segunda-feira, 29 de abril de 2013

Saiba que camelô é gente!


                                 Antonio Nunes de Souza*

Além de ser gente, merece o nosso mais digno respeito, já que a grande maioria que comercializa nessa informalidade, são pais de famílias que, sem empregos fixos, enveredaram para essa profissão em busca de prover seu lar e dar educação aos seus filhos!
Essa é a visão humana, solidária e sensibilizada com esses milhares de homens e mulheres que, desordenadamente, ocupam as ruas, avenidas, praças, vielas, passeios, etc., fazendo com que as cidades se transformem em verdadeiras feiras de todos os tipos de produtos, principalmente uma grande parte contrabandeada, provocando uma concorrência totalmente desleal com os comerciantes estabelecidos que pagam seus impostos, taxas, alugueres, água,luz, funcionários, alvarás, etc., e são,absurdamente, sujeitos a enfrentar essa batalha diária totalmente desleal.
Será que essa maneira que as coisas estão funcionando é justa com todos envolvidos?
Claro que não! As administrações públicas (prefeitos, vereadores, secretários e outras correntes) deixam o barco correr a deriva, singrando pela cidade adentro, deixando que esse movimento se fortaleça cada vez mais, dificultando as soluções que já poderiam ser tomadas tempos passados. Mas, retirar os camelôs das ruas principais, obviamente, será uma medida antipática para os responsáveis, perderiam votos e seriam olhados pelos defensores sem critérios como criminosos e sem coração, pois, esses defensores, somente olham o lado dos mais fracos, sem perceberem que todos nós temos direitos e deveres que devem ser respeitados.
Não desejamos em nenhuma hipótese, causar pânico ou desespero entre essas humildes pessoas. O que queremos é que a vontade política seja exercida utilizando os meios legais e, numa luta justa e benéfica para todos, seja criado uma lugar para remanejar esse batalhão de gente, desde quando o local escolhido seja digno e capaz de acolhê-los e ofereça possibilidades de sobrevivências.
O que não está certo de hipótese alguma é todos que passam pela prefeitura e câmara de vereadores, fechem os olhos deixando as coisas correrem a vontade, ou ficarmos a mercê de catadores de votos e prestígios ampliando cada dia esse comércio (que já é gigantesco), ocupando os passeios e ruas do nosso querido município!
Antes sonhávamos com “um shopping ao céu aberto”, mas, o que conseguimos é ter “Um feirão ao céu aberto). Que a atual administração, cheia de pessoas mais preocupadas em disputar as eleições próximas que solucionar os problemas existentes, se lembrem que nós os elegemos para cuidar da cidade e não para fazermos degraus para novos e maiores cargos. Que sejam eleitos por méritos de trabalhos realizados e não por prestarem desserviços à comunidade!
Portanto, nossa opinião está clara que o camelô é gente, mas, os comerciantes e o povo devem ter os seus direitos respeitados!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras –          antoniodaagral26@hotmail.com

domingo, 28 de abril de 2013

O assalto!


                         *Antonio Nunes de Souza

-Pare em nome da lei! Gritou o policial para um homem que passava na calçada.
-O senhor está falando comigo?
-Isso mesmo. O senhor está preso por assalto a mão armada, minutos atrás a uma joalheria! Tire as mãos dos bolsos bem devagar e coloque-as sobre a cabeça.
-O senhor está louco! Disse o homem, tirando as mãos dos bolsos e mostrando que era bi-maneta, vitimado por um acidente. Eu não tenho mão e nem tenho arma. Deve haver um bruto engano da sua parte.
-A vendedora disse que o assaltante estava usando uma camisa vermelha, calça preta, sapato marrom e branco, bigode e cabelos grisalhos, uma bolsa tira-colo branca e tinha uma cicatriz na testa. E o senhor se enquadra perfeitamente nessa descrição.
-E cadê essa filha da puta?
-Vamos até a joalheria e ela vai conosco até a delegacia para prestar a queixa e depoimento. Dizendo isso, revistou o acusado não encontrando nada, disse: Eu não posso nem lhe algemar, pois, sem as mãos, você escapa e foge. Mas estou curioso como você fez para sacar a tal arma!
-Devo ter enfiado o revolver no cu e virado a bunda pra ela, enquanto com os cotocos dos punhos eu abria as vitrines e apanhava as jóias.
O policial não conteve o riso, mas, como começava a juntar gente, preferiu pegar o homem pelo braço e atravessar a rua em direção ao local do assalto.
O dono do estabelecimento já havia chegado, atendendo o chamado urgente da vendedora, e ela contava como aconteceu o fato, já que estava sozinha no momento da ocorrência.
Quando fomos entrando e ela nos viu, começou a tremer e gaguejar, apontando para o homem e dizendo: Foi ele! Ele me pegou pela blusa, meteu a mão em meu bolso, tirou as chaves das vitrines e com o revolver apontado pra minha cabeça. Eu fiquei morrendo de medo, pois ele estava com o dedo no gatilho e, como estava nervoso, tive medo que disparasse acidentalmente.
O homem, com os braços para trás, olhava a cara cínica da moça ao contar essa absurda história. Quando ela, depois de enxugar os olhos, olhou diretamente para o homem, este levou os braços a frente e mostrou para todos que não tinha nenhuma das mãos, apenas os braços que não iam além dos pulsos.
Ela tomou um susto tão grande e saiu correndo para o fundo da loja, já gritando que telefonassem para o seu noivo. Nessa altura, na porta via-se uma multidão de curiosos, loucos para saber o desfecho.
Sem entender direito o que estava acontecendo e a reação estranha da moça, o policial pediu ao dono da joalheria que fechasse a porta e eles iriam até o fundo, onde ficava o escritório, para poder interrogar a moça e esclarecer os fatos. Feito isso, a moça encolhida no canto, chorava desesperadamente e pedia que pelo amor de Deus, telefonassem para que seu noivo fosse imediatamente para lá.
-O que eu quero é que a senhora fale a verdade, já que vimos que se trata de uma mentira, toda estória que nos contou. E, soluçando bastante e cabisbaixa, ela começou a falar: Sei que foi uma loucura da minha parte, mas eu estava desesperada para casar e como meu noivo e eu não estamos em condições financeiras, resolvi forjar esse roubo para vender as jóias e conseguir dinheiro para realizar o meu sonho.
-Mas, como a senhora acusou esse homem como o autor?
-Aconteceu que, meia hora atrás, ele estava parado aí em frente e eu gravei todas as suas características, imaginando que nessa multidão, seria difícil a polícia ou alguém localiza-lo. Mas, o castigo me pegou, pois ele estava com as mãos nos bolsos e não notei que ele nem as tinha.
Dito isso, o policial de acordo com o dono da loja, liberou o homem, apresentando desculpas, ficando aguardando o noivo que já estava a caminho e desconhecia totalmente essa atitude da mulher, para irem todos para o distrito policial.
O homem saiu bastante aliviado e disse pra si mesmo: Porra! Essa é a primeira vez que fico alegre por ter perdido as mãos naquele acidente, senão teria entrado numa fria desgraçada.
                                                                                                     
 *Escritor (Membro da Academia Grapiúna da Letras – antoniodaagral26@hotmail.com
                                                                                                              

sábado, 27 de abril de 2013

Preconceito, esse mal bem mal dissimulado!


                                                                                *Antonio Nunes de Souza

Embora exista inúmeras Ongs na defesa dos direitos humanos, leis, decretos, etc., acredito que jamais vamos conseguir extinguir esse sentimento que entranhou dentro dos seres vivos. Digo vivos, pois até no reino animal, este é comprovado cientificamente.
No nosso país, onde o coquetel de cores é de uma riqueza esplendorosa, encontramos em todas as camadas sociais, empresariais e econômicas, uma discriminação tão evidente e clara como a luz solar.
Nas grandes festas e comemorações, as pessoas de cor são agraciadas com convites, sempre com as expressões ridículas e consideradas normais: Vamos chamá-lo que ele é um preto muito importante e diretor da Simpson Company, ela é uma negra lindíssima e atriz de tv, é um cara de muita classe e rico que nem parece que é preto, ele é preto e um pouco casca grossa, mas é um grande jogador de futebol e vai abrilhantar a festa. E assim sucessivamente, dizendo com a maior simplicidade e naturalidade esses chavões grotescos, querendo separar o joio do trigo, quando na verdade somos todos um monte de joios metidos a trigo.
As empresas no recrutamento de funcionários, sem dúvida nenhuma, quando se referem a “boa aparência”, querem dizer nada mais nada menos, que preto ou mulato, só se for muito bonito e extremamente competente. E, podem observar através das atrizes e modelos, que os negros aproveitados nessa área, são os que têm características faciais brancas. Secretárias então, raramente nos batemos com uma feia ou de cor Não conheço nenhum negro (a) considerado bonito que tenha suas características faciais normais predominantes (Narizes chatos, lábios grandes e grossos, cabelos “pimenta do reino” e queixos pronunciados). Não falo dos dentes, pois nesse particular eles são imbatíveis. No setor comercial/empresarial ainda existe, além do preconceito racial na admissão, a evidente discriminação de salários entre os “coloredes” e os pseudos brancos. Esses últimos, sempre são melhores remunerados e ocupam os melhores cargos.
Não é que esse mal seja genético, mas é uma tradição colonial que enraizou em nossas entranhas através de vários séculos que, infelizmente, hoje se consegue disfarçar, às vezes até muito bem, mas nunca elimina-lo totalmente. Talvez, com a miscigenação desenfreada que campeia no mundo, daqui a alguns milhares de anos, quando fatalmente seremos todos pretos e mulatos (pela força poderosa da etnia negra), possamos comemorar uma igualdade de cor e direitos. Mesmo assim ainda correremos o perigo de algum mulato metido a besta, que por seu tataravô ter sido irlandês, queira se achar com direitos especiais.
Devem todos os farsantes hipócritas tirar suas máscaras de defensores dos direitos humanos e, em vez de punições tolas que não corrigem o problema, apenas faz com que as pessoas reprimam as palavras, mas não os pensamentos, o importante é educar as crianças desde o maternal (e muitos pais também), para que aprendam desde cedo que nós somos iguais, apenas com características diferentes.
No âmbito geral o fato é também digno de atenções, pois num país onde se bate no peito e diz que não existe preconceitos de cor, raça e credo, diariamente você ouve as expressões mais absurdas contra essas pessoas e crenças. Por exemplo: Quando alguém de cor comete um lapso: “Só podia ser coisa de preto!”. Se for estrangeiro: “Esse gringo branquelo pensa que está na terra dele”. Se for índio ou descendente: “Lugar de índio é no mato!”. Com as religiões o procedimento é levado para a chacota: Se você não é farrista é “crente”. Se alguém tem manias é “macumbeiro”. Se a moça não quer ficar é “freira”. E assim, sucessivamente, existem milhares de exemplos que caracterizam claramente o sentimento preconceituoso, nada velado, do povo brasileiro.
Em vez de tantos órgãos para defender (?) os direitos humanos, muito mais importante seria um investimento maciço na educação, ensinando o que é  respeito humano.
                                                                     
*Escritor Membro da Academia Grapiúna de Letras
antoniodaagral26@hotmail.com
                                                                                

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Prefeito Vane no Rotary Clube de Itabuna!


                                            Antonio Nunes*

Terça feira, dia 23/04, atendendo um convite do Rotary Clube de Itabuna, o prefeito Vane apresentou-se para participar da reunião/jantar como, não só o palestrante da noite, como também colocar-se a disposição dos rotarianos e convidados, no sentido de falar e responder sobre a situação encontrada, atual, providências tomadas, perspectivas, prazos de soluções, etc. e, sem as bajulações comuns dos baba ovos e interesseiros, posso dizer que, embora muitas coisas gostaríamos de ouvir de outra forma, a grande maioria das suas explanações foram justas, pertinentes e sinceras, dentro de uma realidade política que, como todos nós de bom senso sabemos, é difícil de agilizar os processos para que se tenha resultados mais imediatos. Os sarcásticos opositores de meia pataca é que, mesmo vendo e sabendo que a realidade é outra, falam e cobram soluções simplistas e imediatas, não como defensores da comunidade, mas, com certeza, no sentido de colocar o povo em pânico e desprestigiar um administrador que acaba de sentar-se no cargo!
Para quem está de fora, como a maioria do povo, o prefeito é de uma soberania maravilhosa e, apenas querendo, pode executar qualquer coisa imediatamente sem que tenha satisfações a dar. Isso é um engano terrível, pois, todos os seus atos, principalmente os de maiores expressões, têm que ser aprovados pela câmara e também atender a uma série de políticos ligados as horrorosas coligações em busca de votos de um lado e cargos e vantagens do outro. Acho abominável tal acordo que já faz parte incondicional do sistema reinante. Mas... ainda não temos uma vacina para esse mal peçonhento!
Ouvimos e discutimos seus pronunciamentos, logicamente, uma grande parte bastante pertinente, fizemos uma série de reivindicações que favorecerão as comunidades pobres e, como não poderia deixar de acontecer, cobramos resultados para os casos que independem dos estragos encontrados (zona azul, retorno do Hospital de Base, obras de saneamento deixadas pela metade, área para a Universidade Federal, retirada dos camelôs das vias centrais e Praça Adami e mais um rosário de coisas que podem ser executadas sem as tramitações lentas das leis.
Demos mais um prazo para que ele possa trabalhar com dignidade e honestidade, colocando nosso município em seu devido lugar, ficando marcada e prevista uma nova reunião/encontro, onde, certamente, não ouviremos promessas, e sim, realizações! Colocamo-nos ao seu lado, já que o nosso clube é pautado para ajudar nas administrações, buscando resultados que satisfaçam a população!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – antoniodaagral2@hotmail.com

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Os pobres urubus verde amarelos!


                                            Antonio Nunes de Souza*

A semana passada estive participando de uma reunião em uma honrada associação de classe e, no decorrer do evento, um dos sócios levantou-se para falar sobre a violência estabelecida no Brasil, culminando numa tragédia decadente e triste para todos que nele vive. E, mesmo sendo uma associação completamente (?) apolítica (quando lhe é conveniente), sem a menor cerimônia, o orador citou que o PT está no poder a dez anos e que nada fez ou faz no sentido de melhorar, ao contrário, deixando o barco correr sendo o principal culpado em todos esses acontecimentos. Nesse momento, tive o desprazer de ouvir risadas e algumas frases da seleta platéia concordando com a acusação, demonstrando, absurdamente, que essa acusação ignóbil e desprezível direcionada ao governo, era o verdadeiro espelho da triste realidade!
Não nego que olhei com tristeza os semblantes daqueles que, vaidosamente, demonstraram suas preferências políticas, aproveitaram para dar suas opiniões, risos, deboches e mostrarem o desgosto e dores de cotovelos por terem nas mãos por várias dezenas de anos as rédeas do país e, barbaramente, nada fizeram de importante, a não ser esconder embaixo dos tapetes todos os absurdos que ora estão sendo descobertos pela justiça e as polícias, que encontraram no atual governo, liberdade de ação sem que seja acobertada nenhuma linha partidária.
Temos violência em todo país? Claro que sim! Não é preciso ter olhos de lince para perceber uma coisa tão clara e evidente em todas as vertentes e camadas sociais e políticas, mas, ter o desplante de dizer que o governo é o culpado dessa implantação trágica e triste, não deixa de ser uma afirmação tola, venenosa, sem pertinência e, mais que tudo, uma demonstração de maus brasileiros insatisfeitos pelos méritos apresentados pelo último e atual governo que, quer queiram, quer não, colocaram nosso modesto país das “bananas”, como um dos maiores expoentes no mercado internacional.
E, somente cegos ou urubus verde/amarelos, podem declarar que somos um ninho de violências, graças ao partido que está no poder. Essa violência exacerbada não tem partidos e nem é um comportamento brasileiro. Ele existe em todos os países do mundo, mesmo os que não são petistas, nazistas, comunistas, anarquistas e outros “istas” mais, pois, na verdade trata-se de um complexo socialista, que cresceu assustadoramente, em função das individualizações dos homens e dos interesses milionários de enriquecimento, esquecendo das classes menos favorecidas. Sendo ainda, mais lamentável, que a cegueira ou os antolhos, fazem dessas pessoas, uma representatividade social elogiada pelas suas mídias e, ao mesmo tempo, odiadas pelas suas mágoas nas atitudes das suas ações!
Enquanto uma revoada de “cardeais” reuniu para escolher um homem humilde e defensor do sofredor povo, uma revoada de outro pássaro bonito e cheio de pompas, procura denegrir e tomar a qualquer custo os poderes para continuar com suas políticas desgastadas e de somente interesses próprios!
Que sejam mais sensatos desfrutem das suas lindas cores e características e deixem, mais que depressa, de ser um bando de “urubus verde/amarelos!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras –           antoniodaagral26@hotmail.com

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Minha primeira noite!


                                              *Antonio Nunes de Souza

-Lucinha, não lhe conto!
-Vá logo contando e deixe de suspense Sheila. Estou morrendo de curiosidade! Depois que você saiu não consegui nem dormir direito, imaginando como seria sua noite.
-Ah! Ah! Ah! Ah! Você não vai acreditar! Foi a coisa mais incrível que poderia acontecer, minha filha!
-Então bota tudo pra fora e não omita nadinha, nadinha. Quero saber todas as minúcias, minha filha, pois, quando aconteceu comigo eu não escondi de você nem um suspiro.
-Tá certo! Você é minha melhor amiga e não posso lhe esconder essa minha mais nova emoção, que protelei ao máximo, prometendo a mim mesma que só faria quando fosse a hora e a pessoa certa.
Assim que entrei no carro ele virou-se para mim e disse:
-Posso ir para um lugar que estou pensando?
-Claro! Você conhece os lugares interessantes da cidade e tenho certeza que também gostarei.
Ele me deu um beijinho, alisou o meu queixo e segui dirigindo sem dar uma palavra. Quando eu percebi que estávamos indo em direção ao S. Caetano, fiquei pensando que restaurante legal existia por lá para ele me levar para jantar. Mas, quando chegou ao antigo Hiper messias, ele dobrou a direita e continuou seguindo, passou pelo Colégio Estadual, Espora de Ouro, Jaçanã, e aí comecei a suar as mãos, pois, embora jamais tivesse ido, sabia que naquele trecho ficava o Motel Carinhoso. E, como imaginei, ele olhou para mim, deu um sorriso, puxou o meu rosto e deu um beijo e um cheiro em meu pescoço, como se tivesse pedindo meu assentimento para parar e entrar. Dei um sorriso amarelo e calada fiquei. No seu entendimento, aquela minha reação era sinal de que eu estava gostando da surpresa.
Na verdade eu estava excitadíssima com o que estava começando a acontecer. Não uma excitação sexual, mas um misto de tensão nervosa, tesão, medo, curiosidade, insegurança, desejo, dúvida e mais uma infinidade de coisas que passava pela cabeça. Mas, mesmo com esse coquetel de coisas no juízo, minha vontade de ir para cama pela primeira vez com um homem, estava definida que seria naquela noite. Apenas, a surpresa do imediatismo dele, quase me colocou em pânico. Imaginei que iríamos, jantar, depois dançar um pouco em algum lugar e, no fim da noite, já animados, partiríamos para a verdade, fosse em que lugar fosse.
-Menina, você não ficou com medo não?
-Fiquei a porra toda que você imaginar, mas, o que mais fiquei foi com vontade de dar! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Na hora que o carro entrou e ele recebeu a chave e o porteiro falou: Apartamento 27, eu ri por dentro e disse pra mim mesma: Vai dar vermelho 27 na cabeça! E comecei a rir com meu pensamento besta.
-Alguma coisa meu bem?
-Nada Lúcio. É que me lembrei de uma coisa engraçada, mas não tem nenhuma relação conosco, foi um fato que aconteceu na escola.
Ele dirigia naquele labirinto desconhecido para mim, mas parecia ser um Fernando Alonso nas curvas fechadas, como se fosse um profundo conhecedor do circuito. Enfiou o carro no Box e imaginei logo que quem iria receber a mangueira e sair abastecida era eu e não o carro.
Ele saltou, abriu a porta para mim, eu saltei super tremula, mas sem dar bandeira, querendo demonstrar segurança, embora ele soubesse que aquela era minha primeira experiência.
O apartamento estava todo arrumado, relativamente espaçoso e havia uma pequena piscina. Apenas dava para sentir no ar um cheiro desagradável de mofo misturado com desodorante ambiental, que tirava um pouco o romantismo. Eu permanecia passiva sem saber realmente o que fazer, ficando a espera de suas reações para seguir os meus e os seus instintos.
Ele ligou o ar condicionado, a música ambiente, me pegou pela cintura e começamos a dançar bem agarradinhos a meia luz. Entre esfregações e beijos, sem que nada disséssemos um ao outro ele parou, pegou o telefone e solicitou que mandassem um Champanhe. Eu fiquei logo assustada imaginando o garçom entrar e me ver. Mas, depois percebi que tem uma janelinha onde são colocadas as coisas, sem perturbar a privacidade.
Começamos a beber e, aos poucos, ele foi tirando minha roupa e eu, seguindo os seus passos fui fazendo a mesma coisa, até que ficamos completamente nus e continuamos dançando numa esfregação bem gostosa que eu estava vendo a hora de gozar ali mesmo em pé.
A essa altura eu já estava praticamente dominando o ambiente, parecendo que nada daquilo era novidade para mim. Mesmo dançando, fui levando ele para junto da cama e, com um leve empurrão, o joguei no colchão que estava forrado com um edredom e começamos a rolar de um lado para o outro, por cima, por baixo e em todas as posições que a cama permitia. Aí, comecei a sentir que ele estava suando muito e um tanto nervoso. Coloquei minha coxa entre suas pernas e percebi nitidamente qual era a razão do seu desespero: Seu pinto estava mais mole do que coração de mãe! Fiquei me esfregando com todo carinho para ver se conseguiria alguma reação, mas o danado parecia morto, porém, sem a rigidez cadavérica.
-Algum problema, Lú?
-Pô Sheila! Pensei tanto nessa noite e agora me acontece isso. Juro que é a primeira vez que isso me acontece. Acho que é a emoção de estar aqui com você! Venho desejando há tanto tempo e agora passo essa vergonha e lhe decepciono.
-Não se preocupe meu bem. Tenho ouvido falar e já li a respeito que isso pode acontecer com qualquer pessoa, pois é uma questão emocional.
-Vamos pedir um jantar pra nós, pelo menos para compensar esse desastre.
-Tá legal! Peça alguma coisa e eu vou tomar um banho enquanto chega, você descanse a cabeça um pouco e, quem sabe, não muda tudo e pode ser que seu caso seja fome. Falei sorrindo, querendo quebrar a tensão que seu olhar transmitia.
Entrei no banheiro, fechei a porta e, sinceramente, fui logo me masturbar, pois estava com um tesão incrível, toda molhadinha e não iria sair com aquele zero a zero filho da puta. Gozei gostoso embaixo do chuveiro bem quentinho, satisfazendo pelo menos em parte, o que tinha programado fazer naquela noite.
Quando saí, enrolada na toalha, pois aquela altura não havia mais vergonhas nem pudores, a comida já havia chegado, nos sentamos em uma pequena mesa e começamos a comer. Ele evitava olhar-me nos olhos, deixando claro que estava morrendo de vergonha. Eu, para deixá-lo mais à vontade, puxei várias outras conversas e também pouco o olhava de frente.
Acabamos de jantar, esperei um pouco para ver qual seria a reação dele, com relação a novamente deitarmos e tentarmos alguma coisa, mas, infelizmente, o que ele disse foi: Meu bem vista a roupa e vamos embora. Quero sair daqui para esquecer essa noite de decepção. Mas, você sabe que foi uma casualidade, pois quando nos beijamos sempre, você percebe a minha reação.
-Claro! Deixe de ser bobo que, embora com 16 anos, eu sei perfeitamente que essa situação independe de idade. E não é por você ter 35 anos, que já não corresponde sua masculinidade. E, para completar, disse sorrindo: Isso acontece até com a nobreza inglesa, como dizem no popular.
Saímos, entramos no carro, trocamos poucas palavras e, na saída, ele olhou pra mim com aquela cara de cão sem dono e implorou com a maior meiguice: Oh, meu bem, por favor, não conte isso pra ninguém não, senão eu vou morrer de vergonha. Você promete?
-Com certeza! Fique tranqüilo, pois para mim nada existiu de excepcional. Foi apenas um acidente de percurso.
Nos beijamos e eu saltei do carro, dirigindo-me para dentro de casa, carregando entre as pernas o meu sortudo cabaço, que ainda terá alguns dias de sobrevivência.
-Meu Deus! Eu nem acredito Sheila! Aquele homão todo brochar na hora H?
-Pois é minha filha. Mas, da próxima vez se ele falhar, será deletado da minha vida para sempre sem dó nem piedade.
-Olhe Lucinha, que esse segredo fique entre nós. Combinado?
-Fique tranqüila, minha amiga. Somente eu vou ter cuidado, para na hora que me encontrar com ele não cair na risada.
*Escritor (blog antoniomanteiga.blogspot.com – antoniodaagral26@hotmail.com)

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Será possível minimizar?


                                 Antonio Nunes de Souza*

Dentro da normalidade, qualquer cristão que ligue um rádio, uma TV, abra um jornal ou entre na internet, imediatamente se bate com as notícias mais escabrosas possíveis, relativas a roubos, assaltos, assassinatos, arrastões, sequestros  distribuições de drogas, vendas de armas, estupros, acompanhados de violências contra homossexuais, crianças e mulheres. Um verdadeiro massacre de notícias tristes, desagradáveis e, praticamente, repetidas em função da assiduidade que acontecem.
Será que essas apologias aos criminosos, contando suas podres façanhas, os moldes que operam, apresentando eles para a sociedade como majestosos e grandes facínoras, capitalizando-os juntos aos seus colegas marginais como sendo geniais nas artes dos horrores, fazendo com que sejam recebidos pelos seus podres colegas nos presídios com tapetes vermelhos e, conseqüentemente, com condições de chefiar quadrilhas internamente, já que são de altas periculosidades e devem ser respeitados pelas arraias miúdas dos presídios é uma maneira interessante e eficaz para a sociedade? 
Estar enfatizando constantemente que não existem condições de manter presos os menores por falta de espaço físico nos reformatórios, e que os crimes dos menores de 18 anos, simplesmente, passam três anos detidos (quando possível) e depois postos em liberdade? Isso não são fatores que, para aqueles já são profissionais, continuarem suas praticas, tranquilamente, beneficiando-se das leis?
Normalmente, quando ocorrem fatos grotescos e horripilantes envolvendo menores, a mídia passa dias repetindo a ocorrência, enaltecendo as habilidades e destrezas dos crápulas, colocando-os como heróis perante seus bandos de canalhas. Cada um dos veículos querendo mostrar mais minuciosamente possível os fatos que, para a bandidagem, não passa de uma melhora curricular perante a criminalidade!
Fora esse lado triste e desagradável, onde a sociedade fica cheia de pânicos e receios, as crianças que inevitavelmente também presenciam tais reportagens, já que são diuturnamente, sentem uma pressão psicológica que, certamente, lhe traz transtornos comportamentais!
Supomos que, se fossem esquecidas as manias e idéias de levar as notícias com doses de escândalos para captar audiências, comunicar os fatos de maneiras menos espalhafatosas e repedidas, teríamos noticiários mais adequados, menos sanguinolentos e não teríamos o desprazer de ver “elogiosamente” que determinados marginais comandam, praticamente, todos os grandes desmandos que acontecem hoje pelo nosso país, mesmo estando em suas selas de presídios especiais!
Creio que, com um pouco de boa vontade, pode-se mudar e minimizar essa enxurrada de criminalidade e tornar mais audível e visível nossos noticiários!

*Escritor – antoniodaagarl26@hotmail.com – Membro da Academia Grapiúna de Letras

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Em busca da felicidade!


                                 Antonio Nunes de Souza*

Com absoluta certeza a coisa que todas as pessoas almejam em grande quantidade é a tal da felicidade! Até hoje, nas minhas diversas andanças, nunca encontrei ninguém que não coloque em primeiro lugar sua felicidade, muitos ligando essa conquista a possibilidade de conseguir somas mirabolantes de dinheiro como a complementação ideal!
E, conforme me contaram, com Natália não era nada diferente. Mulher que não era muito bonita, porém com um corpo esbelto e com curvas proporcionais, mas, ironicamente, não tinha aquele ar sedutor que mexe com os homens somente com as trocas de olhares. Talvez por ser tímida ou muito pudica, porém o fato é que saía com as amigas, todas se armavam e ela sempre sobrava nas baladas, mesmo quando estava bombando de homens sozinhos. Claro que isso começou a criar um complexo de inferioridade, chegando a um pequeno processo depressivo em seu comportamento.
Um belo dia ela passando na rua, viu uma propagando colada no poste, falando das genialidades de Madame Sheilla com relação a resolver qualquer caso de desencontros, amores, paixões, etc., colocando em suas mãos os prazeres merecidos. Sorriu um tanto descrente, mas, como não tinha nada para fazer, ou mesmo a perder, resolveu ir fazer uma consulta com essa velha bruxa, já que sua fama era conhecida em toda região. Como estava perto, aumentou os passos e foi bater na casa, onde foi atendida pela própria Madame. Sentaram, conversaram, ela falou da sua infelicidade em conseguir homens para namorar e até mesmo para “ficar” durante uma noite. Resultando que ela já tinha 26 anos e ainda era virgem. Madame Sheilla quase não acreditou no que ouvia, mas, pegou o seu baralho e disse que iria ver nas cartas o que o futuro aguardava para ela.
Depois de baralhar e espalhar arrumadamente na mesa, começou a falar: Infelizmente, nessa sua terceira reencarnação você foi mandada para pagar algumas falhas do passado e essa sua solidão no amor será durante sua permanência nessa vida atual, como uma provação para purgar pecados e limpar cada vez mais a sua alma. Porém, para sua alegria e felicidade, estou vendo claramente que, na sua próxima vinda reencarnada terá uma abundancia de homens em sua volta, como uma grande compensação divina. Serás invejada por todos e por todas!
Natália sorriu intimamente, levantou-se e despediu-se, logicamente depois de pagar a consulta. Seguindo para casa não deixou de pensar no que ouvira, principalmente o que esperava encontrar na sua próxima vida. Então, naquele momento ela passava por um viaduto bem alto e, num relance, resolveu que seria normal antecipar sua ida, já que seu retorno seria triunfal. Fechou os olhos e atirou-se de cabeça no viaduto, na certeza que reencarnaria uma mulher vitoriosa!
Uma queda de mais de 20 metros, porém, naquele momento passava por baixo um enorme caminhão carregado bananas, que embora a tenha deixada desmaiada, evitou a sua prematura morte. O motorista nem percebeu o ocorrido e continuou sua viagem. Passados quase uma meia hora ela começou a acordar e, ainda com os olhos fechados, começou a tatear as mãos nas bananas achando que já estava na nova vida e foi logo dizendo: “Calma meus filhos que venha um de cada vez!”
Felizmente, além da frustração ela nada teve de problemas com a queda, e continua aguardando como será sua próxima vida!
Se sua felicidade não está nessa vida, pode ficar tranqüilo que na próxima você vai ser compensado.

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – antoniodaagral26@hotmail.com

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Por que procedemos como tolos?


                                   Antonio Nunes de Souza*

Em um país como o Brasil, onde todos se acham sabidos, espertos, capazes e conhecedores de todas as coisas, pode esse mesmo povo se ver transformado em massa de manobra quando chegam às eleições, acreditando piamente nas promessas políticas ou, pior ainda, se deixando levar por interesses mesquinhos de vantagens, em detrimento aos interesses da sociedade e do município, mesmo vendo e sabendo que o resultado será péssimo e gerará situações desastrosas?
Essa atitude pode até ser chamada de “ouro dos tolos”, com efeito de um bumerang que, quem ajudou a arremessar, pode esperar que a resposta retorna diretamente para sua cabeça, causando prejuízos inestimáveis. Sendo o pior de tudo isso é que assistimos esse filme de dois em dois anos e, tolamente, continuamos procedendo da mesma forma,mesmo jeito, confiando nos discursos fabricados para enganar, os abraços e apertos de mãos tão enganadores e falsos como uma nota de trinta reais. Mas...tolamente, não mudamos nossos comportamentos, sempre achando que dessa vez será diferente.
Claro que errar é humano, mas continuar errando e dando exemplos para os mais jovens ou menos esclarecidos, torna-se uma tolice abominável, para não dizer uma burrice. Nunca me cansarei de repetir que todos os políticos (administrativos e legislativos) são “servidores públicos” que foram escolhidos para nos representar, dando exemplos de honestidade, trabalho e realizações, sem que se achem que estão nos fazendo favores, pois, seus ricos salários, são pagos pelo povo com suor e sacrifício. E, se não bastassem às mordomias absurdas nas complementações salariais, ainda aprovam mudanças nas leis colocando-os como se fossem reis, munidos de verdadeiras “redomas” protetoras, fazendo com que as leis somente sejam utilizadas contra o pobre povo.
Agora mesmo, grotescamente, querem aprovar um verdadeiro absurdo, já tramitando pela câmara e senado: a PEC 37, que vem a ser (em rápidas palavras) uma lei que restringe os direitos do Ministério Público de fazer investigações nos processos de corrupção e peculatos, deixando esse direito, estritamente, para a polícia civil e federal. Isso representa tirar das mãos do povo o direito de ter um Ministério pronto para salvaguardar seus interesses, atrofiar ainda mais as ações investigativas da polícia que, infelizmente, não tem sozinha as condições necessárias para um atendimento eficaz!
Uma triste e vergonhosa proposta, demonstrando mais uma vez que eles (os políticos), com os nossos assentimentos, continuam achando que são seres superiores. Vamos todos lutar para que esse fato não aconteça, mostrando que não podemos ser tolos eternamente!

*Escritor - Membro da Academia Grapiúna de Letras –antoniodaagral26@hotmail.com

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Confraternização dos sexos!


                                             Antonio Nunes de Souza*

Esse velho sem sentido tabu, criado pelos próprios homens nas suas medievais idéias do distante passado, estimulou uma série interminável de regras, passando a ser um regimento histórico de padrões sacro santo que, quebrá-los foge aos conceitos e preceitos traçados para o bem (?) da humanidade!
Logicamente estou referindo-me ao assustador e tenebroso “SEXO”, assim encarado pelos puritanos ou pseudos moralistas que, por mais que vejam, sintam, pratiquem e se deliciem, sempre que se referem a esse ato tão significativo, cheios de melindres e hipócritas confissões.
Antes, quando a liberdade era bastante reprimida, as dificuldades de encontros mais privativos, os receios familiares, os grandes escândalos na pudica (?) sociedade, obviamente as coisas ocorriam com menos freqüência e, por essa razão, ainda dizem hoje a tola expressão: No meu tempo nada disso existia! Mas, a verdade que tudo sempre existiu com maiores cautelas, melhores prazeres pelos mistérios e segredos e o sentido de vitória por ter conseguido passar por toda essa malha fina e fiscalizadora da vida alheia. Essa admirável época ficou conhecida como a dos corajosos e corajosas que adoravam viver perigosamente. E muitas vezes, alguns mais velhos fechavam os olhos, pois sabiam que uma sacanagem não fazia mal para ninguém. Claro que essa pequena benevolência era sempre ofertada pelos homens!
Com o passar dos anos, avanços tecnológicos, culturais, educacionais e científicos, o sexo deixou de ser aquele tabu misterioso e perigoso, que para praticá-lo tinha que seguir todos os padrões determinados pela sociedade e os ditames das leis. Começou a ser encarado com naturalidade, sendo apenas uma necessidade fisiológica que todos os seres vivos sentem e desejam constantemente, e nem sempre como uma operação reprodutiva, simplesmente para sentir aquele “choquinho” gostoso que nenhuma tomada da Coelba é capaz de dar!
Aí, o genial sexo já com estatus de algo comum e normal, passou a ter uma maior constância (um pouco até abusiva), alcançando uma liberdade nunca antes conseguida, sendo todo comportamento praticado independente de idade, credo, cor, raça, masculinos, femininos e neutros com a maior igualdade, sem que seja respeitado qualquer ditame proibitivo de alguma lei retrógrada. Estava decretada total e plena liberdade, inclusive para os casamentos de pessoa do mesmo sexo.´
Nós brasileiros estamos seguindo os grandes astros e estrelas do mundo musical, esportivo, e literário que, com coragem, explicitam as suas preferências sexuais, encorajando aqueles que ainda têm medo de “sair do armário’.
Estamos agora curtindo as declarações de Daniella Mercury sobre seu novo casamento com uma jornalista televisiva e global. Temos que encarar tudo isso com naturalidade, pois esse é o mundo que todos desejam e colaboram para que assim seja!
Não querendo ser condenatório não sei se tudo isso é progresso ou regresso! Apenas temos que seguir as ditas evoluções dos tempos.
Ainda bem que já estou bastante velho para ter que seguir novas experiências. Deixo isso para os barrigas de tanquinhos!!!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – antoniodaagral262hotmail.com

domingo, 7 de abril de 2013

Aniversário da Academia Grapiúna de Letras!


Antonio Nunes de Souza*

Apenas dois anos! Uma criança que, engatinhando pelos labirintos mais sinuosos das nossas vidas, procura sedimentar uma história marcante para que não seja esquecida como muitas das ocorrências que passaram batidas nas mentes do nosso município, sendo que algumas, não tiveram nem o modesto privilégio de serem lembradas com o velho chavão: Itabuna já teve!
Simplesmente dormem profundamente nas malhas dos desmemoriados convenientes, onde as maiores preocupações são as suas elucubrações e a ampliação dos seus patrimônios.
Estamos hoje festejando, carinhosamente, uma entidade cultural e literária, que lutando com a abnegação de alguns, interesses políticos de outros e a união de quarenta escolhidos pelas suas qualificações, desejam alicerçar dignamente uma academia de letras que represente uma grande parte de pessoas ligadas à área educacional e artística que sem medir esforços, somente pelo amor comunitário, estão dando suas participações efetivas a afetivas, exemplificando o que é cidadania e humanismo.
Devemos reconhecer que a nossa jovialidade, estruturada com sacrifícios e boas vontades, nos deixa ainda claudicante no que diz respeito a uma instalação permanente, onde possamos expor nosso acervo literário, composto das obras dos nossos acadêmicos e outros, uma biblioteca mostrando obras dos nossos patronos, transformando nossa academia num ponto de encontro de intelectuais e estudantes.
Apenas dois anos! Uma criança mimada com um carinho mais que merecido, carregada nos colos daqueles que, honrosamente, fazem parte dessa história que não queremos jamais que seja esquecida! A lentidão do processo deve-se, naturalmente, as dificuldades normalmente inerentes nos casos de estruturações de entidades sem fins lucrativos, as dependências dos órgãos públicos e a boa vontade geral da comunidade. Mas, claro que venceremos. Aliás, já somos vencedores, pois, mesmo com esses dois anos tumultuados, conseguimos sair ilesos, fortes e caminhado com passos infantis, porém, passadas firmes e espírito de guerreiros vencedores!
Recebam meus parabéns, acompanhados de fortes e calorosos abraços e, como todos vocês, tenho o maior orgulho de participar dessa marcante e significativa concretização literária e cultural que, enfaticamente, jamais será esquecida em nossa região!

*Escritor - Membro da Academia Grapiúna de Letras.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Parabéns. Mas, continuem!


                              Antonio Nunes de Souza*

Mais como um observador, pois não sou jornalista político, tenho tido a alegria de ver, cotidianamente, uma preocupação geral em todas as camadas sociais com relação às medidas tomadas pelos políticos da cidade, mais precisamente o prefeito Vane e, seguidamente, seu vice e secretários.
Essa preocupação que, em muitos casos, representa o desejo de ver as coisas em seus devidos e corretos lugares e, em outras oportunidades, para apontar erros ou possíveis erros, combatendo opostamente e politicamente seus adversários, desejando mostrar a não competência e qualificação daqueles que o povo confiou nas urnas. Estes não são nocivos, mas, deveriam ser menos radicais e tendenciosos reconhecendo suas derrotas esperando novas oportunidades para mostrar suas qualificações, se é que na verdade existem!
Tenho percebido uma centena de reivindicações (de pequenos buracos nas ruas até esgotos ao céu aberto), algumas intervenções da EMASA, através do seu competente presidente Ricardo Pereira, estive visitando por duas vezes o HBLEM, tendo contato com o presidente da FASI, Paulo Bicalho, e pude comprovar “in loco” as obras que estão sendo já realizadas em diversos setores, contando com a colaboração de empresas regionais, prefeitura e Estado, no sentido de reabrir completamente suas portas dando um atendimento de primeira qualidade ao povo que, infelizmente, vem sofrendo por diversos anos, uma assistência inadequada e humilhante.
Parabenizo a mídia (jornais, blogs, rádios e TVs) por esse trabalho bastante importante de orientar, cobrar, exigir e apontar todas as necessidades do nosso município, fiscalizando a administração e os legisladores, para que não aconteça como no passado que sofremos as agruras do inferno, sem nem ter a certeza de quem era, verdadeiramente, o prefeito da cidade. Mas, não é hora de condenações. A hora agora é de colaborações, cooperações, parcerias e demonstração de cidadania e amor a nossa terra. Com esses comportamentos podemos ter a certeza que as coisas andarão melhores, seremos mais respeitados e, conseqüentemente, bem servidos.
Mas, por favor, continuem questionando, sugerindo, apontando as traíras, piranhas e tubarões que estão ficando ou aportando, sorrateiramente, nas entranhas políticas através de padrinhos nefastos, e vamos, realmente, demonstrar nosso amor e cidadania.
Espero que esse comportamento jamais se restrinja aos primeiros meses de gestão. Que seja uma constante preocupação!

*Escritor(antoniomanteiga.blogspot.com– antoniodaagral26@hotmail.com
Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna-Ba.