terça-feira, 16 de abril de 2019

DESEJO INSACIÁVEL!

Antonio Nunes de Souza*

Desde meus treze anos que descobri minha fascinação pelo sexo. Até nas brincadeiras de picula, ou “esconde esconde” eu já me aproveitava e, nos escuros dos esconderijos, aproveitava para me esfregar nos meninos, as vezes com minha bunda e, outras vezes de frente, entrelaçando minhas pernas, colocando-me numa posição bem sacana e, em alguns casos, os meninos maiores, sentiam tesão e se aproveitavam. Mas, na verdade, era eu que me aproveitava, saciando meus grandes desejos e um libido exagerado!
Parecia uma doença, pois, minhas colegas quando falavam de sexo eram mais prudentes, e nenhuma delas tinha o desejo uterino na flor da pele como eu. Sempre discreta, jamais falei com elas dos meus anseios, praticamente uma tara, com relação a realização do ato sexual!
Com quatorze anos, já uma moça com características de mulher, resolvi fazer o que sempre desejei: Transar com um homem!
E, sem os medos que refreiam os instintos, comecei a dar mole ao meu professor de matemática, sempre fazendo caras e bocas, cruzando as pernas e mostrando minha calcinha, levantando-me para pedir explicações em sua carteira e, aproveitando-me, sempre “roçava’ os meus seios em seu cotovelo, sem contar as vezes que colava minhas coxas nas dele. Lógico que ele percebia a minha intenção, mas, pela minha idade, respeitava o colégio e também a sua reputação!

Com minha pressa, resolvi pedir a ele que me desse uma “banca”, já que eu estava tendo algumas dificuldades. Ele concordou em me atender e marcamos para começar naquele mesmo dia as dezenove horas em seu apartamento de solteiro, que ele era!
O resultado não precisa ser tão descrito, pois, sem nenhuma cerimônia, com menos de meia hora já estávamos transando na sua cama, com todas as liberdades possíveis, quer seja sexo oral, como anal, fazendo até sessenta e nove que eu nem conhecia, ou sabia dessa maravilhosa posição!
Depois de uma hora de sacanagem gloriosa, eu me sentia completamente realizada e, no rosto dele, mesmo contente, notava-se a preocupação com a minha idade, como também a possibilidade de se espalhar no colégio e provocar o maior escândalo.
Mas, nada disso aconteceu. Passei a transar com outros rapazes, namorados ou não, e hoje, com dezenove anos sou “garota de programa”, ganho bem e ainda satisfaço meus ímpetos de sexualidade. Logicamente, não deixei de estudar, pois, acabei de passar no vestibular de direito.

Nunca mais vi meu professor de matemática, homem que me despertou para o mundo e me fez mulher!

*Escritor-Membro da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL-antoniodaagral26@hotmail.com-antoniomanteiga.blogspot.com

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