terça-feira, 25 de agosto de 2015

Quem ama não mata!

Quem ama não mata!


Antonio Nunes de Souza*

A afirmativa acima é por demais conhecida e repetida sempre pela mídia e 99% das pessoas, que, numa análise rápida e simples, concorda plenamente, ser um absurdo alguém amar alguma pessoa ou coisa e, barbaramente, destruí-la!

Na verdade, para todos que apenas observam o ato e fato superficialmente, sempre seguindo a geral opinião da culpabilidade, sem que seja feita uma conjectura em volta do problema que, verdadeiramente, levou a pessoa a cometer essa ação louca, barbara e grosseira, facilmente é dar esse veredito sem pestanejar, como se fosse uma opinião condenatória e definitiva!

Eu, como sempre, ousadamente, acompanhando durante toda minha vida a incidência desses casos que estarrecem a sociedade, passei a procurar as verdadeiras razões desses transloucados gestos, que, lamentavelmente, tem ampliado estupidamente, ou, por termos uma comunicação mais eficiente, passamos a ter as notícias cotidianamente, deixando transparecer que esse comportamento exagerado é algo dos atuais dias. Mas, sempre aconteceram e continuarão acontecendo, infelizmente, graças ao tal e abstrato amor!

Vale dizer que, a sequência da minha crônica, trata-se apenas de uma opinião, sem comprovação científica ou laboratorial, que, em nenhuma hipótese deve ser encarada como uma verdade sobre o assunto. Se muito, fazer uma reflexão e tirar as suas próprias conclusões!

Sabemos todos que o amor, uma criação na mente humana, passou a ser um sentimento de posse, que todos que praticam essa modalidade de amizade, passam a nutrir, erroneamente, que a pessoa lhe pertence, ninguém pode ter uma intimidade mais amiúde, as desconfianças são afloradas todos os instantes, nada de liberdades, nem para admirar as belezas que circulam em suas voltas. Passamos a ser como as joias, só elas podem usar e, como segurança, guardar nos cofres quando não estão desfrutando! Então... a partir desse comportamental usado veementemente pelos amantes (cultivadores do complicado amor), começa a aparecer o ciúme, desconfiança, muitas vezes provocados pelas mudanças de tratamentos, limitações de carícias e prazeres, em muitos casos as desculpas sexuais, etc., fazem com que o parceiro ou parceira comesse a sentir que está perdendo sua “propriedade” e, quando descobre que, efetivamente, o entusiasmo da fantasia chamada “amor” está desaparecendo e, desastrosamente, já tem um ou uma substituta no pedaço, a brutal reação animalesca vem torrencialmente em defesa da sua ilusória propriedade, através do idiota pensamento: “Se não é meu ou minha, também não vai ser de ninguém!” E aí, a coisa vai para o brejo, através uma reação idiota e criminosa, que todos saem perdendo no final: Um morto, um preso e o outro sozinho e traumatizado!

Assim sendo, na minha parca e leiga opinião, não deve-se matar ninguém em nenhuma circunstância, mas, também não podemos dizer, categoricamente, que: “Quem ama (?), não mata!”! Pois, para essas pessoas, simplesmente, estão matando por amor, inclusive, muitas delas praticam ou tentam o suicídio em seguida, logicamente imaginando que, onde forem, voltaram a estar juntos!

Portando, gostem muito, muito, muito, porém, jamais esqueça que ninguém lhe pertence e nem você a outrem, somos pessoas que vivemos momentos de prazeres e felicidades que, infelizmente, em muitos casos, tem algum tempo de validade!

Assim como aprendemos a perder muitas coisas em nossas vidas, devemos aprender e saber administrar as perdas nas afetividades!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL- antoniodaagral26@hotmail.com





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