segunda-feira, 15 de abril de 2013

Será possível minimizar?


                                 Antonio Nunes de Souza*

Dentro da normalidade, qualquer cristão que ligue um rádio, uma TV, abra um jornal ou entre na internet, imediatamente se bate com as notícias mais escabrosas possíveis, relativas a roubos, assaltos, assassinatos, arrastões, sequestros  distribuições de drogas, vendas de armas, estupros, acompanhados de violências contra homossexuais, crianças e mulheres. Um verdadeiro massacre de notícias tristes, desagradáveis e, praticamente, repetidas em função da assiduidade que acontecem.
Será que essas apologias aos criminosos, contando suas podres façanhas, os moldes que operam, apresentando eles para a sociedade como majestosos e grandes facínoras, capitalizando-os juntos aos seus colegas marginais como sendo geniais nas artes dos horrores, fazendo com que sejam recebidos pelos seus podres colegas nos presídios com tapetes vermelhos e, conseqüentemente, com condições de chefiar quadrilhas internamente, já que são de altas periculosidades e devem ser respeitados pelas arraias miúdas dos presídios é uma maneira interessante e eficaz para a sociedade? 
Estar enfatizando constantemente que não existem condições de manter presos os menores por falta de espaço físico nos reformatórios, e que os crimes dos menores de 18 anos, simplesmente, passam três anos detidos (quando possível) e depois postos em liberdade? Isso não são fatores que, para aqueles já são profissionais, continuarem suas praticas, tranquilamente, beneficiando-se das leis?
Normalmente, quando ocorrem fatos grotescos e horripilantes envolvendo menores, a mídia passa dias repetindo a ocorrência, enaltecendo as habilidades e destrezas dos crápulas, colocando-os como heróis perante seus bandos de canalhas. Cada um dos veículos querendo mostrar mais minuciosamente possível os fatos que, para a bandidagem, não passa de uma melhora curricular perante a criminalidade!
Fora esse lado triste e desagradável, onde a sociedade fica cheia de pânicos e receios, as crianças que inevitavelmente também presenciam tais reportagens, já que são diuturnamente, sentem uma pressão psicológica que, certamente, lhe traz transtornos comportamentais!
Supomos que, se fossem esquecidas as manias e idéias de levar as notícias com doses de escândalos para captar audiências, comunicar os fatos de maneiras menos espalhafatosas e repedidas, teríamos noticiários mais adequados, menos sanguinolentos e não teríamos o desprazer de ver “elogiosamente” que determinados marginais comandam, praticamente, todos os grandes desmandos que acontecem hoje pelo nosso país, mesmo estando em suas selas de presídios especiais!
Creio que, com um pouco de boa vontade, pode-se mudar e minimizar essa enxurrada de criminalidade e tornar mais audível e visível nossos noticiários!

*Escritor – antoniodaagarl26@hotmail.com – Membro da Academia Grapiúna de Letras

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