Antonio Nunes de Souza*
Nos meus cinco anos como veterinário, dediquei-me a cuidar de pequenos animais, hoje, pelo anglicismo, são chamados Pets. Escolhi essa vertente por ser um trabalho mais urbano, e a clientela, geralmente, consta de pessoas de classe média, alta e rica que, tranquilamente, não se poupam em gastar com seus queridos e amados bichinhos!
Claro que tenho me dado muito bem financeiramente, como também, pelos contatos assíduos com madames, tenho me dado bem sexualmente, cuidando dos cachorros e gatos e tendo na maioria, com os favores na cama das suas donas.
Não estou exagerando não. As “socialites” são apaixonadas pelos seus chamados de filhotes e, quem cuida deles com carinho e qualidade, eles consideram verdadeiros Deuses. E, no meu caso, pelas minhas habilidades, tenho salvado dezenas de pets e, ao mesmo tempo, ganho dinheiro e uma gratificação de dezenas de relacionamentos sexuais!
E isso não é considera crime, pois não é o caso do médico comer a cliente, pois, no caso, meus clientes são animais e, quem eu transo, são apenas as proprietárias dos sagrados animais. Para elas, somos uns magos salvadores dos seus bichinhos que são criados em condições bem melhores que muitas crianças!
Essa semana apareceu em minha clínica uma mulher belíssima, alta, morena, com um corpo escultural, com aproximadamente trinta anos, levando em seus braços um lindo gato siamês, um tanto debilitado. Apavorada falou quase gritando, que Lúcio estava passando muito mal, desde a noite anterior. Percebi logo que Lúcio era o gato, pois, curiosamente, colocam nomes absurdos nos seus amores irracionais!
Tomei o gato dos seus braços, coloquei-o sobre a mesa de exames e verificando com cuidado todas as partes do animal, notei que seria interessante tirar uma radiografia geral para ver se acusava alguma coisa em alguma parte do seu corpo. Ludmilla, esse era o seu nome, estava super nervosa e não descolava de mim, inclusive roçando o seu corpo ao meu para poder acompanhar de perto os exames. E, sem eu nem esperar, ela me abraçou por trás, colando seu lindo corpo ao meu e, como um sussurro em meus ouvidos, disse: doutor salve Lúcio que eu lhe gratificarei com o que o senhor desejar!
Não posso negar que, imediatamente, minha tesão aflorou e logo passei a tirar a radiografia de Lucio que, logo percebi que ele estava com um objeto estranho em seu estômago. Providenciei imediatamente um vomitório para que ele botasse para fora o estranho objeto. Com, mais ou menos meia hora o gato vomitou convulsivamente e, vimos cair no chão uma colher de chá pequena que estava provocando as dores e sofrimentos de Lúcio! Na mesma hora Lucio começou a miar e ficar saltitante, pulando no colo da sua querida mamãe. Nisso Ludmilla bastante feliz, já percebendo no meu olhar uma grande tesão por ela, me abraçou e me deu um beijo colocando sua deliciosa língua dançando em minha boca, ao mesmo tempo esfregando-se com toda malícia seu corpo ao meu. E, mais que depressa, fui até a porta, tranquei, voltando e colocando ela na maca acolchoada, fui tirando a sua roupa e a minha também e, sem dó nem piedade, transamos nas mais diversas posições, gozamos gostosamente, enquanto nosso amigo Lúcio dormia tranquilamente no canto da sala!
Terminamos, nos vestimos, nos arrumamos e ela pegou Lúcio no colo e me perguntou: Quanto lhe devo doutor?
Respondi: Nada querida. Basta que você traga sempre nosso querido Lúcio para fazer uma revisão!
Ela deu um gostoso sorriso e saiu desejando-me uma boa tarde!
Infelizmente, mediante a agonia que Ludmilla pareceu, não tive oportunidade de fazer uma ficha da cliente e, tristemente, já se passaram três anos e nunca mais meu cliente Lúcio apareceu em minha clínica!
Quanta saudade do bichano!
*Escritor-Historiador-Membro da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL-antoniodaagral26@hotmail.com-antoniomanteiga.blogspot.com
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