terça-feira, 2 de agosto de 2022

SEXO O DISCRIMINADO!

 

Antonio Nunes de Souza*

Dos nossos hábitos, costumes, comportamentos, atividades ou atos que praticamos milenarmente, posso afirmar com absoluta segurança, que a relação carnal é a mais estupidamente discriminada, graças uma reação ridícula da hipócrita sociedade, não querendo reconhecer que trata-se de uma necessidade fisiológica normal dos homens e de todos os animais!

Fazer “sexo”, como hoje é denominado puritanamente e erradamente, tornou-se uma obscenidade se for dito da maneira simples e popular rotulado pelo povo em geral de “transar, trepar ou mesmo foder”. Foram classificados como imorais vulgares, desclassificados, parecendo que trata-se de uma coisa condenada pelas crenças religiosas, quando sabemos que, para isso foi que existe desde a criação do mundo, os gêneros masculinos e femininos de todas as espécies, sendo que, atualmente, esse distinto ato é praticado também por todos os gêneros entre si, sem que haja distinções, apenas levando em conta e consideração, simplesmente o prazer. O orgasmo é que é o importante, seja quem for o parceiro ou parceira!

Com essa observação que faço, não desejo de nenhuma hipótese vulgarizar o ato ou comportamento. Apenas, que seja naturalmente, encarado, sem o pudismo hipócrita dos pseudos puritanos, como se estivéssemos dizendo palavrões, pois, sabiamente, temos conhecimento verdadeiro que toda sociedade existente na humanidade, pratica livremente ou as escondidas, quer sejam casados, solteiros, viúvos, jovens, adultos e velhos. Quem goza uma vez, fica freguês!

E, principalmente, pelo seu grande valor nas nossas atividades e anseios, tem-se a maior frustração quando perde-se esse desejo, ou suas forças físicas não lhe dão mais a condição de praticar. Ou seja, as tesões pelas decadências físicas ou doentias, eliminam das pessoas essa gloriosa vontade e, grosseiramente discriminada desaparece, sucumbindo e mortificando o prazer de uma transada, trepada, ou uma boa foda!

Essa nomenclatura popular e cotidianamente usada com mais generosidade e naturalidade pelos homens, passou a ser rotulada como “chula”, quando na realidade deveria ser encarada com a mesma naturalidade com que, normalmente, é praticada!

Vamos todos deixar essa besteira de tratar a relação carnal como um pecado mortal, uma coisa impura, obscena e porca, quando na realidade trata-se da “primeira” maravilha do mundo, as outras sete vindo muito depois!

Querer e fazer represálias ao linguajar do povo, com algo que todas as camadas praticam, gozam e se deleitam, é que é um pecado mortal por estar desmerecidamente, não reconhecendo seus apelidos nada pejorativos!

*Escritor – Historiador, cronista e poeta!

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