Antonio Nunes
de Souza*
Além
de ser gente, merece o nosso mais digno respeito, já que a grande maioria que
comercializa nessa informalidade, são pais de famílias que, sem empregos fixos,
enveredaram para essa profissão em busca de prover seu lar e dar educação aos
seus filhos!
Essa
é a visão humana, solidária e sensibilizada com esses milhares de homens e
mulheres que, desordenadamente, ocupam as ruas, avenidas, praças, vielas,
passeios, etc., fazendo com que as cidades se transformem em verdadeiras feiras
de todos os tipos de produtos, principalmente uma grande parte contrabandeada,
provocando uma concorrência totalmente desleal com os comerciantes
estabelecidos que pagam seus impostos, taxas, alugueres, água,luz,
funcionários, alvarás, etc., e são,absurdamente, sujeitos a enfrentar essa
batalha diária totalmente desleal.
Será
que essa maneira que as coisas estão funcionando é justa com todos envolvidos?
Claro
que não! As administrações públicas (prefeitos, vereadores, secretários e
outras correntes) deixam o barco correr a deriva, singrando pela cidade adentro,
deixando que esse movimento se fortaleça cada vez mais, dificultando as
soluções que já poderiam ser tomadas tempos passados. Mas, retirar os camelôs
das ruas principais, obviamente, será uma medida antipática para os
responsáveis, perderiam votos e seriam olhados pelos defensores sem critérios
como criminosos e sem coração, pois, esses defensores, somente olham o lado dos
mais fracos, sem perceberem que todos nós temos direitos e deveres que devem
ser respeitados.
Não
desejamos em nenhuma hipótese, causar pânico ou desespero entre essas humildes
pessoas. O que queremos é que a vontade política seja exercida utilizando os
meios legais e, numa luta justa e benéfica para todos, seja criado uma lugar
para remanejar esse batalhão de gente, desde quando o local escolhido seja
digno e capaz de acolhê-los e ofereça possibilidades de sobrevivências.
O
que não está certo de hipótese alguma é todos que passam pela prefeitura e
câmara de vereadores, fechem os olhos deixando as coisas correrem a vontade, ou
ficarmos a mercê de catadores de votos e prestígios ampliando cada dia esse
comércio (que já é gigantesco), ocupando os passeios e ruas do nosso querido
município!
Antes
sonhávamos com “um shopping ao céu aberto”, mas, o que conseguimos é ter “Um
feirão ao céu aberto). Que a atual administração, cheia de pessoas mais
preocupadas em disputar as eleições próximas que solucionar os problemas
existentes, se lembrem que nós os elegemos para cuidar da cidade e não para
fazermos degraus para novos e maiores cargos. Que sejam eleitos por méritos de
trabalhos realizados e não por prestarem desserviços à comunidade!
Portanto,
nossa opinião está clara que o camelô é gente, mas, os comerciantes e o povo
devem ter os seus direitos respeitados!
*Escritor
– Membro da Academia Grapiúna de Letras – antoniodaagral26@hotmail.com
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