e bandas arrastando a multidão, e eles entraram no bolo dançando agarrados aos beijos e esfregações. Bené, assustado com essa nova situação, sentiu algo diferente acontecer e, como sempre fazia, pensou: “Meu Deus, não é minha maldade, mas, não me contive e estou de pau duro novamente, me esfregando na bunda de Diva e, para ser sincero, com vontade de transar! Sei que Santo não transa, mas, aqui eu sou um simples mortal, e tenho o alvará da Chefia, além do tal “livre arbítrio” que me dá cobertura total!

Dançamos, pulamos, fomos abençoados pelas baianas, comemos churrasquinhos, ostras, camarão no espeto e todas as comidas que, normalmente, são vendidas e servidas nessas festas de largo. Deixaram as roupas na barraca que estavam, e caíram na água refrescante do mar!

Já cansados e meio tontos, pegaram um táxi e foram para o Hotel onde Bené estava hospedado. A essa altura da festa Diva estava ”solta na buraqueira” para o que desse e viesse!

Claro que não iam dispensar um bom banho de piscina, uma cervejinha bem gelada para rebater e, completamente satisfeitos, foram para o quarto, tomaram uma chuveirada. E, como não poderia deixar de acontecer, já completamente nus, deitaram na gostosa cama de casal, e começou a rolar uma putaria “franciscana”, como dizem os baianos. Benedito foi ao banheiro, se benzeu, pediu perdão a Deus, e voltou mais armado que soldado russo, com o cacete que parecia um pé de sofá!

Dizem que os negros tem as picas grandes e grossas, e Bené, com certeza, não nega a raça. Transaram em todas as posições que Diva conhecia, deixando Bené feliz, bobo, emocionado, e mais mole que pudim. Terminando os dois dormindo, só acordando no dia seguinte, que era domingo!

Bené deixou Diva se espreguiçando na cama, foi para o banheiro e, olhando-se no espelho, sorrindo novamente pensou: “Quando eu contar para a turma lá em cima minha missão, vão ficar todos putos de inveja!” Banhou-se, fez a higiene normal e voltou, para ceder o local para Diva que, na maior naturalidade, levantou-se totalmente nua com seu corpo tesudo, e com um sorriso nos lábios, vendo Bené nu com um lindo pau exposto, sagazmente, baixou a boca e fez um gostoso boquete, deixando ele tremendo de gozo. Logo após foi para o WC, dizendo que sairia já de biquíni para irem ao Farol, ou Porto da Barra! Enquanto isso, ele pediu um café para dois, para saírem abastecidos para uma nova aventura, e novamente pensou: “Puta merda que missão maravilhosa está sendo essa. Duvido que umas férias em Dubai seja melhor que isso!”

Logico que novas coisas interessantes acontecerão, mas, vamos deixar para as partes seguintes. Tenho certeza que vocês estão, como eu também, curiosos com essa inusitada experiência de um emissário Divino, a nossa querida e maravilhosa terra baiana!

*Escritor, Historiador, Cronista, Poeta e um dos membros fundadores da Academia de Letras!

A EXPERIÊNCIA DE SÃO BENEDITO! (II) (CLIQUE E LEIA)

 

Antonio Nunes de Souza*

Como prometi e nunca deixo de cumprir, estou dando sequência a religiosa e sagrada missão do grande e venerado S. Benedito!

Aportou em Salvador através de uma ação milagrosa do Senhor, sendo esta a última que receberia, até o dia de seu retorno, ou seja, seis meses depois, tempo suficiente para ele questionar, estudar, analisar, conviver e, certamente, tirar suas conclusões e levar seu relatório!

Para ficar no centro da cidade e no pedestal da negritude, escolheu um hotel de classe regular no Pelourinho, foi para seu apartamento, onde, por sorte, da janela descortinava uma linda vista para a casa Jorge Amado e as sedes dos famosos blocos Olodum e Filhos de Gandhi. Podia-se dizer que estava no centro das atenções de Salvador e dos turistas do mundo inteiro!

Comprou logo nas lojinhas instaladas na rua, camisas estampadas, bermudas, sandálias, uma bandana e, num piscar de olhos, estava um autêntico baiano, até com o charme do sorriso e andar que, santificadamente, já tinha se preparado para enfrentar os bate papos e as conversações com os nativos!

Tomou um taxi, foi para o Shopping Barra e lá comprou umas calças Jeans, camisas, camisetas regatas, cuecas, bermudas discretas e coloridas também, sandálias abertas e fechadas, dois tênis e outras coisas básicas que todos nós sabemos quais, principalmente um celular que é a maior arma de comunicação do momento!

Gastou uma puta nota, mas, como a verba de representação era liberada, nem se incomodou com esse detalhe. Mandou bala!

Voltou das compras ao anoitecer, tomou um bom banho numa enorme Hidro massagem, que lhe deixou fascinado e pensou: “no céu não tem nada disso, o pessoal lá tá por fora!”

Vestiu uma das roupas que havia comprado e, olhando-se no espelho, logo disse: ESTOU BONITO PRA CARALHO! (Vale dizer que tinha permissão para usar o linguajar dos terráqueos, mesmo os feios e chulos, para que não despertasse desconfiança). E Benedito, já sentindo-se um “afrodescendente baiano”, não economizou as expressões locais, aprendidas telepaticamente, pela sua condição de santo, antes de sair do céu. Era sexta-feira, fim de semana, dia que a vasta boemia fervilha no Pelô com os ensaios das bandas, euforia dos turistas vermelhões das praias e seus requebrados fora dos compassos, mas, nas cadências dos tambores. Benedito acercou-se de um bar movimentado, encostou no balcão e o barmen perguntou logo: Diga aí Bahia, o que é que manda? Ele respondeu: Quero uma xícara de chá de erva cidreira!

-Qualé negão, quer zombar da minha cara? Essa porra aqui é um bar e não farmácia de produtos naturais. Deixe de sacanagem e diga logo o que deseja e, enquanto pensa, vou trazer uma dose de cana da boa para você experimentar!

O garçom trouxe um copinho de Pitú, cachaça pernambucana da boa, e ele numa talagada só, bebeu a zorra. Depois de dar umas duas torcidas e cuspir, falou: Porra cara, a merda saiu queimando meu estômago e foi até o olho do cu. Que bebida forte é essa?

-Cachaça mermão! E essa é a que dizem que matou o guarda! rs rs rs

–Como sabia que fazer mistura de bebidas não era legal, continuou tomando suas doses de pinga, e o garçom perguntou o seu nome, ele disse que era Benedito e logo foi tratado pelo garçom como Bené.

-Lá para as 23 horas começou a ouvir os tambores cheios de encantos, e foi informado que era o começo do ensaio do Olodum. Pagou a conta, deu uma gorjeta ao já seu amigo Vavá, e colocou a cara na rua!

Vale dizer que tomou o maior susto de ver aquele avalanche de gente, mulheres batendo na canela e, para alegrar mais, se requebrando de tal forma e numa esfregação tão grande, que se ele não fosse Santo se excitaria na hora!

Mas, mesmo com a sua santidade, porém com o juízo cheio de cana, terminou entrando no meio, aproveitando todas as sacanagens, aprendeu logo os passos fundamentais e, sem nem lembrar da sua missão, pegou uma negra gostosa e fogosa e se atracou até o amanhecer!

Ela foi para casa, trocaram telefones e ficaram de se falar no dia seguinte. O fato é que na ladeira do Pelô, só deu Bené e Diva (esse era o nome dela)!

Chegou cansado pra cacete, tomou um banho, e pediu no hotel uma pizza para se alimentar para enfrentar o dia seguinte. Comeu legal, olhou-se no espelho, deu uma risadinha, deitou e se apagou, sem nem escrever uma linha sobre a primeira experiência!

Como suas experiências daqui para frente, serão mais apimentadas que os acarajés, vou deixar para a número três, que logo estarei escrevendo com detalhes!

*Escritor, Historiador, Cronista, Poeta e um dos membros fundadores da Academia Grapiúna de Letras!!

  

 

A EXPERIÊNCIA DE SÃO BENEDITO! (I) (Clique e leia)

 

Antonio Nunes de Souza*

Segundo os defensores da Bíblia Sagrada, creio que, para justificar a liberdade e libertinagem que existe na terra, o Pai Sagrado não querendo refrear essa gente mudando os comportamentos, pois, na verdade seria descabida e estranha essa atitude celestial, quando ficou sacramentado o tal do “livre arbítrio”, como se fosse uma liberdade total para todos, e depois, cada um seria penalizado pelos seus pecados!

Essa explicação é simplesmente uma questão de fé, pois, não é cabível um Pai com amplos e totais poderes, ver seus filhos praticando super barbaridades, e bancar o Pilatos, lavando as mãos. Esquisitíssima essa atitude, uma vez que, nós que somos simples pais e pessoas comuns, não concordamos com os comportamento dos nossos filhos, literalmente, puxamos suas orelhas e os levamos para os caminhos certos, ou pelo menos, tentamos, veementemente, ao máximo!

Mas, nossa questão não é corrigir a Bíblia, nem tão pouco fazer contestações a essa interpretação milenar. Se temos fé, o certo é acreditar, porém, se nossa fé não é suficiente, vamos caminhar com um pé na frente e outro atrás, pois, um dia tudo será mais que esclarecido!

Nosso texto é sobre uma reflexão de Deus na sua grande piedade cristã, resolveu mandar um emissário a terra, no sentido de ver de perto “in loco” o comportamental dos homens, e com um relatório bem explicado e detalhado, faça com que Ele, na sua bondade, acabe com essa liberdade total que existe no nosso planeta, ou até em outros, quem sabe?

Para tanto, fez uma reunião com todos os Santos, explanou suas ideias, e pediu um voluntário para fazer tal trabalho, começando pela nossa querida Bahia. Na mesma hora, S. Benedito levantou-se e se ofereceu para tal tarefa de grande responsabilidade, alegando que a Bahia era um grande celeiro de negros, certamente, ele passaria despercebido e poderia conseguir, tranquilamente, todas as informações necessárias!

O Espírito Santo achou a justificativa genial e plausível e, sem titubear (Deus não titubeia nunca), assinou uma autorização com liberdade total, inclusive com todas as despesas livres e sem preocupações com gastos!

Benedito, assim vamos trata-lo daqui pra frente, ficou assanhadíssimo (santo também fica assanhado), preparou sua modesta bagagem, pois, as roupas apropriadas compraria num moderno e bacana shopping center, tipo de loja que no seu tempo na terra não existia, e atualmente apenas conhecia através da TV Celestial, filiada da Globo, que já está lá no céu sob o comando do velho Roberto Marinho, querendo também manipular os Santos e as almas, como faz normalmente com os pecadores da terra!

Como o texto está se alongando somente com o preâmbulo, vou terminar, e amanhã escreverei sobre a chegada e estadia de Benedito em Salvador, sendo que foi logo apelidado de Bené!

Não deixe de ler as continuações (são 5 crônicas sensacionais) , pois, aí é que começam as aventuras maravilhosas e eróticas do nosso Santo pretinho, nas muito loucas plagas soteropolitanas!

*Escritor, Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros fundadores da Academia Grapiúna de Letras!!

sexta-feira, 26 de julho de 2024

PROCUREI SALVAÇÃO NO AMOR! (Clique e leia)

 

Antonio Nunes de Souza*

Nessas horas desesperadoras, é que temos a oportunidade de provar que somos inteligentes, práticos, dinâmicos e boas ideias, para superar qualquer que seja o problema!

No momento os problemas são vários: Ataques das viroses, governo deixando a desejar, desemprego brabo e tudo caro pra cacete. Com essa sequência de merdas reunidas, pensei longamente e, mais que depressa, usando das minhas qualidades escolares, aparência e saúde muito boa, mesmo com meus cinquenta e cinco anos, vislumbrei que, tranquilamente, poderia arranjar um casamento com uma coroa solteirona, ou viúva sem filhos, já que a Net está cheia delas, doidas para ter um compromisso, pois, nas suas cabeças, é importantíssimo ter um homem ao seu lado para envelhecer com felicidade. Um engano idiota, porque tudo indica que o melhor é terminar a vida, apenas com uma boa cuidadora, sem ter ninguém para sacanear!

Já decidido, como sou bom no computador para penetrar em todas as redes, comecei a fazer uma triagem criteriosa olhando centenas de perfis, escolhi uma meia dúzia que pareciam ter uma boa situação e, tranquilamente, me daria uma “melhor idade” descansada e com mordomia!

Não demorou mais de uma semana, recebi o aceite ser amigo de uma chamada Isabel Ferreira de Almeida Campos! Me entusiasmei logo, pois, como esse nome pomposo, sua situação financeira só poderia ser respeitável. E, como fazia parte dos meus planos, passamos a trocar gentilezas e figurinhas, conversa vai conversa vem, até que resolvemos nos encontrar para nos conhecer. Para não espantar a caça, não quis que fosse em meu micro quitinete e nem em sua casa, para não parecer que estava procurando maiores intimidades, além de deixa-la mais a vontade. Combinamos que seria num shopping, e aproveitaríamos para almoçar. Consegui com um amigo uma grana emprestada para pagar as despesas, impressionando minha querida futura “salvação”!

Nos encontramos, almoçamos, conversamos, sorrimos, ela disse-me que tinha sessenta anos, era viúva, tinha tido um filho, mas, faleceu em um acidente. Eu falei algumas coisas ao meu respeito, mas, deixei claro que estava desempregado e gostaria de ter um relacionamento com uma pessoa como ela para viver meus restos de anos numa plena felicidade. Seus olhos faiscaram e ela falou que tinha uma linda casa e, se eu me propusesse a casar, seria uma maravilha para ambos, pois, a aposentadoria do marido daria para os dois viverem numa boa!

Saímos, ela tomou um táxi para voltar para casa e eu, logo depois, peguei um ônibus e retornei, pensando já em morar na bela casa da minha amada, porém, a história de casar me deixou um pouco preocupado, mas, se era para solucionar meus problemas qualquer sacrifício valeria!

Os encontros foram aumentando, eu já ia direto para sua casa, que parecia uma mansão ajardinada e, marcamos o nosso casamento, sem pompas, apenas no cartório, somente eu e ela, tendo como testemunhas os próprios funcionários! Como já tinha levado minhas roupas, entreguei o apartamento um dia antes, fomos direto para casa, brindamos a sós e, naturalmente, tivemos a nossa primeira relação sexual, com certo pudismo, não passando de um modesto “papai/mamãe!”

Para encurtar a conversa, passados seis meses, vivendo com tranquilidade, ela perdeu a pensão por ter se casado, a casa estava penhorada na Caixa Econômica pelo falecido marido, recebemos a determinação judicial para desocupá-la em uma semana. Para mim tudo isso era novidade e fiquei puto com ela, porque nada me contou sobre essas pendências que, a essa altura fodeu com meus planos e me botou numa gelada!

Resultado: Entregamos a casa, nos separamos, ela foi morar de favor na casa de uma amiga e, de sacanagem, botou um advogado em meu pé para eu lhe dar uma pensão vitalícia. Perdi a questão na justiça, ficou determinado que lhe daria um salário mínimo mensalmente!

Desempregado, fodido, não pude cumprir o determinado, depois de quatro meses de atraso, estou preso por falta de pagamento de pensão alimentícia, e uma raiva filha da puta dessa velha sacana que me enganou!

Essa história é uma prova que, nem sempre, o “bandido do amor” se dá bem. Vocês coroas e jovens também, tenham cuidado, pois as redes estão cheias de galãs de meia tigela, procurando se aproveitar. Não esqueçam do velho e correto adágio: “Antes só do que mal acompanhado!”

*Escritor, Historiador, Cronista, Poeta e um dos membros fundadores da Academia Grapiúna de Letras!

quinta-feira, 25 de julho de 2024

MARAVILHOSA SEXUALIDADE DAS ÁGUAS! (Clique e leia)

Antonio Nunes de Souza*

Passados quase quinze anos, estou eu em Itaparica, veraneando com meu marido e filhos e, olhando para a piscina, comecei a rememorar como conheci meu querido Carlos e como começou o nosso romance!

Na época, com meus dezenove anos, acabando de chegar a uma idade que poderia dizer que era, realmente, uma mulher, ganhei num sorteio de um Supermercado, uma semana de férias em Ilhéus com tudo pago, hotel cinco estrelas, viagem aérea, refeições, eventos sociais, shows, além de um carro com motorista para me transportar nas minhas saídas para desfrutar dessas delícias!

Infelizmente, não dava direito a companhia, pois, se assim fosse, teria levado a minha irmã comigo.

Mas, mesmo sendo uma moça tímida e não acostumada com tamanha mordomia, não quis perder a oportunidade de desfrutar de momentos maravilhosos e inesquecíveis que, com certeza, jamais esqueci e relembro com muito prazer, como estou fazendo agora!

Carlos, engenheiro da Petrobras, estava a serviço e, por felicidade, hospedado no mesmo hotel. E, logo no meu primeiro jantar, ele chegou ao salão, que estava cheio, e o maitre me pediu permissão para colocá-lo em minha mesa, já que eu estava sozinha. Para mim era indiferente, apenas aumentaria minha inibição pela falta de hábito a tais gentilezas com estranhos.

Ele sentou-se e se apresentou, trocamos sorrisos e nomes e, somente depois disso, consegui observar que tratava-se de um homem bonito, jovem e sem alianças nas mãos.

Começamos a conversar, inicialmente com cautela, mas, com sua simpatia, terminou me fazendo contar porque estava ali e como, e que estudava enfermagem já estando no sexto semestre. A conversa foi tão deliciosa, quanto a refeição sugerida pelo maitre do maravilhoso e internacional hotel.

Já na sobremesa, riamos e brincávamos como se fossemos amigos a longo tempo.

No dia seguinte, sábado, ele estaria de folga e convidou-me para ir a praia que, logicamente aceitei, não só por ter sido ele, como também quando se está só em um ambiente estranho, geralmente ficamos meio perdidos.

Na praia, tomamos umas cervejas, comemos caranguejos, ostras, camarões secos, queijo qualho assado na brasa, todas as gulodices que tinha na grande barraca que nos abrigava na praia denominada de Milionários. A essa altura já corríamos para as águas de mãos dadas ou abraçados e, nos mergulhos, não deixávamos de nos esfregar um ao outro, provocando-lhe uma excitação tamanha, que eu sentia seu membro latejar em minhas coxas e bunda, logicamente, me provocando desejos da mesma forma. Não digo que me “molhei” toda, pois já estava dentro d’água e seria um pleonasmo!

Por pouco não chegamos aos extremos, mas, desejos não faltaram, com o balançar das ondas e nossas pernas entrelaçadas embaixo d’agua.

Voltamos para o hotel as 14 horas e ficamos de descansar até as 18 horas, e depois iríamos tomar um bom banho na enorme piscina e jantar na borda, protegidos por uma enorme sombrinha!

E foi o que fizemos. Acordei, tomei um gostoso banho para me despertar mais, vesti um vestidinho curto e provocante, por cima do minúsculo biquíni, logicamente, querendo seduzir mais ainda, meu já querido e desejado Carlos!

Ele todo barbeado, cheiroso e com uma sunga sumária, talvez com a mesma intenção minha. Parece que estávamos, juntando a “fome com a vontade de comer”!

Trocamos beijinhos, nos abraçamos e sentamos em uma mesa discreta e distante um pouco, dos poucos hóspedes que tomavam banho, já que não estava no “pico” das férias. Ele muito romântico, pediu uma champanhe para brindarmos a nossa nova e boa amizade. Fiquei logo mais fascinado com ele, pois, para mim, esses tratamentos, juntamente com as mordomias do hotel, representavam uma situação que, com certeza, nunca pensei de viver tão cedo. Ou mesmo de viver!

Depois de algumas taças, caímos na água, já praticamente sozinhos e, não deu outra: começamos a nos desnudar e sem nenhuma palavra, começamos a nos atracar sexualmente, sentindo eu, prazerosamente, sua gostosa penetração aquática que me levou ao delírio, fazendo-me gozar quase que imediatamente, já que o balançar das águas, substituía a necessidade do “vai e vem” dos nossos corpos. Carlos, com seu membro latejando dentro de mim, única coisa que, incrivelmente, veio a minha mente foi: obrigado meu supermercado querido! rs rs rs Sou vou fazer compras lá!

Sem mais nenhuma timidez, mergulhei e peguei o sei membro e abocanhei com tanta gulodice que quase me engasguei, mas, meu desejo, era vê-lo feliz, gozar novamente, porém, lentamente ele me virou e, abrindo as minhas pernas, começou a penetrar em minha bundinha que, com as águas ajudando, seu pau ia entrando todo sem que eu nem sentisse alguma dor. Ao contrário, pois, dava-me um prazer novo e desconhecido, ainda mais de ver em seus olhos a satisfação de estar, praticamente, gozando pela segunda vez em minha bundinha!

Depois de mais de uma série de sacanagens, carícias e afetos, saciados e cansados, saímos da água, nos enxugamos com as toalhas. Tomamos mais uma taça de champanhe, desta feita para selar nossa amizade e, tocando a campainha, chamamos o garçom para que servisse o nosso jantar ali mesmo no deck da piscina!

Não se faz necessário dizer que, durante toda minha semana, dávamos nossas transadas aquáticas e deliciosas, quando Carlos chegava do trabalho a noite e, firmamos um namoro sólido, pois hoje, somos casados, temos dois filhos lindos e, na piscina da nossa casa, sempre a noite quando as crianças já estão dormindo, descemos e, sem pestanejar, recordamos aqueles momentos com doçura, carinhos e orgasmos múltiplos!

Vale a pena dizer que, até hoje, sou uma cliente assídua do meu querido Supermercado!

*Escritor, Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros fundadores da Academia Grapiúna de Letras!


quarta-feira, 24 de julho de 2024

ELE VEIO ME CONTAR! (CINCO) (CLIQUE E LEIA)

Antonio Nunes de Souza*

Confesso que tenho sonhado sempre com as confissões do meu querido avô, ao mesmo tempo esperando que ele volte para completar seu serviço de espionagem, como uma maneira de contribuir com seu netinho, informações preciosas e jamais conhecidas, no sentido de matar minha curiosidade e, consequentemente, depois de analisar com calma e dedicação, eu possa seguir a melhor vertente de crenças para que, certamente, vá de encontro com aquela que melhor ofereça serviços e atenções, sem muitas exigências de comportamentos na vida terráquea!

Reconheço que tenho alguns “pecadinhos simples”, mas, no olhar dos meus julgadores é que seus tamanhos serão determinados!

Como sempre faço, depois do almoço deito-me no sofá da sala e vou ver o noticiário, inclusive, curiosamente é nesta hora que vovô sempre aparece. Mas, surpreendentemente, desta feita quem me apareceu foi um anjo, todo preocupado, ao meu lado e se apresentou:

-Meu nome é Anjo Mamede, e sou o anjo da guarda de seu avô Albino Marcelino Alves de Souza. Por ele ser uma pessoa legal e me dá algumas pequenas gratificações, eu tenho facilitado suas fugas para a terra, sensibilizado com o amor que ele dispensa ao senhor!

-Lógico que tomei um susto retado, vendo aquele enorme anjo com asas grandes e bonitas, bem em minha frente, coisa que imaginamos, mas, jamais temos oportunidades de presenciar ao vivo e a cores!

-Muito prazer, mas, me diga logo o que aconteceu com vovô? -Morreu de novo?

-Nada! Só se morre uma vez, e quem está no céu está sujeito as suas regras e estatutos e, o mais que pode acontecer é uma transferência imediata para o purgatório, ou em última instância, a depender do pecado, ser despachado para o inferno, e passar uma temporada nas mãos do famoso Diabão Malvadeza! O slogan desse diabo, que ele repete toda hora é: “É UMA BRASA, MORA?”

-Felizmente seu avô foi beneficiado com uma nova lei celestial 21.717, que, no seu caso, fazer as fugas por amor familiar, apenas deverá cumprir seis meses de privações, com prisão “nuvenciliar” e com um terço eletrônico preso no tornozelo para que não haja perigo de saídas furtivas!

Assim sendo, ele me pediu que lhe avisasse, tivesse calma que, assim que passar a sua penalidade, ele pedirá ao “Conselho do Espírito Santo” uma permissão oficial, para fazer uma visita no Ministério Alan Kardec, reduto do Espiritismo e, obviamente, trará notícias fresquinhas de como são as coisas por lá!

-Obrigado pela sua gentileza e dedicação, dê lembranças ao vovô e diga a ele que eu não disse nada para ninguém, sobre tudo que me confidenciou!

-Um abraço meu amigo! E, numa rabanada só, bateu asas e foi embora!

Espero que meu querido avô cumpra sua penitência corretamente e, em breve, volte para complementar essa “estória” incrível e inacreditável. Infelizmente vai demorar um pouco, e vou ficar devendo à vocês as nuances do espiritismo!

Na verdade essa crença é a que mais me deixa cheio de dúvidas, pois, ficarem os espíritos purgando por anos ou séculos para voltar com corpos diferentes, e aqui chegam cometem os mesmos erros do passado, uns até vem piores do que foram. Pois, se voltassem melhores, pelo tempo de morre gente, milhões de anos, já estaríamos com a população mundial toda de espíritos purificados renovados, bondosos, mais humanos e solidários. E isso não aconteceu, provando que, se voltam, voltam as mesmas merdas ou piores, já que cada dia que passa o mundo fica cada vez mais insuportável!

Não quero me precipitar com conjecturas, prefiro aguardar vovô algum dia voltar para me contar!

*Escritor, Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros fundadores da Academia Grapiúna de Letra – AGRAL


terça-feira, 23 de julho de 2024

ELE VEIO ME CONTAR! (TRÊS) (Clique e leia)

Antonio Nunes de Souza*

Pacientemente fiquei a espera de um novo contato com vovô, mas, na verdade, sabia que demoraria, pelo menos duas semanas para dar tempo a sua ida ao Purgatório, fazer seu “Seminário de Adaptação”, tomar também conhecimento se ficaria de quarentena, ou não, purgando alguns dos seus maiores pecados!

Entretanto, como sempre ocorria, bastou eu acabar de almoçar e me deitar no sofá para ver o jornal Hoje, com dez minutos, chega meu avô, com um ar agoniado, porém, com sua tranquilidade habitual nos gestos e olhos. Sentou-se ao meu lado e foi logo dizendo:

-A coisa está ficando cada vez mais difícil. Minhas economias alimentícias já acabaram, está meio barra conseguir uma boa quantidade das que vem de contrabando do Paraguai, pois, tem uns figurões lá que arrematam tudo. E hóstias no câmbio negro lá é mesmo que dólar, sempre muito acima do preço oficial!

-Fui ao Purgatório e pude ver que lá você chora e a mãe não vê. Tem um tal de um Desembargador Moro (parece que é o pai ou avô do juiz do Paraná), que, depois de examinar a sua ficha de vida terráquea, despacha imediatamente a sentença parcialmente que ele acha que lhe compete e, sem delongas, ou direito a entrar com defesas, você vai cumprir o determinado. E se reclamar, a pena é dobrada automaticamente. Moro colocou o nome de “Fogo a Jato”!

-E comigo, foi a seguinte minha condenação: Passar uma semana no Inferno, sem regalias, acompanhado juntamente com um importante diabo que atende pelo nome de “Toninho Malvadeza”, conferindo e vendo todos os métodos e lugares onde os maiores pecadores cumprem suas sinas, e pagam os grandes pecados cometidos. Pelo apelido desse homem, você pode ver que não é o homem não é flor que se cheire!

Meu Diabo guia chamou duas “capetaxis” (motos que atendem no inferno), montamos na garupa e os diabinhos socaram o pé na velocidade, quase voando por entre as fogueiras e pequenos vulcões que alimentam de fogo os ambientes do inferno. Só não me caguei de medo, porque fantasmas não cagam, senão teria me borrado todo. Mas, Malvadeza ia sorrindo e se divertindo com minha cara assustada. Primeiro paramos em uma série de lareiras quase em brasa, todas cheias de gente gemendo. Ele me disse: Esses são pequenos castigos para pecadores de terceira categoria, que por bondade do Satanás, depois de um ano nesse modesto sofrimento, voltarão para o purgatório, cumprirão algumas peninhas complementares e, se tudo correr bem, irão para o céu! Nosso intercâmbio aqui funciona na base do bom comportamento (parecido com o penal terráqueo!)

-Imaginei logo as merdas que iria ver adiante! E isso com um calor filho da puta, e sem poder dizer nada. Malvadeza usava um casaco de amianto que aliviava as calorias!

Seguimos nos ‘capetaxis” até chegarmos a umas enormes piscinas de aço inoxidáveis, cheias de azeite quente até a boca, e dentro abarrotadas de gente, gritando e pedindo perdão, alguns dizendo que estavam arrependidos, outros dizendo que foi acidente, outros nem conseguiam falar, etc., o fato era que era uma cena monstruosa, terrível, e Malvadeza ainda mandou fazer umas ondas no óleo para “refrescar” as cabeças dos judiados! Juro que me deu vontade de vomitar com tamanha barbaridade, porém, imagino as desgraças que aqueles caras fizeram para estar naquela situação. Olhei com atenção para ver se conhecia alguém, mas, o único que pude ver e reconhecer pelo nariz de Pinóquio foi um antigo presidente chamado Bolsonaro, que chorava, gritava e pedia perdão!

Os vivos perversos e criminosos, nazistas, negacionista, ruins e egoístas que se cuidem! E esses eram apenas os de segunda categoria, fiquei imaginando o que acontece com os de primeira categoria!

Continuando a nossa rota, paramos numa planície que, ao longe, toda amarelinha, me pareceu um quadro de Van Gogh, mas, ao chegar perto, vi que era simplesmente fogo que saía da terra de meio em meio metro, com labaredas de dois metros de altura e, nos diversos cercados de 200 metros quadrados, com mil homens cada um, sendo queimados e assados como se fossem aqueles frangos vendidos nas padarias. Em outros cercados estavam cheio de pecadores estupradores e xenófobos que, centenas de “Diabogays” enfiavam nas bundas deles os tridentes em brasa, se vingando das discriminações e perversidades que sofreram na terra. Esses eram os de primeira categoria e mais ruins durante suas passagens pela terra!

-Depois de ver tudo meu netinho, uma semana de sofrimento somente de assistir, que muita gente que se diz boa na terra terá que enfrentar, voltei para a “Central Infernal”, me despedi de Malvadeza agradecendo a gentileza e, mais que depressa, saí pela janela voando direto para o Purgatório, levando embaixo das asas meio chamuscadas do meu Anjo táxi o “Certificado Satânico” de turismo infernal!

-Voltei para o céu, completamente amofinado e vi que por pouco escapei de sofrer tantas desgraças, que muitas pessoas acham que não existem. Pois, vocês ruins e miseráveis vão ver e sentir o que lhes aguardam depois da morte!

-Vou dar um tempo sem aparecer, pois já estou meio manjado no céu, meu anjo da guarda (gente boa) já está me chamando a atenção e, como a minha intenção é vasculhar a vertente espírita, terei que estar bem municiado de hóstias para conseguir meus passes na surdina. Beijos e abraços meu neto querido, e espero que tenha lhe tirado uma série de dúvidas, e tenha lhe deixado bem informado para você ainda ter tempo para se redimir, e chegar no céu com todos os direitos, inclusive receber logo “Minha nuvem, Minha Morte” com quarto e sala, ou até com dois quartos!

Na minha próxima viagem contarei tudo sobre a religião de Alan Kardec. Pode ser a qualquer hora ou dia, só vai depender eu conseguir comprar o passe!

*Escritor, Historiador, Cronista, Poeta e um dos membros fundadores da Academia Grapiúna de Letras!