Antonio
Nunes de Souza*
Certamente,
se for feita uma pesquisa criteriosa e bem traçada, teremos índices
contraditórios, as similaridades nas três áreas será difícil, pois, cada
brasileiro tem sua opinião sobre as prioridades, achando que, alavancando ou
ampliando certos setores, soluções serão sanadas imediatamente. Mas, sabemos
todos, ou deveríamos saber que não existem tomadas de posições e projetos em
qualquer setor, que se consigam resultados concretos imediatamente.
Principalmente e lamentavelmente nas administrações públicas, onde para fazer
um projeto andar, ser aprovado depois de contestações e emendas, acordos
partidários, liberações de verbas, licitações, etc., a demora é tamanha que,
antes do início das referidas obras, já surgiram vários outros problemas tão
graves quanto, desviando as atenções não só dos políticos como, lamentavelmente,
do próprio povo reivindicador!
É
obvio que as três vertentes são altamente importantes, num país que cada dia precisa
ser mais bem educado para melhorar o nível qualitativo de sua população,
impulsionar progresso, preparar educadores responsáveis e comprometidos,
pensando obter no futuro frutos invejáveis e respeitados mundialmente. A
educação é a base de tudo em nossas vidas, pois, através dela e com ela,
galgamos os maiores obstáculos chegando a realizar nossos sonhos de cidadania e
o desejo de transmitir os saberes adquiridos! Meus respeitos aos professores
serão sempre eternos, principalmente para aqueles que, mesmo com remunerações
aviltantes, se sacrificam com suas labutas diárias!
Partindo
para a saúde, outra área de igual valor, já que uma alimenta as mentes,
formações e profissionalismos, a outra cuida do corpo e da alma. Percebe-se
claramente que ambas são de grande importância no contexto geral da vida.
Temos, sem nenhum favor, encará-las como igualitárias! Porém, como citamos
acima, todas as operações lentas, demoradas e falta de interesses políticos de
uma expressiva gama de homens, que apenas estão comprometidos com os seus
interesses, sempre são mudadas as administrações, mas a metodologia e
desempenhos são sempre repetidos como se fosse a mecânica normal do condenável
sistema!
E,
infelizmente, pela falta abundante da educação e saúde, aliada ao desemprego,
falta de moradia, segurança claudicante com infiltrações de bandidos,
corrupções, peculatos, avanço mundial na distribuição e venda de drogas e
prostituição, ampliamos a criminalidade de tal forma, que já não temos onde
colocar essa quantidade gigantesca de marginais. Ainda tendo que enfrentar uma
justiça que se baseia em leis obsoletas que, propositadamente no passado, já
deixaram as brechas como válvulas de escape para aqueles que têm condições
financeiras para utilizá-las. Por outro lado, pelo número avantajado de
prisões, com a falta de vagas a justiça também é obrigada a fornecer alvarás de
soltura para muita gente que não merece que, imediatamente, voltam para a vida
criminosa!
A
verdade é que as três coisas são muito importantes, assim como centenas de
outras, e nós temos que ficar gritando por socorro nas ruas, servindo de
“acarajés e abarás” para os policiais nos encherem de pimenta, achando que no
“nosso” é refresco!
*Escritor
– Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna –
antoniodaagral26@hotmail.com
Um comentário:
É verdade, são três coisas imprescindíveis para o desenvolvimento de uma Nação, mas, além da burocracia na construção dos mesmos, o que mais pesa é a falta de interesse dos nossos governantes em proporcionar melhor qualidade de vida para a população, pois não basta ter colégios se a educação é de péssima qualidade, da mesma forma ter hospitais se faltam profissionais competentes, medicamentos etc., sem falar que a população mais carente ainda tem que se sujeitar um uma tal de "cota" pelo SUS para ser atendido. Os presídios, que deveriam ser uma forma de ressocialização do indivíduo, acabam sendo uma verdadeira escola do crime, onde quem por lá passa sai graduado na criminalidade. É lamentável, mas isso é BRASIL.
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