sexta-feira, 8 de novembro de 2024

UMA VIAGEM DELICIOSA A PORTO SEGURO! (Clique e leia)

Antonio Nunes de Souza*

A alegria era total e contagiante dentro do ônibus, que em velocidade seguia para Porto Seguro, num passeio organizado por um grupo de médicos e enfermeiras do Hospital Aristides Maltez!

Os participantes eram doze casais e uma enfermeira bastante jovem, que perdeu seu noivo para outra, nas vésperas do casamento e estava se sentindo meio desolada e decepcionada, e eu também solteiro!

Stela era bonita, charmosa, elegante, gostava de usar decotes generosos, mostrando parte dos seus lindos seios que, consequentemente, mesmo sem querer, provocava até os mais calmos e pudicos do departamento de cirurgia, setor que eu pertencia. E, se não bastasse, seu corpo era com todas as carnes e curvas nos devidos lugares, sem uma grama de excesso, nos seus vinte e cinco anos de idade!

Eu era o único solteiro, e pelo destino ser meu amigo íntimo, dois dias atrás, Stela foi escalada para me instrumentar, já que eu estava precisando e era sua especialidade. Com isso, por interesses profissionais e para nos conhecermos melhor, resolvemos nos sentar juntos, conversarmos e melhor nos entrosarmos, para uma desenvoltura nos posteriores procedimentos cirúrgicos hospitalares!

Todos cantando, rindo, contando piadas, bebendo umas cervejinhas geladas, degustando salgados, até que depois de algum tempo, fomos nos acomodando, já era meia noite, as luzes foram apagadas para dormirmos, pois, chegaríamos ao amanhecer na maravilhosa terra de Cabral!

Stela meio sonolenta pelos drinques, assim que as luzes apagaram, ela apagou junto. Eu, ainda jovem, nos meus trinta e quatro anos, sentei-me, recurvei a poltrona como ela tinha feito, fechei os olhos e, pela primeira vez imaginei como seria bom se eu me armasse com minha bela companhia. Mas, por uma questão de profissionalismo, mudei logo os pensamentos e, rapidamente, caí no sono também!

Depois de algum tempo, acordei sentindo um peso em minha barriga, e quando fui averiguar, era Stela que, no maior sono, simplesmente virou para o meu lado, mesmo com o braço da poltrona no meio, colocou a sua perna em cima de mim. Ela dormia tão tranquila, que eu não tive coragem de desperta-la, ou retirar a sua bonita e torneada perna, exposta pela bermuda sumária que ela estava usando. Mas, com o balançar do ônibus, aquela coisa deliciosa sacudindo nas minhas partes íntimas, fiquei excitadíssimo e fingindo estar também dormindo, desci o braço da poltrona e a abracei carinhosamente, e ficamos os dois bem coladinhos, como se fosse um acidente de percurso, sem maiores intenções!

Depois disso, não consegui dormir hora nenhum, até que Stela acordou meio assustada por estar em meus braços, mas, mesmo sem pedir desculpas, deu risada e disse que ela era um pouco inquieta quando dormia, e que eu não ligasse não. Lógico que não liguei e disse que, coincidentemente, eu também procedia assim, para justificar o meu abraço na calada da noite!

Chegamos, fomos direto para um hotel cinco estrelas, já reservado com antecedência, porém, por um erro do funcionário, todos os treze apartamentos eram para casal, não atinando que haviam dois solteiros que era eu e Stela e, como o destino é meu grande amigo, o hotel estava lotado e não tinha condições de contornar o problema. E sem que ninguém esperasse, Stela, tranquilamente, falou que que não tinha problema, bastaria que o hotel colocasse duas camas de solteiros, que éramos adultos, responsáveis e que já estava acostumada a dormir no quarto de descanso do hospital, tendo ao lado um ou dois médicos. Todos riram e eu comecei a adorar mais ainda o nosso passeio, já que desde o caminho, tudo estava indo muito bem!

Nos acomodamos, fomos tomar café, descansar um pouco, pois, ao meio dia iríamos para a Cabana Tô Atoa, que é uma das mais agitadas do pedaço, para tomar banho de mar, almoçar, dançar lambada, assistir show, comprar lembranças, ver turistas e nativos, sacar dinheiro, etc., pois, essa cabana é um verdadeiro shopping Center em plena praia!

Nossa turma era composta de pessoas de trinta a quarenta e cinco anos, portanto, todos com boa disposição para qualquer programação!

O fato é que nos divertimos muito, curtimos tudo que tínhamos direito e, lá pelas 22 horas, todos exaustos e cansados, voltamos para o hotel, ainda caímos na piscina rapidamente e fomos para os apartamentos nos refazer. Já no quarto, cedi para Stela ir primeiro ao banho e fiquei vendo TV. Nisso ouvi um baque e um grito surdo vindo do banheiro. Aí, rapidamente, fui até a porta e perguntei se estava tudo bem. Stela respondeu que tinha caído no box. Logicamente, pelo espírito de médico e também de colega de trabalho, entrei no banheiro, fui direto ao box e, meio nervoso, me abaixei para levanta-la completamente nua, e ainda ensaboada. Não havia nenhum ferimento aparente, ela equilibrou-se em mim, coloquei-a embaixo do chuveiro, comecei a passar a mão por todo seu corpo para tirar o sabão, e depois leva-la para o quarto, fazer uma verificação mais minuciosa, constatando algum problema. Coloquei-a deitada na cama e, mesmo totalmente pelada, ela nada esboçava de estar com vergonha, apenas fazia uma carinha de sofredora, como se algo estivesse doendo. Perguntei se estava sentido dor em algum lugar específico, e ela disse que não, que parecia ser mais um susto pelo tombo!

Então, fui tomar banho e quando voltei ela estava dormindo lindamente nua, de bruços, mostrando uma belíssima e apetitosa bunda digna de uma escultura grega!

Ainda nu, apenas enrolado na toalha, encostei na cama e quase sussurrando, perguntei se ela estava bem e se desejava alguma coisa. E ela abriu os olhos, e dizendo que estava bem, mandou que eu me deitasse, pois, estava assustada e não queria dormir sozinha. Juro que pensei que estava sonhando. Mas, como meu destino é meu amigo de fé e sempre me favorece, não fiz nenhum “docinho”, apenas, soltei a toalha e, mesmo na cama de solteiro, me aconcheguei a ela que virando-se carinhosamente ficou de “conchinha”, me fazendo ver uma nuvem de passarinhos rodando em volta da minha cabeça!

Aí, como ganhei esse maravilhoso presente, eu fiz a maior “festa no céu”. Stela nem parecia aquela mulher acidentada, rolava por cima, por baixo, pelas pontas, numa habilidade impecável, pegando meus instrumentos e colocando em todos os lugares possíveis, numa cirurgia sexual abundante, oral e vaginante. Stela sentia orgasmos múltiplos e, ao mesmo tempo, fazia que eu tremesse convulsivamente, de tanto gozar dentro dela, isso continuadamente, até o amanhecer do dia!

Daí pra frente todo passou a ser natural sobre nosso namoro, já que éramos solteiros, adultos, independentes e colegas de trabalho, e todos encararam numa boa, ainda bateram palmas e nos deram parabéns. Fizemos todos os passeios turísticos, bombamos ao máximo, fomos a Coroa Vermelha, visitamos as cabanas dos índios, vimos um show de Yvete Sangalo, e voltamos no quarto dia da nossa folga, bastante alegres e satisfeitos, pois, tudo correu bem, apenas, o acidente com Stela que para mim, tinha sido uma dádiva celestial!

Mas, com o passar do tempo de nosso relacionamento, já casados e com nossa filhinha Jacira, um dia a esperta Stela me falou, que há muito tempo me olhava com tesão, mas, infelizmente, eu não percebia. Aí ela aproveitou esse passeio surgido, viu que eu iria sozinho, e se inscreveu. E já na viagem, propositadamente, colocou a perna em cima de mim fingindo dormir e, quietinha, viu eu ajeitar a cadeira e abraça-la. E o mais interessante é que, sua queda no banheiro foi uma armação, pois, ela notou que eu era tímido e estava dando bobeira, resolveu dar um basta com a dramatização. Ri bastante com a confissão de sua astúcia, e com a cara de “pateta”, pensei: “Quando acabar ficam dizendo que somente os homens é que são sacanas! As mulheres também fazem tretas, quando desejam algo, que ninguém é capaz de imaginar!”

*Escritor, Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros fundadores da Academia Grapiúna de Letras!


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