segunda-feira, 29 de abril de 2013

Saiba que camelô é gente!


                                 Antonio Nunes de Souza*

Além de ser gente, merece o nosso mais digno respeito, já que a grande maioria que comercializa nessa informalidade, são pais de famílias que, sem empregos fixos, enveredaram para essa profissão em busca de prover seu lar e dar educação aos seus filhos!
Essa é a visão humana, solidária e sensibilizada com esses milhares de homens e mulheres que, desordenadamente, ocupam as ruas, avenidas, praças, vielas, passeios, etc., fazendo com que as cidades se transformem em verdadeiras feiras de todos os tipos de produtos, principalmente uma grande parte contrabandeada, provocando uma concorrência totalmente desleal com os comerciantes estabelecidos que pagam seus impostos, taxas, alugueres, água,luz, funcionários, alvarás, etc., e são,absurdamente, sujeitos a enfrentar essa batalha diária totalmente desleal.
Será que essa maneira que as coisas estão funcionando é justa com todos envolvidos?
Claro que não! As administrações públicas (prefeitos, vereadores, secretários e outras correntes) deixam o barco correr a deriva, singrando pela cidade adentro, deixando que esse movimento se fortaleça cada vez mais, dificultando as soluções que já poderiam ser tomadas tempos passados. Mas, retirar os camelôs das ruas principais, obviamente, será uma medida antipática para os responsáveis, perderiam votos e seriam olhados pelos defensores sem critérios como criminosos e sem coração, pois, esses defensores, somente olham o lado dos mais fracos, sem perceberem que todos nós temos direitos e deveres que devem ser respeitados.
Não desejamos em nenhuma hipótese, causar pânico ou desespero entre essas humildes pessoas. O que queremos é que a vontade política seja exercida utilizando os meios legais e, numa luta justa e benéfica para todos, seja criado uma lugar para remanejar esse batalhão de gente, desde quando o local escolhido seja digno e capaz de acolhê-los e ofereça possibilidades de sobrevivências.
O que não está certo de hipótese alguma é todos que passam pela prefeitura e câmara de vereadores, fechem os olhos deixando as coisas correrem a vontade, ou ficarmos a mercê de catadores de votos e prestígios ampliando cada dia esse comércio (que já é gigantesco), ocupando os passeios e ruas do nosso querido município!
Antes sonhávamos com “um shopping ao céu aberto”, mas, o que conseguimos é ter “Um feirão ao céu aberto). Que a atual administração, cheia de pessoas mais preocupadas em disputar as eleições próximas que solucionar os problemas existentes, se lembrem que nós os elegemos para cuidar da cidade e não para fazermos degraus para novos e maiores cargos. Que sejam eleitos por méritos de trabalhos realizados e não por prestarem desserviços à comunidade!
Portanto, nossa opinião está clara que o camelô é gente, mas, os comerciantes e o povo devem ter os seus direitos respeitados!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras –          antoniodaagral26@hotmail.com

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