Antonio
Nunes de Souza*
Duas
opções que, seguramente, são contraditórias e, principalmente, uma sendo
descabidas e a outra essencial!
No
caso, denomino de ganância a agonia e desespero dos empresários em reabrir os
seus negócios (comércio, indústrias, finanças, etc.), com as alegações de prejuízos
grandes, tendo que obedecer as seguidas quarentenas determinadas pela Organização
Mundial da Saúde, governadores e prefeitos conscientes, além da grande maioria
de médicos, cientistas e outros profissionais das área da Saúde!
Nem
vou levar em consideração as reivindicações dos sindicatos das classes, para
que não seja logo taxado de comunista, petista, esquerdista e outras acusações
idiotas!
O
fato grave para essa pressa na reabertura, com alegações de altos prejuízos,
fechamentos, “quebradeiras e falências”, onde realmente existem possibilidades,
deve-se ter o discernimento e raciocínio de ponderações que, infelizmente,
todas essas coisas acontecerão no mundo, devido essa transloucada epidemia
inovadora, ultra perigosa e mortífera, que atormenta o nosso planeta. E,
seguramente, mesmo com uma antecipação de reabertura, grande parte disso tudo
não deixará de acontecer, com a abrangência não só dos patrões como dos
empregados!
Mas,
existe uma sensatez da classe superiora em forçar a “barra” e antecipar a
liberdade geral de todas as vertentes?
Será
que ariscar mais ainda as possibilidades de contaminações e mortes é uma
solução plausível?
Logicamente,
os empregadores em função das suas posses, voltam ao trabalho, cercado de
seguranças (carro próprio, escritório com ar condicionado, plano de saúde dos
melhores e reservas em caixa para eventuais necessidades!
Agora
vamos ver o outro lado da moeda: Empregados enfrentando ónibus lotados, trens e
metrôs da mesma forma, esfregações e respirações cara a cara, verdadeiros
amontoados como são os péssimos coletivos públicos que servem a nossa
população!
Será
que isso não é um absurdo, colocar em riscos os pobres coitados, afim de
continuarem ampliando as suas riquezas?
Será
que depois de ver a realidade da morte tão perto e diária não dá para se sentirem
mais solidários, reconhecendo que, no fundo, todos, lamentavelmente, serão
prejudicados?
Se
faz mister que haja compreensão, menos ganâncias, reconhecimentos de que essa
hecatombe apareceu para chamar a atenção de que devemos tratar melhor nossos
semelhantes, dando melhores condições, valorizando seus trabalhos, fazendo uma
distribuição de rendas mais justas e humana e, principalmente, cuidar melhor
das necessidades básicas que somente são olhadas, com tapeações, nas vésperas
das eleições!
Creio
que vale a pena, ouvir a voz da razão, as pessoas qualificadas na área salutar
e, depois, todos juntos, cuidarmos da vertente econômica, que por certo deixarão
muitas sequelas e desgastes!
*Escritor-Membro
da Academia Grapiúna de
Letras-AGRAL-antoniodaagral26@hotmail.com-antoniomanteiga.blogspot.com
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