Antonio Nunes de Souza
Não
é normal, mas as vezes nos deparamos com patrões ou empresas que,
solidariamente, tratam seus funcionários com um carinho todo especial,
inclusive sabendo reconhecer os seus esforços no trabalho, compensando-o no fim
do ano com PL (participação nos lucros), ou prêmios pelos desempenhos! Eu,
depois de algumas raivas e sofrimentos, encontrei um emprego numa instituição
privada que, humanamente, sabia cativar seu quadro funcional!
Formado
em química industrial, com apenas 27 nos e dois de empresa, pela minha
desenvoltura e competência já era o chefe do laboratório, comandando uma
excelente equipe. E, como havíamos fechado o ano com boa lucratividade, apesar
da crise nacional, fui agraciado com uma passagem para Cancum com direito a
oito dias com despesas pagas, completamente, inclusive refeições, lanches e os
pequenos gastos básicos. Tudo completamente 0800!
Como
era com acompanhante e eu era solteiro e tinha desfeito um noivado complicado
por não termos nos adaptados um ao outro, para não perder nada, resolvi
convidar Dora, minha auxiliar direta, pois, de qualquer forma ela merecia em
função de ter me ajudado diretamente em meu desempenho.
Ela,
surpresa pelo convite que fiz, imediatamente aceitou, demonstrando uma alegria
grande pela oportunidade de viajar, e conhecer um dos mais lindos polos
turísticos da América Latina!
Preparamos
toda documentação e, no dia marcado fiquei de encontrá-la no aeroporto no
horário determinado pela empresa. Vale dizer que meu relacionamento com Dora
era apenas profissional, ela estava conosco há apenas um ano e, jamais nos
encontramos fora do laboratório, e sempre a via com seu grande avental branco,
touca da mesma cor e seus óculos normais. Para mim, no trabalho, apenas via
nela uma auxiliar competente. Mas, quando me deparei com uma mulher belíssima,
lente de contato, cabelos lindos cheio de mexas, vestido colado ao seu bem
delineado corpo, juro por Deus que quase não a reconhecia, aquela nova e
charmosa Dora! Não posso negar que me assanhei todo e já comecei a “pensar
coisas”. Como eu não era de se jogar fora, formamos um casal a altura de dois
jovens em lua de mel!
E
não é que aconteceu exatamente isso! Pois, como o hotel reservado era para
acompanhante, imaginaram que seria um casal e, para minha alegria, e com o
consentimento de Dora, ficamos no mesmo quarto, apenas eles colocaram duas
camas de solteiros.
Ainda
meios inibidos, subimos para o apartamento, arrumamos nossas roupas e ela foi
tomar banho, enquanto eu aguardava para tomar o meu também. Quando ela saiu,
enrolada na toalha, com uma sensualidade impressionante e provocativa, perdi
toda minha formação de cavalheiro, minha posição de chefe e, ousadamente,
peguei-a por trás e dei um abraço já demonstrando que estava cheio de desejos.
E ela, sem condenar minha atitude, virou-se de frente e deixou a toalha cair.
Aí, não deu outra! Transamos em todas posições do Kama Sutra e algumas
variações mais modernas, gozamos várias vezes, ela sussurrou em meu ouvido que
tinha um grande desejo por mim, mas que eu nunca olhava para ela como mulher,
mesmo ela tendo apenas 26 anos!
Não
precisa dizer que foram oito dias maravilhosos, curtindo todas as delícias do
lindo e paradisíaco lugar, passeando durante o dia fazendo visitações aos
lugares indicados e, a noite, nada mais queríamos fazer a não ser juntar as
camas foder até o sol raiar! Dora era expert na sacanagem e eu, jovem cheio de
desejos, sabia desempenhar minha função, fazendo ela sentir orgasmos múltiplos,
revirando os olhos e dizendo: estou adorado tudo isso! Parece exagero, mas, com
esse assentimento dela, minha tesão aumentava progressivamente. Estávamos tendo
um duplo prazer, um da viagem maravilhosas toda 0800, como estar desfrutando de
momentos sexuais deslumbrantes!
Voltamos
na data prevista, fomos recepcionados no aeroporto pelos nossos colegas do
laboratório que, assustados, viram como nós estávamos agarradinhos e aos beijos
e abraços! Falamos que estávamos namorando e, atualmente, depois de alguns
meses, já estamos morando juntos, sem atentar para casamento, mas, com certeza
breve acontecerá!
Verdadeiramente,
foi “um prazer duplo”!
*Escritor
– Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – Blog VIDA LOUCA –
antoniodaagral26@hotmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário