domingo, 12 de julho de 2020

NOITE INACREDITÁVEL!

Antonio Nunes de Souza*

Não costumo, em nenhuma hipótese, aproveitar “estórias” ocorridas para fazer minhas crônicas. Gosto, e muito, de criar situações que muitas vezes podem ter acontecidas, poderão estar acontecendo, acontecerá ou, provavelmente, está além da imaginação. Suponho que assim procedendo, ofereço uma leitura diferenciada e divertida!

Porém, tem sempre uma vez que, para atender um bom amigo, saímos do nosso padrão e, sem demora, passa a narrar uma aventura de um outro querido amigo, sendo bem inusitado e interessante, por que não, completamente hilariante!

Nosso amigo, paraibano de quatro costados, homem versado nas habilidades da tecnologia informática, foi convidado para um seminário na sua área, em Recife, lhe enviaram passagem, hospedagem reservada, data, horário, etc., então, seguindo as coordenadas, resolveu ir na véspera para no outro dia já estar lá muito bem tranquilo.
Chegando lá dirigiu-se para o hotel, registrou-se e foi para seu apartamento, mas, pelos corredores ele percebeu uma movimentação feminina circulando, com linda mulheres, todas vestidas elegantes, curiosamente perguntou ao porteiro que levava sua mala, de que se tratava. O rapaz lhe respondeu que estava havendo um congresso de secretárias, o hotel estava todo reservado para elas e que ele era o único hóspede homem do hotel, sendo aceito por consentimento delas, já que era o jantar festivo de despedida, pois viajariam na manhã seguinte, quando chegariam os participantes da informática!

Lógico ele, muito mulherengo, ficou todo saltitante, imaginando que estava no paraíso, que Deus havia lhe dado esse presente! Para completar a dádiva divina, elas o convidaram para o jantar de despedida, já que ele estava solitário. Quando o boy foi lhe transmitir o convite, ele ficou tão assanhado que pensou alto: Acertei na mega sena!
Se arrumou todo e foi na hora prevista para o salão de festas e eventos, todas em sua volta se apresentando, cada uma mais bonita que a outra, sendo que todas eram alegres, desinibidas e, por estarem em grande maioria (eram umas 50), se sentiam soltas para flertarem, aproveitando essa inesperada presença masculina. Creio, em conjunto todas pensaram em tirar o maior sarro com nosso amigo Mendonça (esse é o seu nome), e não aconteceu diferente, No começo meio escabreado, mas começados os comes e bebes, principalmente os “bebes”, ele e elas foram se soltando e, como um passe de mágica, já estavam dançando, aos abraços e beijos, sempre faziam uma roda com ele no meio, entrando de uma a uma e tacava-lhe uns beijos, ele todo derretido não soltava a taça e enchia a cara, pensando, tranquilamente que essa noite ia passar muito bem, que lá pras tantas escolheria uma ou duas de ponta de dedo e, partiria para as verdades.
A coisa foi rolando, ele já meio derrubado, as mulheres foram saindo aos poucos e, quando ele foi ao sanitário fazer xixi, na sua volta, não tinha mais ninguém, todas tinham ido para os seus devidos quartos. Prontamente, ele se sentiu uma merda, solitário, abandonado, depois de ter se esfregado com beijos e abraços, sentindo-se um marajá e seu séquito de odaliscas, ter que ir dormir no maior 0 X 0 de sua vida!

Cabisbaixo, tomou o elevador para descer para o quarto e, por casualidade, dentro estava uma velhinha que olhou pra ele toda sorridente. Então ele não contou conversa. Parou o elevador entre dois andares, suspendeu a saia da idosa e, sem piedade, mandou ver na velhota que, nada disse somente abriu as pernas e lhe abraçou com carinho. Ele[u1]  com a aflição e secura que estava, fez a velhinha dar dezenas de suspiros, agradecer a Deus o presente que estava recebendo, sentindo orgasmos múltiplos, coisas que há muito não sentia!
Depois de várias transadas em todas as posições possíveis, a velhinha perguntou: Você é o anjo Gabriel que veio fazer outro Jesus em mim, pois meu nome é Maria?
Ele só fez dizer “cala a boca titia, isso é só uma putaria!”

Terminada sua sessão de estupro, seguiu para o quarto, tomou um banho, foi dormir e, na manhã seguinte, ainda ficou matutando: Será que essa merda toda aconteceu, ou foi um sonho meio pesadelo? Acho que estou trabalhando demais e preciso de umas férias!

*Escritor-Historiador-Membro da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL-antoniodaagral26@hotmail.com-antoniomanteiga.blogspot.com


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