Antonio Nunes de Souza*
Tudo começou quando num sábado,
eu estava esperando Dr. Barreto do Amaral e família, no voo 764 vindo do Rio de
Janeiro para Nova Yorque. Como de praxe, coloquei a minha placa de
identificação bem visível, já que os passageiros estavam despontando na sala de
espera!
Em questão de minutos,
aproximou-se um senhor e uma senhora, acompanhados de uma moça lindíssima,
mesmo com o rosto sonolento devido a viagem noturna. Apresentei-me,
providenciei a colocação das suas bagagens no meu carro e, depois de
acomoda-los, segui para o hotel previamente reservado.
Já que sou brasileiro, muito
embora já também cidadão americano, ele puxou algumas conversas ao passarmos
pelas avenidas, já que era a primeira vez que estava visitando NY, vindo desta
feita para um Seminário Internacional de Oncologia, que era sua especialidade. A
moça, que era sua filha, aproveitou as férias da faculdade, para dar esse
passeio, desfrutando para conhecer uma das maiores e deslumbrante cidades do
mundo.
Depois de acomoda-los no hotel,
ficou combinado que eu deveria apanha-los as 18 horas para algumas voltas de
conhecimento, e em seguida ir jantar num lugar aprazível com uma vista
panorâmica tipicamente americana. Sendo contratado pela agência para
ciceroneá-los da melhor forma possível, após o tour “NY By Night”, os levei
para o Restaurante Astory, que fica bem em frente à Estátua da Liberdade, o
maior símbolo americano!
Gentilmente, eles me convidaram
para participar do jantar, inclusive e principalmente, para saber alguns
detalhes dos hábitos e costumes locais, no sentido de facilitar os seus
contatos com outras pessoas, já que suas habilidades com o inglês, não eram de
boa qualidade.
Terminado o jantar, depois de
conversarmos bastante, nossos tratamentos passaram mais para amigos que guia
turista, ficando combinado pega-los pela manhã, leva-los a Universidade que
estava ministrando o Seminário e, durante o dia ficar com sua linda filha
Jacira, levando-a para passeios, cinema, teatro, bairro Chinês, Japonês,
Italiano, Central Parque, ou seja, mostrar todos os encantos americanos,
inclusive fazer compras de utilidades e souvenir para amigos. Não nego que essa
parte, foi generosamente maravilhosa, pois, Jacira além de ser uma mulher linda
e charmosa, era inteligente e tinha um bom papo, acompanhado de um lindo
sorriso.
Nossa rotina era, rigorosamente,
a mesmo: Leva-los a Universidade e partir para as curtições divertidas com
minha já amiga Jacira. Nós nos identificamos tanto que, no terceiro dia, já
saímos de mãos dadas e nos cumprimentávamos com beijinhos no rosto, que daí pra
frente, nossas intimidades foram aumentando, que no quinto dia, já estávamos
aos abraços, alguns beijos como se fôssemos namorados e, como o Seminário
duraria onze dias, a partir do sétimo, já ficávamos à tarde no quarto do hotel
transando loucamente, como uma prévia para nossos passeios diários, já que a
noite, seus pais sempre nos acompanhava, e nós não deixávamos transparecer que
nossa intimidade já estava avançada a tal ponto!
O fato é que acabou o Seminário o
Dr, Barreto do Amaral e sua esposa voltaram, Jacira resolveu de comum acordo
comigo, ficar mais alguns dias e, sinceramente, tudo passou a ser uma delícia,
pois, ela mudou-se para minha casa, e passamos a dormir juntos, ou na verdade,
passarmos as noites bem acordados, transando gostosamente nas posições
brasileiras e americanas ao mesmo tempo!
Chegou o dia de sua partida,
choramos e sorrimos na despedida, e isso tudo aconteceu já tem um ano, me
correspondo com Jacira através da net, conversamos muito pelo Zap, e tudo
indica que existe possibilidades de acontecer algo mais sério com ela, já que virá
com os pais agora em dezembro, para um Congresso de Oncologia na Universidade
de Columbia!
Pelo que vocês viram, ser
receptivo e guia de turismo é uma profissão bastante agradável e um pouco
lucrativa. Mas, você tem que ter classe e qualificação, para desempenhar com
respeitabilidade com seus clientes!
*Escritor, Historiador, Cronista,
Poeta e um dos membros fundadores da Academia Grapiúna de Letras!
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