Antonio Nunes de Souza*
Claro que ninguém!
Mas, se perguntarmos quem
está sendo prejudicado, a resposta é óbvia que são milhões de estudantes que
estão tolhidos das suas aulas, atrasando o ano letivo, além de atrapalhar o
governo e os órgãos ligados à educação que, num esforço sobre humano, procura
consertar as distorções herdadas de várias décadas nesse setor de altíssima
importância para todos.
Como podem nos fazer
cobranças de carnês de débitos que não fizemos?
É bom lembrar que, o pouco
que hoje os professores têm, foi graças
uma série de lutas da classe, ocasião que estávamos do mesmo lado
demonstrando solidariedade e reconhecendo os merecimentos. E, quando almejamos
nos posicionar no governo, sofrendo as mais diversas e descabidas pressões, foi
exatamente para que os educadores e os trabalhadores em geral tivessem os seus
direitos respeitados e fossem remunerados com dignidade. E esse propósito
continua de pé, muito mais firme que antes, pois hoje temos melhores condições
de elaborar novos projetos dando ao “mestre o que do mestre”.
Entretanto, mesmo contando
com um santo brasileiro (Frei Galvão), ainda não somos capazes de fazer
milagres, muito menos diabruras ou mágicas, para solucionar o que muitos
passaram anos deixando o assunto ao “Deus dará”.
Será que seis de governo é
tempo satisfatório para transformar uma situação que reconhecemos bastante
injusta, em mar de rosas? Lógico que
não!
Então, por que não nos dar um
crédito de confiança, unindo forças conosco, como foi feito para que
derrotássemos aqueles que sempre lhes deixaram em terceiros e quartos planos,
no sentido de alcançarmos nossos objetivos?
Vamos ser sensatos, pois a
classe educadora é a mais esclarecida e não deve se deixar levar pelo jogo
subliminar daqueles que, no passado, foram nossos algozes e carrascos. Essa
tentativa de desestabilização é nada mais nada menos para deixar transparecer
aos menos avisados, que não temos capacidade para realizar os planos da nossa
plataforma de governo. Mas, esse plano sórdido e maquiavélico que sempre foi
usado com êxito, já não obtém o sucesso de antes. Uma vez que os conhecemos
muito bem e estamos preparados para combatê-los com veemência e competência.
Será que não merecemos um
voto de confiança, nós que passamos dezenas de anos lutando sempre em
benefícios de todas as classes, inclusive fazendo greves por não haver
diálogos?
Vamos fazer uma greve para
essa greve, pois, certamente, todos serão beneficiados.
Deixem-nos pelo menos arrumar
a casa progressivamente que, embriagados pelos poderes do passado, eles a
depredaram de tal forma, que somente com algum tempo, solidariedade e bom senso
de todos, poderemos fazer os moradores voltarem a sorrir.
Seja brasileiro e diga: Greve
na educação? Tô fora!
*Escritor (Blog Vida Louca –
antoniodaagral26@hotmail.com)
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