Antonio Nunes de Souza*
Essa afirmação é
atribuída a S. Francisco, como a tônica maior da sua oração que, certamente,
ele quis com essa forte expressão chamar a atenção do ser humano, mostrando que
a reciprocidade é algo muito importante para que tudo na vida funcione e flua
com naturalidade. Para que haja satisfação em todas as partes envolvidas, já
que servimos e fomos servidos e, como conseqüência, sorrisos de alegrias serão generalizados.
Será que as
pessoas não entendem essa frase tão simples, clara e objetiva?
Ou por suas
conveniências e egoísmo, só enxergam os seus lados, imaginando que têm direitos
especiais ou pode manipular outras?
Minha primeira
pergunta é simplesmente para compor, pois, de tão direta, o mais inocente dos
seres não pode suscitar dúvidas. Coerentemente, a resposta é: Claro que
entendem!
Já a segunda,
com certeza enquadra-se perfeitamente na metodologia comportamental da grande
maioria que, egoisticamente, presumem que seus desejos devem ser cumpridos,
executados e, por suas conveniências, não se acham na obrigatoriedade de
atender a quem está lhe servindo ou já lhe serviu. E o que é pior, não leva em
consideração que para ser atendido deu algum trabalho a alguém, ou esse alguém
teve que incomodar e ficar devendo favores a outros e, obviamente, terá que
paga-los oportunamente.
É importante
fixar em nossas mentes que, quando pedimos algo, estamos franqueando ao outro o
direito sagrado de também de nos pedir alguma coisa quando desejar ou
necessitar e, mesmo que lhe custe algum sacrifício, devemos lembrar que fomos
servidos ou atendidos quando muito precisávamos, deixando assim a margem aberta
para atender o que nos solicitarem.
Outra ótica que
deve ser pensada é com relação ao pedido feito e atendido. Devemos esquecer o
fato em si, apenas nos restringir ao atendimento, a boa vontade, a
disponibilidade, etc., pois, na verdade o importante foi o pronto atendimento.
É ridículo quando alguém que ocupamos nos pede algo, fazermos comparações de
valores e acharmos que não devemos atender ou que as pessoas estão exagerando
na reciprocidade.
Nada disso!
Aprenda que devemos uma atenção, um socorro imediato, a resolução de algo que
nos trazia constrangimentos, uma carona, ou até conselhos e orientações nas
horas que realmente precisávamos e nos serviram bastante. O importante não é o ato. E sim o fato e
quanto ele foi benéfico num momento de necessidade!
Então, partindo
dessa correta lógica, será de bom alvitre que, em todas as circunstâncias,
quando tiver de pedir algo a alguém, saiba que está se comprometendo a
atendê-la quando necessário, sem colocar na balança para avaliar pesos, pois,
nos pratos os equilíbrios são idênticos, sejam quais forem seus volumes. A
desculpa muito ouvida, conveniente e simplória: Ah! Isso não posso fazer não!
Jamais é
cabível, uma vez que a pessoa está nos pedindo o que para ela é importante,
precisa e deseja ser atendida, já que tem um crédito em aberto. Nessas
horas, muitas vezes temos que engolir sapos, mas, não esquecer que chegou a
hora da verdadeira reciprocidade.
Pelas razões
expostas, para que você pense melhor antes de pedir algo, enfatizo as santas e
sagradas palavras desse sábio santo: “É dando que se recebe”! Ou seja: Quando
abrir os braços para receber, lembre-se que um dia terá que abri-los também
para dar!
*Escritor-Membro da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL-antoniodaagral25@hotmail.com-antoniomanteigs.blogspot.com@hotmail.com)
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