Antonio Nunes de Souza*
Esse
sentimento ridículo, desagradável e asqueroso, que tira milhões de pessoas do
sério, infelizmente, jamais desaparecerá da face da terra, pois, a mentalidade
humana, veementemente, acredita que as pessoas que estão se relacionando, são
simplesmente, suas propriedades que, em nenhuma hipótese, tem o direito de com
o passar do tempo, fazer reflexões, análises comportamentais, desejos,
interesses, compatibilidades, etc., e, com justo direito, pedir uma separação!
Lógico
e evidente que em todas as separações, sempre um lado está mais passivo de
sofrimento e dor, já que passa a se sentir desprezada(o), sentindo na pele um
abandono e os efeitos de solidão, longe da pessoa amada, que não mais a ama!
Raríssimos
são os casos de separações consensuais, onde ambos seguram suas barras e vão
procurar novos amores, ou até preferem continuar sozinhos, deixando que as
coisas voltem a acontecer quando o destino desejar!
A
partir dessa definição básica, vigente e natural, podemos somente alertar aos
afoitos inconformados que, por mais que comece um amor, ou louca paixão, tudo
isso poderá ser uma coisa efêmera e passageira, pois, somente conhecemos as
pessoas, depois de estarmos embaixo do mesmo teto, ou com um relacionamento liberal,
mesmo cada um em suas casas!
Todo
relacionamento começa através da aparência física. Você como uma mulher, ou
homem, que faz bater a libido de alguém, que popularmente chamam de pele e
química, aí, mais que depressa começa o namoro, as relações sexuais, que hoje são
normais, passeios, viagens, festas, etc. e, a partir daí, na verdade vão se
conhecendo verdadeiramente, os defeitos aparecendo, muitas vezes a diferença de
nível cultural, as virtudes esperadas não existem, provocando, literalmente, o
desejo de separação, já que aquela pessoa não é realmente a que preenche seu
gosto e seu sonho!
Infelizmente,
uma grande maioria não se conforma com separações, pois, se acham proprietários
(as) do seus parceiros (as), chegando a perseguições, aborrecimentos, maus
tratos, indo ao extremo de cometer crimes hediondos e, mais idiotamente,
cometem suicídios posteriormente, algumas vezes ainda assassinam os filhos,
dando uma prova de psicopatia e insanidade completa!
Suponho
que, se formos educando nossos filhos com essas observação a respeito do
tumultuado amor ou uniões, não ficarmos, poeticamente, vangloriando esse
sentimento abstrato de eterno e infinito, ajudaria bastante, para que as
pessoas encarassem um relacionamento, sabendo que existem possibilidades de
ambos os lados, de uma separação inesperada, e que deve ser encarada, mesmo com
algum sofrimento, com respeito e dignidade, como algo normal no decorrer da
vida!
Há
uns sessenta anos atrás, eu ouvia uma música que dizia: Ninguém é de ninguém, na vida tudo passa!”, e infelizmente, poucos
prestaram atenção a essa canção cheia de muita verdade!
Que
sejam todos mais coerentes, respeitando as decisões de seus parceiros(as),
pois, todos nós temos direitos de direcionar o nosso destino, com quem achamos
melhor e mais interessante, nos trazendo felicidade, mesmo que seja, novamente
temporária!
Grave
isso que é muito importante:
“Quando
você perde alguém é porque na verdade você não tinha. Era apenas uma ilusão!”
*Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta e um dos membros fundadores da Academia Grapiúna
de Letras!
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