sexta-feira, 24 de julho de 2015

A prioridade da educação!

A prioridade da educação!


Antonio Nunes de Souza*

Já me acostumei de ser taxado de repetitivo, mas, infelizmente ou felizmente, não me contenho quando vejo alguns posicionamentos que, com razões ou não, prejudicam, veementemente, o andamento das necessárias e benditas aulas dos nossos alunos, que com suas formações adequadas, serão, num futuro bem próximo, as alavancas e esteios do nosso país!

Digo isso com segurança, pois, trabalhando na Secretaria da Educação do Estado, tive a tristeza de ver, depois de algumas greves, as reposições serem feitas às pressas, sem os ensinamentos e aproveitamentos a contento, deixando lacunas nos conhecimentos e qualificações dos alunos. Aí que vemos com a clareza satisfatória, que o lucro/benefício dessas greves, muitas vezes políticas, são ridículos e irrisórios, uma vez que, o que nos parece e é demonstrado no cotidiano pelos políticos, que os salários dos preciosos professores devem ser aviltantes e deixando a desejar. Achamos isso uma verdadeira afronta e desrespeito a essa categoria de importância primordial no nosso país e no mundo! Imagino que morrerei implorando melhor atenção aos mestres e, barbaramente, entra presidente, sai presidente e essa necessária e merecida recompensa, sempre é relegada e “barrigada” para frente!

Mesmo sabendo que, do mesmo modo dos não atendimentos, as greves passaram a ser as armas de reivindicações mais eficientes (?). Porém, pelos resultados nada abonadores para ambas as partes, já se faz necessário que seja pensada uma maneira menos prejudicial e mais eficiente para resolver esse impasse, não tendo que prejudicar a classe estudantil, inclusive ensinando para eles que suas necessidades futuras deverão ser atendidas através de desastrosas greves. Não vejo em minha modesta cabeça algo que possa sugerir, porém, com reuniões e estudos entre as cabeças pensantes e cultas da classe, tenho certeza que algo inovador, mais eficaz e menos prejudicial, possa existir para atender suas solicitações de aumentos, sem aumentar os prejuízos de muitas outras pessoas!

Como podemos encarar, nesse momento setenta dias de greve dos professores universitários da Bahia e sessenta dias dos professores municipais de nossa cidade. Numa análise superficial, podemos chegar à conclusão que, infelizmente, os prejuízos são e serão maiores que essa disputa que acompanha, normalmente, o contexto implantado que já deveria ser abandonado!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL - antoniodaagral26@hotmail.com



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