Recordação na praia!
Antonio Nunes de Souza*
A praia estava totalmente
deserta. Somente eu com ela deitada ao meu lado. Estávamos naquele lindo
horário do crepúsculo. Findava a tarde e a noite caía calmamente como se
quisesse, com carinho, apagar a luz do sol. Sentado na areia eu olhava para o
meu lado esquerdo, admirando sua pele que, embora um tanto crespa estava linda e
bronzeada, quase vermelha em todo corpo.
Com certeza eu não esperava
encontrá-la tão linda e deliciosa como se estivesse esperando-me para
entregar-se. Creio que foi uma sorte ou dádiva que Deus quis presentear-me
naquele dia.
Suas pernas
eram longas, uniformes e padronizadas, como se fossem feitas a mão. Seus olhos
eram grandes e negros, fixados para o alto como se nada estivesse enxergando em
sua volta. Olhando cuidadosamente o seu corpo, veio-me a vontade louca de
comê-la imediatamente, principalmente quando comecei a admirar aquele lindo e
delicioso rabo carnudo.
Entretanto,
mesmo cheio de desejos, preferi aguardar mais um pouco e conter meus impulsos
até um momento mais adequado, sem deixar-me levar pela sua sedução.
Passados
alguns minutos, que para mim pareceram horas, com o sol já se escondendo quase
que completamente no horizonte, embriagado pelo clima e a volúpia do desejo de
saciar meus instintos, virei-me para o lado e comecei a tirar sua roupa bem
cuidadosamente, como se estivesse descascando uma fruta deliciosa. E, ao tempo
que a nudez do seu corpo ia aparecendo, minha boca enchia-se de água.
Ela
continuava impassível não esboçando nenhuma reação, contudo, algo me dizia que
se ela falasse, seria: Coma-me logo para matar seu desejo!
Naquele
momento, não podendo mais refrear meu ímpeto, comecei a lamber carinhosamente o
seu corpo, sentindo aquele seu sabor salgado e delicioso, mesmo com aquele
cheiro acentuado de maresia que nos cercava. Ao mesmo tempo em que passava
lentamente minha língua entre suas lindas pernas, contornando sua cintura e
indo até as suas costas, dava também pequenas dentadas em sua carne macia,
enchendo o meu corpo de prazer.
Como era de
se esperar, afastei suas pernas para os lados e comecei a comê-la vorazmente,
deliciando-me gradativamente, ao tempo em que ia saciando toda minha fome e desejo.
Ela
entregou-se a mim sem nenhuma reação, dando a entender que aprovava minha
atitude. Nada falou, porém soube satisfazer um homem cheio de desejos e
faminto.
Terminada
essa minha operação que mais pareceu um ritual, levantei e fui andando em
direção ao mar para lavar minha boca, as mãos, e pensei:
-Que sorte eu tive em ter pescado essa lagosta
tão grande e poder cozinhá-la aqui mesmo com água do mar. Agora poderei ficar
pescando até mais tarde, já que matei a fome!
*Escritor –
Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral26@hotmail.com
_BLOG VIDA LOUCA antoniomanteiga.blogspot.com
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