Que tal ser mais coerente?
Antonio Nunes de Souza*
Guilherme Arantes, na sua linda música “Terra planeta água”, dedicou uma homenagem brilhando para nosso querido e habitado planeta, mostrando como somos privilegiados pela natureza, banhados em, praticamente, todos os continentes com o precioso e essencial líquido para nossa sobrevivência!
Resultado: sucesso nas rádios, televisões, mídia em geral, etc., porém, mesmo com a alerta que, subliminarmente, o poema exprime, os benditos homens, não tiveram a coerência de atenções especiais a esse precioso líquido, primeiramente procedendo como o romano Poncio Pilatos: Lavando as mãos e não se preocupando com as trágicas consequências. Em seguida, com o decorrer do tempo, os homens do campo, sem economizarem: Lavaram a égua abundantemente. E, nas cidades, nos perímetros urbanos, nas festas populares, curtiam e dançavam cantando: As águas vão rolar, garrafas cheias eu não quero ver sobrar. Já os industriais, sem o menor critério, contaminam os rios e ainda cantam com a maior tranquilidade, envenenando o povo: Água de beber, água de beber camarada. Já os políticos, fechando os olhos e tapando os ouvidos para as queixas, deturpam o adágio popular e dizem: Água mole em pedra dura, bate em nossa classe, mas não fura!
Será que os homens estão ficando loucos, com essas atitudes comportamentais que, realmente, somente trará sérios e graves prejuízos?
Será que, na hora da morte, pensam que encontrarão água para lavarem as almas?
Creio que não estão sendo coerentes e humanos, não percebendo que, todos nós, temos a responsabilidade de modificar essas atitudes condenáveis, dando um tratamento digno e eficaz para nossos rios, lagos, mares e vertentes, pois, com certeza, no futuro próximo, estaremos sofrendo e chorando e, lastimavelmente, não teremos nem uma gota de água para afogar nossas mágoas!
*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras –AGRAL antoniodaagral26@hotmail.com
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