sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Sexo o discriminado!

Antonio Nunes de Souza*

Dos nossos hábitos, costumes, comportamentos ou mesmo atividades ou atos que praticamos milenarmente, posso afirmar com absoluta segurança, que a relação carnal é a mais estupidamente discriminada, graças uma reação ridícula da hipócrita sociedade, não querendo reconhecer     que trata-se de uma necessidade fisiológica normal dos homens e de todos os animais!
Fazer “sexo”, como hoje é denominado puritanamente, tornou-se uma obscenidade se for dito da maneira simples e popular rotulado pelo povo em geral de transar, trepar ou mesmo foder. Foram classificados como imorais vulgares, desclassificados, parecendo que trata-se de uma coisa condenada pelas crenças religiosas, quando sabemos que, para isso foi que existe desde a criação do mundo, os gêneros masculinos e femininos de todas as espécies, sendo que, atualmente, esse distinto ato é praticado também por todos os gêneros entre si, sem que haja distinções, apenas levando em conta e consideração, simplesmente o prazer!
Com essa observação que faço, não desejo de nenhuma hipótese vulgarizar o ato ou comportamento, apenas que seja, naturalmente, encarado sem o pudismo hipócrita dos pseudos puritanos, como se estivéssemos dizendo palavrões, pois, sabiamente, temos conhecimento verdadeiro que toda sociedade existente na humanidade pratica livremente, quer sejam casados, solteiros viúvos, jovens, adultos e velhos!
E, principalmente, pelo seu grande valor nas nossas atividades e anseios, tem-se a maior frustração quando perde-se esse desejo ou suas forças físicas não lhe dão mais a condição de praticar. Ou seja, as tesões pelas decadências físicas ou doentias, eliminam das pessoas essa gloriosa e, grosseiramente discriminada desaparece, sucumbindo e mortificando o prazer de uma transada, trepada ou uma boa foda! Essa nomenclatura popular e cotidianamente citada com mais generosidade e naturalidade pelos homens, passou a ser rotulada como “chula”, quando na realidade deveria ser encarada com a mesma naturalidade com que, normalmente, é praticada!
Vamos todos deixar essa besteira de tratar a relação carnal como um pecado mortal, uma coisa impura, obscena e porca quando na realidade trata-se da “primeira” maravilha do mundo, as outras sete vindo muito depois!
Querer e fazer represálias ao linguajar do povo, com algo que todas as camadas praticam, gozam e se deleitam, é que é um pecado mortal por estar desmerecidamente, não reconhecendo seus apelidos nada pejorativos!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras  – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com

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