Antonio Nunes de Souza*
Nosso Criador, Senhor de
todos os poderes, só poderia estar fazendo uma brincadeira conosco, quando
instituiu e determinou que o orgasmo durasse tão pouco tempo. Pois, pelo prazer
que ele nos proporciona, nada mais justo seria que sua permanência atingisse,
pelo menos, alguns minutos de estertores e prazeres, mesmo que tivéssemos a possibilidade
de ter um derrame ou sermos acometidos eternamente da doença de Parkinson.
Pois, mesmo sendo um desfecho trágico, teríamos a satisfação de dizer que nosso
problema de saúde foi em decorrência de uma grande transada, deixando-nos com
seqüelas, mas, orgulhosos da maneira honrosa que conseguimos.
Na verdade,
embora seja um prazer rapidíssimo, Ele, ainda bem, nos deixou a possibilidade
de podermos desfrutar uma segunda ou terceira vez “quase seguida”. Entretanto,
nem sempre o nosso instrumento causador tem disposição ou dureza para enfrentar
tais situações, mesmo que seja esse o nosso íntimo desejo. Portanto, somente
alguns poucos privilegiados, podem esnobar esta façanha de comandar
tranqüilamente a varinha de condão para repetir o fato no ato.
Diante do
exposto, com todas as razões e direitos que temos, nada melhor que aproveitar o
início desse terceiro milênio e implorar através de orações diárias ao nosso
bondoso Senhor, que prolongue esse ato de piedade cristã, dando a nós homens em
geral, a capacidade de uma eloqüência “gosatória” mais duradoura ou, em última
análise, uma excitação constante para atender nossos anseios e as carentes mulheres,
sem precisarmos recorrer aos benditos estimulantes!
Sou
partidário desse pedido divino, mas, às vezes me bate um medo das reais
conseqüências, pois, um amigo meu depois de sentir um tal de “orgasmo múltiplo”,
ficou falando com gagueira por uma semana!
Oremos irmãos! Pois, para o orgasmo demorar, temos que
rezar!
*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de
Letras de Itabuna (Blog antoniomanteiga.blogspot.com antoniodaagral26@hotmail.com)
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