Antonio Nunes
de Souza*
Dentro
da normalidade, qualquer cristão que ligue um rádio, uma TV, abra um jornal ou
entre na internet, imediatamente se bate com as notícias mais escabrosas
possíveis, relativas a roubos, assaltos, assassinatos, arrastões, sequestros
distribuições de drogas, vendas de armas, estupros, acompanhados de violências
contra homossexuais, crianças e mulheres. Um verdadeiro massacre de notícias
tristes, desagradáveis e, praticamente, repetidas em função da assiduidade que
acontecem.
Será
que essas apologias aos criminosos, contando suas podres façanhas, os moldes
que operam, apresentando eles para a sociedade como majestosos e grandes
facínoras, capitalizando-os juntos aos seus colegas marginais como sendo
geniais nas artes dos horrores, fazendo com que sejam recebidos pelos seus
podres colegas nos presídios com tapetes vermelhos e, conseqüentemente, com
condições de chefiar quadrilhas internamente, já que são de altas periculosidades
e devem ser respeitados pelas arraias miúdas dos presídios é uma maneira
interessante e eficaz para a sociedade?
Estar
enfatizando constantemente que não existem condições de manter presos os
menores por falta de espaço físico nos reformatórios, e que os crimes dos
menores de 18 anos, simplesmente, passam três anos detidos (quando possível) e
depois postos em liberdade? Isso não são fatores que, para aqueles já são profissionais,
continuarem suas praticas, tranquilamente, beneficiando-se das leis?
Normalmente,
quando ocorrem fatos grotescos e horripilantes envolvendo menores, a mídia
passa dias repetindo a ocorrência, enaltecendo as habilidades e destrezas dos
crápulas, colocando-os como heróis perante seus bandos de canalhas. Cada um dos
veículos querendo mostrar mais minuciosamente possível os fatos que, para a
bandidagem, não passa de uma melhora curricular perante a criminalidade!
Fora
esse lado triste e desagradável, onde a sociedade fica cheia de pânicos e
receios, as crianças que inevitavelmente também presenciam tais reportagens, já
que são diuturnamente, sentem uma pressão psicológica que, certamente, lhe traz
transtornos comportamentais!
Supomos
que, se fossem esquecidas as manias e idéias de levar as notícias com doses de
escândalos para captar audiências, comunicar os fatos de maneiras menos
espalhafatosas e repedidas, teríamos noticiários mais adequados, menos
sanguinolentos e não teríamos o desprazer de ver “elogiosamente” que
determinados marginais comandam, praticamente, todos os grandes desmandos que
acontecem hoje pelo nosso país, mesmo estando em suas selas de presídios
especiais!
Creio
que, com um pouco de boa vontade, pode-se mudar e minimizar essa enxurrada de
criminalidade e tornar mais audível e visível nossos noticiários!
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