terça-feira, 21 de julho de 2015

Bares! Os retratos da crise!

Bares! Os retratos da crise!


Antonio Nunes de Souza*

Quando comprovamos que uma cidade tem mais bares que escolas, chegamos à conclusão concreta que a crise está bastante acentuada no município!

E, infelizmente, facilmente temos o desgosto de ver em nossa cidade, esse desenvolvimento nas ampliações quase que diárias, de instalações em bares de pequenos portes, onde o modesto proprietário, com parcos recursos e necessitando de prover seus familiares, aluga uma garagem, conta com as fábricas de bebidas que fornecem os congeladores, mesas, cadeira sombrinhas e letreiros, ainda por cima dando crédito para o primeiro pedido, contanto que somente seus produtos sejam vendidos. E assim, está montado mais um bar que, com a ajuda dos familiares, que se transformam em garçons, churrasqueiros ou fazedores de salgadinhos em geral. E aquele velho aparelho de som “três em um” completa fazendo a felicidade ficar estampada no rosto dos “empreendedores”, que marcam suas inaugurações contando com os amigos, na esperança que o sucesso chegue o mais depressa possível!

Infelizmente, nem sempre essas aventuras dão certo, pois, também, as crises chegam nos bolsos dos frequentadores, os fiados são inevitáveis, os níveis de atendimentos caem completamente, sempre abrem outro na mesma rua fazendo concorrência, a clientela se cansa das mesmas caras e começa a mudar para outros lugares mas na moda ou na onda, música ao vivo, etc., entretanto, mesmo fechando mais um, deixando seu dono cheio de pepinos e desgostos, muitas vezes, no mesmo ponto, sem se preocupar se vai dar certo ou não, aparece outro para fazer a mesma coisa, sempre achando que não deu certo com o antigo “comerciante” porque não soube trabalhar, pois, com ele, a coisa será bem diferente. É uma pena, mas essa ilusão pode ser vista quase que cotidianamente!

O que na verdade precisamos é de escolas e mestres competentes para dar melhores qualificações as pessoas, no sentido de que possam ocupar vagas técnicas exigidas pelos mercado, em função de equipamentos sofisticados lançados, que necessitam de mão de obra especial. Alcancei o tempo que, quem não queria estudar, ia para a Marinha, chofer de caminhão ou soldado de polícia. Hoje para você entrar na Marinha tem que ter no mínimo o curso secundário. Soldado também do mesmo modo e, motorista de caminhão ou trator, além do curso secundário também necessita de cursos de computação, pois, pelas sofisticações desses equipamentos providos de vários computadores, se não contar com um operador bem qualificado, não funcionará a contento!

Portanto, apenas desejo fazer um alerta para os bebedores de cervejas, que não percebem esse penoso quadro, que é bom e agradável uma “geladinha”, mas, seria bem mais proveitosa, se fosse uma “escolinha”!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL antoniodaagral26@hotmail.com



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