Antonio Nunes de
Souza*
Claro
que eu tinha de lhe mandar notícias e, principalmente, minhas últimas
peripécias nas noitadas juninas!
Você
ingrata, mandou dizer que viria, preparei o quarto de hóspedes, avisei aos meus
amigos e amigas que chegaria uma amiga gatíssima da capital, e você falhou de
última hora! Não sabe o que perdeu sua boba, com essa ideia de recolhimento
espontâneo, desprezando as doçuras da vida que, com certeza, como diz o poema,
os anos não trazem mais!
Sem
querer exagerar minha filha, foi o S. João mais maravilhoso da minha vida. Como
temos a festa de camisas mais quente e famosa de junho, sempre aparece centenas
de turistas curiosos e sedentos para participar dos folguedos, as esfregações
das danças, os bate coxas dos forrós e, na maioria das vezes, uma “trazadinha”
com sabor de canjica! Rs rs rs
Lógico
e evidente que fiz tudo isso, tomando licores de vários sabores, acompanhada de
um gato de S. Paulo (Roberto que seus dois amigos que vieram acompanhando o
tratavam de Betinho). Logo que vi o danado, bateu a química, pele, tesão, etc.,
pois o cara é lindo e muito macho, coisa rara hoje em dia. E a recíproca foi
verdadeira, uma vez que, ao bater os olhos em mim, foi me pegando para dançar,
com uma pegada daquelas que você sente logo algo duro nas coxas e pensa na
antiga música: “É com esse que eu vou dançar até cair no chão!”
Não
precisa lhe dizer que tudo aconteceu como deveria acontecer. Fizemos tudo que
tínhamos direito e umas “coisitas” mais, pois Betinho é mestre em fazer uma
mulher sentir prazer múltiplo em todas as ocasiões. Me fez lembra uma expressão
já deixada para trás, mas, que cabe nessa história junina: “Arrombou a boca do
balão!” Me colocava de quatro, no ato e, com seu pistolão Adrianino de duas
bombas, mandava ver, fazendo que eu visse estrelinhas prateadas!
Foi
adorável e uma pena que ele não pode ficar para S. Pedro, pois tinha que voltar
as suas atividade de advogado. Deve ser um bom profissional, pois, com sua vara
jurídica, me condenou a uma festa DELICIOSA!
Veja
se vem no carnaval sua tola. Ou então nas Olimpíadas, que teremos aqui milhares
de turistas estrangeiros, e aí poderemos internacionalizar nossas xerecas,
ficando até “bilíngues” rs rs rs
Com
amor e saudades, sua querida amiga,
Vivianne
*Escritor
– Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com
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