segunda-feira, 19 de junho de 2017

VIVA SÃO JOÃO!


Antonio Nunes de Souza*

Antes que venham castigos das plagas celestiais, dada as minhas irreverentes ideias e fertilidades loucas da imaginação, sejam brotadas nessa crônica, onde, a verdade verdadeira, é dissertada, mesmo de uma maneira claríssima e debochada, peço mil perdões ao meu querido Santo junino!

Muito embora as “sertanejas” estejam avançando muito nessa data e nos eventos juninos, nosso querido forró continuo sendo o rei dos salões, pois, sem dó nem piedade, você pode desfrutar, tranquilamente de uma esfregação que, gostosamente, muitas vezes leva ao orgasmo e, claro, as molhações de calcinhas. Se você estiver somente apreciando sentadinho em sua mesa, ou mesmo em pé, e tapar os ouvidos e olhar para o salão, terá uma nítida impressão que estão todos transando de roupas!
A vela junina, literalmente, é o membro e, o generoso castiçal é a gloriosa vagina! A fogueira que foi combinada pelos país de João, para na hora do seu nascimento avisar aos amigos e parentes, passou a ser, tranquilamente, o fogo de vários ”paus”, aconchegados nas ávidas vaginas. Curioso é que as reboladas nos passinhos do forró e do xaxado, não são coreografias inocentes. Trata-se de uma maneira mais sedutora e cheia de “sacanagens”, para que as esfregações na frente sejam mais gostosas!

Nessa festa maravilhosa, além da cozinha na base do milho, diverte-se muito, brinca-se, e, sempre, tudo termina na tomada de bons licores e, mesmo sendo uma festa para S. João, é realizada uma grande “sacanagem” Franciscana!
Homens com seus pistolões e as mulheres queimando o tradicional fogos chamado de “rodinha”. Se algum desnaturado enfiar, mesmo com cuidado um milho numa das xoxotas presentes, com certeza, vira pipoca na mesma hora, devido o fogo nesse sagrado local!

Não estranhem nada disso, pois, devido a imposição dos costumes, tudo já faz parte do folclore nacional!

Sinceramente, não tenho nenhuma saudade do meu distante tempo que, inocentemente, só fazia rezar e comer canjica com pamonha! Pular fogueira era nossa diversão favorita, além de assar milho nas brasas. Éramos, realmente, católicos!
Só quem tinham direito a transar eram nossos pais!

*Escritor-Membro da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL-antoniodaagral26@hotmail.com-antoniomanteiga.blogspot.com


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