segunda-feira, 8 de abril de 2013

Confraternização dos sexos!


                                             Antonio Nunes de Souza*

Esse velho sem sentido tabu, criado pelos próprios homens nas suas medievais idéias do distante passado, estimulou uma série interminável de regras, passando a ser um regimento histórico de padrões sacro santo que, quebrá-los foge aos conceitos e preceitos traçados para o bem (?) da humanidade!
Logicamente estou referindo-me ao assustador e tenebroso “SEXO”, assim encarado pelos puritanos ou pseudos moralistas que, por mais que vejam, sintam, pratiquem e se deliciem, sempre que se referem a esse ato tão significativo, cheios de melindres e hipócritas confissões.
Antes, quando a liberdade era bastante reprimida, as dificuldades de encontros mais privativos, os receios familiares, os grandes escândalos na pudica (?) sociedade, obviamente as coisas ocorriam com menos freqüência e, por essa razão, ainda dizem hoje a tola expressão: No meu tempo nada disso existia! Mas, a verdade que tudo sempre existiu com maiores cautelas, melhores prazeres pelos mistérios e segredos e o sentido de vitória por ter conseguido passar por toda essa malha fina e fiscalizadora da vida alheia. Essa admirável época ficou conhecida como a dos corajosos e corajosas que adoravam viver perigosamente. E muitas vezes, alguns mais velhos fechavam os olhos, pois sabiam que uma sacanagem não fazia mal para ninguém. Claro que essa pequena benevolência era sempre ofertada pelos homens!
Com o passar dos anos, avanços tecnológicos, culturais, educacionais e científicos, o sexo deixou de ser aquele tabu misterioso e perigoso, que para praticá-lo tinha que seguir todos os padrões determinados pela sociedade e os ditames das leis. Começou a ser encarado com naturalidade, sendo apenas uma necessidade fisiológica que todos os seres vivos sentem e desejam constantemente, e nem sempre como uma operação reprodutiva, simplesmente para sentir aquele “choquinho” gostoso que nenhuma tomada da Coelba é capaz de dar!
Aí, o genial sexo já com estatus de algo comum e normal, passou a ter uma maior constância (um pouco até abusiva), alcançando uma liberdade nunca antes conseguida, sendo todo comportamento praticado independente de idade, credo, cor, raça, masculinos, femininos e neutros com a maior igualdade, sem que seja respeitado qualquer ditame proibitivo de alguma lei retrógrada. Estava decretada total e plena liberdade, inclusive para os casamentos de pessoa do mesmo sexo.´
Nós brasileiros estamos seguindo os grandes astros e estrelas do mundo musical, esportivo, e literário que, com coragem, explicitam as suas preferências sexuais, encorajando aqueles que ainda têm medo de “sair do armário’.
Estamos agora curtindo as declarações de Daniella Mercury sobre seu novo casamento com uma jornalista televisiva e global. Temos que encarar tudo isso com naturalidade, pois esse é o mundo que todos desejam e colaboram para que assim seja!
Não querendo ser condenatório não sei se tudo isso é progresso ou regresso! Apenas temos que seguir as ditas evoluções dos tempos.
Ainda bem que já estou bastante velho para ter que seguir novas experiências. Deixo isso para os barrigas de tanquinhos!!!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – antoniodaagral262hotmail.com

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