Antonio
Nunes de Souza*
Não
é novidade que todas as pessoas que vem ao mundo, nas suas passagens, deixam
suas marcantes passagens, quer sejam benéficas ou, muitas vezes, até
desagradáveis e tristes!
Claro
que para esse segundo grupo, temos que ser benevolentes e perdoa-las, pois,
talvez pelas faltas de oportunidades, tenham tido orientações desajustadas e
até nem orientação tiveram. Mas, com relação ao primeiro grupo, temos que
valorizar e reconhecer que suas passagens, deixaram marcas deslumbrantes e
maravilhosas que servirão sempre de bons e invejáveis exemplos! Nessa
categoria, obrigatoriamente, não torna-se exagero dizer-se que tratam-se de
pessoas super especiais e, uma delas, posso dizer de cátedra que foi uma lição
de vida, pouco vista nos dias atuais: LETY GUIMARÃES DE AQUINO!
Essa
pessoa que refiro-me, que tive o privilégio de conviver em torno da sua família
por meio século, absorvendo em seus atos e procedimentos, os carinhos e
afetividades que para todos ela dedicava, principalmente aos familiares e
amigos. Sempre presente nas horas de servir, ombros normalmente disponíveis
para choros ou lamentações e, como respostas, bons conselhos pela sua
experiência de vida.
Não
foi de muitos estudos, pois, na sua época, as moças eram mais criadas para
serem prendadas donas de casas, esposas dedicadas e mães protetoras e
cuidadosas e, nesses particulares ela fez um mestrado perfeito, tornando uma
esposa maravilhosa, mãe de quatro filhos que foram muito bem educados e tratados
com um carinho inigualável, pois, como uma ave, colocava todos embaixo das suas
asas, dando uma proteção impecável e bendita! E, pela sua personalidade de
solidária, ainda aconchegava seus irmãos caçulas, genros, noras e uma grande
fatia de amigos!
Com
os netos? Ave Maria! Quem quisesse que fosse bulir em um deles! Esses eram
intocáveis e cheios de dengos e vontades!
Na
vertente religiosa era uma verdadeira fiel aos seus princípios católicos,
participando diuturnamente em todos os eventos. Amiga calorosa de todos os
padres e, de quebra, ainda fazia e mandava um lanchinho para o Bispo! Nas
decorações do templo, sempre estava presente não só ofertando, como trabalhando
para dar brilho aos acontecimentos!
Sempre
foi um esteio para o abrido de S. Francisco. Cuidava dos velhinhos com carinho
e devoção, como também preocupada com as dificuldades e as necessidades na
parte arquitetônica. Foi uma das montadoras do Bazar e, por sua vez, dava seus
plantões nas modestas vendas que ajudavam ao humilde abrigo!
Essa
pessoa inesquecível e marcante partiu para estar ao lado de Deus e, tenho
absoluta certeza, que foi recebida com tapete vermelho pelos anjos, tocando
harpas e gritando Aleluia, pois, naquele momento, chegava alguém muito
especial: LETY GUIMARÃES DE AQUINO!
Saudades?
Até que poderemos ter! Mas, como já disse em um dos meus poemas: “Como poderemos sentir saudades por alguém
ter partido, se esse alguém estará sempre em nosso coração partido?”
*Escritor- Membro da Academia
Grapiúna de Letras-AGRAL-antoniodaagral26@hotmail.com-antoniomanteiga.blogspot.com
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