Antonio
Nunes de Souza*
Estamos
hoje em plena sexta-feira Santa, cultuando a morte de Jesus Cristo e, nos dias
25 de dezembro, comemoramos o nascimento do filho de Deus. O curioso e
interessante é que, nas duas situações, os comportamentos são de uma semelhança
incrível, já que em ambas datas todos se locupletam de refeições nababescas,
vinhos, frutas, cantorias, danças, rezas e algumas partes meio profanas como um
complemento das nossas festas na terra!
Essa
minha observação tem certo sentido, principalmente em função de serem dois
acontecimentos distintos, sendo um de nascimento, que na verdade merece uma
alegria total e muitas festividades. Entretanto, na sexta feira da paixão, onde
temos a tristeza de relembrar os sofrimentos repugnantes, castigos severos e
uma morte através de crucificamento, seria mais correto e justo, que fosse um
dia de rezas, reflexões, leituras bíblicas, visitas as igrejas e, logicamente,
ter suas refeições normais sem que deixassem transparecer, como se fosse uma
festa e sim um sentimento profundo!
Essa
festança toda, por justa razão, deveria ser no dia da ressureição de Cristo,
pois, nesse dia, ele volta para casa do seu Pai. Acontecimento que prova a sua
Santidade e a nossa alegria de Vê-lo subir ao céu!
Pelo
peso da minha idade, posso dizer que, com alegria e satisfação comemorei muitas
dezenas de Natais e, como também, fiquei em silencio orando em alguns momentos
do dia, as emissoras de rádios saiam do ar, ou apenas tocavam músicas
clássicas, (sem nenhuma propaganda), acompanhei muito as procissões do Senhor
morto, todos cabisbaixos e fazendo suas benditas orações e, como hábito e
costume milenar, comia meu peixinho frito ou de escabeche!
Creio
que seria interessante se fazer uma reflexão e, com justiça, voltar aos hábitos
passados, diferenciar os eventos, mostrar maior religiosidade e respeitar mais
o Nosso Senhor Jesus Cristo!
*Escritor-Membro
da Academia Grapiúna de
Letras-AGRAL-antoniodaagral26@hotmail.com-antoniomanteiga-blogspot.com
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