Antonio Nunes de Souza*
Mediante
os desagradáveis e condenáveis acontecimentos em todo mundo, ligados
diretamente a nossa religião Católica Apostólica Romana, resolvi fazer sérias
reflexões, estudos, estatísticas dos prós e dos contras e, com segurança e
certeza de estar desejando algo de suma importância, que minimizará, talvez até
chegará a zero, as graves e abusivas ações de homossexualismo, pedofilia,
assédios, amancebamentos, além de outras atitudes sórdidas e fora das normas
dogmáticas da Igreja!
Com
essa posição altamente responsável, para tomar decisões dessa ordem, tenho que
me apresentar para vocês: Eu sou o Papa Anatólio VII, estamos no ano de 2051 e,
com os problemas acima citados, estou convocando um Sínodo, convidando todos
Bispos do mundo, nos reuniremos em um estádio com portas fechadas, ocasião que
lançarei as minhas inovadoras ideias, para serem votadas, através de
maquininhas que cada um portará!
A
explicação que dei acima, foi para que me fizesse ser melhor compreendido por
toda e qualquer pessoa!
Vinte
e cinco de dezembro, dia do nascimento de Jesus Cristo, foi o escolhido por
mim, já que foi o dia que marcou e perpetuou o catolicismo!
Chegado
o dia, o estádio lotado, pois, resolvi também levar os Cardeais, um silêncio
sepulcral que podia se ouvir o zumbido de uma mosca voando, uma vez que, todos
morriam de curiosidade, sobre os assuntos que seriam tratados, para que se
reunisse a força máxima da instituição. Entrei no palco lindamente arrumado e
decorado com rosas brancas, e comecei a falar:
Prezados
e caríssimos irmãos, esse Sínodo tem uma significação bastante especial e,
principalmente, vanguardista. Gostaria de tomar determinadas deliberações
bastante necessárias, mas, que sejam de comum acordo com a maioria dos
senhores, que são os graduados ministros de Deus. Como já sabemos, mas,
aproveito para relembrar, que nos tempos primórdios a Igreja que sempre esteve
ao lado dos reis e imperadores, nas suas conquistas, sempre destinavam um
quinhão substancial para as congregações, os fiéis também não deixavam de dar
suas ofertas e oferendas e, assim sendo, os padres, frades e freiras, quando
morriam, e a média de vida era de 40 a 50 anos, seus bens iam para suas famílias.
Então, um Papa que me reservo a não citar o nome, exigiu que fossem feitos os
votos de pobreza, celibato e castidade, ficando seus bens para a Igreja em caso
de morte, sendo todos solteiros. Isso foi aceito na época, pois, tinha os avais
dos reis, e logicamente, teria que ser obedecido sem nenhuma reclamação. E isso
vem perdurando há séculos e mais séculos, fazendo com que aconteça os casos
absurdos de homossexualidades, pedofilias, amantes, freiras seduzidas por
frades e até por civis que, tristemente, envergonha a religião, mesmo que isso
aconteça também em outras religiões, mesmo existindo o sacramento do casamento!
Já
prevendo o que iria propor, todos batiam palmas, gritos, fogos e todos de pé
gritavam: “Pra acabar com esse imbróglio, somente Papa Anatólio!”
Pedi
silêncio e recomecei a minha pregação de solicitação: Assim sendo, desejo
liberar o casamento para os padres, frades e freiras, oficializar os que já tem
amantes mulheres, casar, os que já tem seus maridos, direito de registrar e
batizar os filhos e, finalmente, acabar com o voto de pobreza, pois, esse há
muito deixou de existir, uma vez que os religiosos tem suas fortunas por
debaixo do pano, usando o conhecido “laranja”. Vocês tem 10 minutos para dar os
seus votos e, qual seja o resultado, vai vigorar a partir de primeiro de
janeiro de 2052!
As
palmas eram enlouquecedoras, gritos de amém, aleluia, foguetórios e, ao mesmo
tempo gritavam: “Vou salvar o meu espólio, obrigado Papa Anatólio!”
Passados
os dez minutos dado, todos já tinham votados nas maquininhas, que estavam
interligadas ao computador do Vaticano e, logo chegou nas minhas mãos o
resultado: 98% a favor e 02% contra!
Pedi
silêncio novamente para dar o resultado: Meus caríssimos irmãos de sacerdócio,
a maioria da votação foi para que...
-Antonio,
acorda porra, são nove horas e você tem que fazer a crônica do dia cara! Isso
foi meu irmão que chegara para me visitar.
-Que
merda cara, você me acordou logo na hora que eu ia liberar geral a galera da
Igreja!
-Que
Igreja cara, tá maluco. Você surtou?
-Não
é nada não meu irmão, foi eu que estava sonhando. Se bem que seria bom se fosse
verdade!
*Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membrod fundadores da Academia Grapiúna
de Letras!
Nenhum comentário:
Postar um comentário