Antonio
Nunes de Souza*
Desde
quando as grandes cidades do mundo inteiro passaram a usar a mão de obra de
estudantes secundários e universitários em diversas áreas comerciais que, nosso
Brasil que é imitador americano e europeu, passou a aderir essa mão de obra
mais ou menos qualificada em função das instruções escolares. Daí, as coisas
começaram a clarear para a ala jovem, como também as respostas financeiras em
função dos bons serviços prestados. Uma ideia que ajudou todos os envolvidos e
teve uma grande abertura no mercado de trabalho!
Foi
assim que me tornei garçonete de um belíssimo e bem famoso restaurante. Por ser
bilíngue e estar fazendo psicologia e minha boa aparência, ”caiu a sopa no
mel”. O salário não era lá essas coisas, pois, normalmente são pequenos, mas,
pela elegante e seleta clientela, as gorjetas eram ótimas e constantes em cada dia
de almoços e jantares.
Embora
exigisse muita rapidez, não me era cansativo, já que sempre pratiquei esportes
e tenho meu corpo um tanto sarado. Por incrível que pareça, minhas
gratificações dos clientes suplantavam em mais de cinco vezes a diária do
salário. Isso representava uma renda invejável pela minha idade e pelo meu
serviço, uma vez que para mim era uma distração e prazer, ter contatos diários
com pessoas de várias nacionalidades, turistas internos e os fregueses assíduos
do próprio bairro. Eu era super feliz, as vezes tinha meus namorados, morava
sozinha em uma quitinete, muito embora minha família morasse também em São
Paulo, mas com minha independência, preferi morar só!
Passados
uns anos, veio a minha formatura, me preparei para montar meu consultório, mas,
mesmo assim não deixei o meu querido emprego, pois, como já disse, adorava e me
identificava mais como lazer, além de ter uma boa grana como recompensa!
Pelas
ironias do destino, terminei me casando com o filho do dono do restaurante,
assumi a posição na gerência, já que minha experiência de anos me devam
qualificações!
Essa
é uma demonstração que, se houver humildade, força de vontade e querer ampliar
seu futuro sem os idiotas orgulhos, não se deve escolher demais as suas
atividades profissionais, pois, todos os trabalhos são dignos e honrados e, a
depender do seu desempenho, as remunerações são gratificantes e melhoradas
constantemente!
*Escritor-Membro
da Academia Grapiúna de
Letras-AGRAL-antoniodaagral262hotmail.com-antoniomanteiga.blogspot.com
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