Antonio Nunes de Souza*
Eu
como sempre, querendo me mostrar eclético, estou sempre opinando nas searas
alheias, onde não estudei para tanto. Mas, não se trata de exibicionismos ou
vaidades tolas, apenas depois que você vive quase uma centena de anos, suponho
que já tenho fé de ofício, para opinar sobre os acontecimentos e comportamentos
humanos!
Logicamente
não me atenho a detalhes. Estes eu deixo para os cientistas estudiosos sobre o
assunto que, com suas pesquisas, sempre chegam a uma afirmação, mesmo que esta
seja mudada com o decorrer do tempo, fato que vemos sempre acontecer!
Nesse
momento, minha preocupação está voltada para o número excessivo de suicídios
individuais e coletivos, abrangendo as famílias brasileiras, coisas que no
passado era tão raro como você ver as orelhas de uma freira. Hoje, com a
evolução (?), em ambos os casos, você tem essas visões constantemente nas ruas!
Infelizmente,
não preparamos qualificações profissionais, educação, cultura e saúde, deixando
os barcos correrem nos mares guiados pelas calmarias das irresponsabilidades,
resultando uma geração despreparada para enfrentar as exigências normais do
mercado, não só prejudicando os andamentos de vários projetos, como,
brutalmente, operários pais de famílias que, desesperados, são ou foram
despedidos. Uma resultante triste e difícil de ser consertada em curto prazo.
Ainda mais com cobranças e pressões de imediatistas opositores, apresentando
soluções simplistas, querendo mostrar ao povo que eles já teriam solucionado
tranquilamente, esse crucial problema. Meu avô, cauteloso e sábio, certamente
diria: “Não é assim não meu filho, o buraco é mais embaixo!”
Tenho
a impressão que essa resultante depressão quase coletiva, tem uma culpa grande
para esse comportamento estar aflorando, cotidianamente, em todas as áreas,
levando as pessoas afetadas a um desespero físico e psíquico assustador, onde
os afetados somente vêm como solução sua morte e, em muitos casos, arrastando
toda família!
Tenho
a impressão que essa depressão triste e verdadeira, depende muito do
comportamento solidário de todos, pois, ultimamente, todos estão voltados aos
seus próprios problemas do dia-a-dia, esquecendo ou não se apercebendo, que os
grandes prejuízos atingem diretamente a todos, tanto atualmente como no
decorrer dos anos!
Meu
sábio avô sempre me dizia: ”Depressão meu netinho, é doença de rico avarento,
pois, todo dia sonha com ladrão levando seu dinheiro!”
Vá
ver que o velho tinha toda razão, pois, não conheço pobre com depressão. Pobre
fica é puto da vida, toma umas e o mundo que se foda!
*Escritor, Historiador, Cronista, Poeta e um dos membros fundadores da Academia Grapiúna de Letras!
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