Antonio Nunes de Souza*
As
dramatizações dos modismos chegam as raias das idiotices vexatórias, quando
valorizam exageradamente, certas coisas corriqueiras, passageiras, ou até
milenares, querendo fazer furor e levantar polêmicas, onde, nessas ocasiões
aparecem os letrados mestres, doutores em sociologia, psicanalistas,
psiquiatras, mães e pais frenéticos, etc., nas mais variadas mídias,
principalmente nos renomados programas televisivos, para dar suas opiniões abalizadas
(?) sobre as grandes consequências físicas, mentais e morais que, fatalmente,
deixam ou deixarão sequelas irreparáveis!
Você
já perceberam que estou referindo-me ao tal “Bullying” que, por quase cinco anos,
tomou as páginas e telas do Brasil, e também em outras partes do mundo,
comparando-o a uma grande virose sem precisar de mosquitos!
Somente
para ilustrar essa baboseira , que já está saindo do modismo, na minha
juventude tive centenas de amigos, colegas, companheiros, todos portadores de
apelidos, muitos deles bem “estranhos e exóticos” e, pelo que sei, até hoje
nenhum deles foi parar nas garras da justiça, hospitais psiquiátricos, suicidaram,
sequelas irreparáveis, etc., todos, que sempre os encontro eventualmente,
continuam atendendo pelos seus velhos e divertidos apelidos e, graças a Deus,
são médicos, dentistas, agrônomos, professores, veterinários, ou comerciantes,
industriais e outras profissões completamente normais. Felizmente nunca me
deparei com nenhum deles abobalhados ou psicopatas, em função das alcunhas que
eram tratados e, carinhosamente, chamados!
Parece
que, com a controvertida operação “Lava jato” e a disputa política de Luiz
Inácio (Lula para os íntimos) e Jair Bolsonaro (Bozo para os íntimos), a Globo
que era a mais preocupada com essa questão, se esqueceu um pouco e deixou esse
modismo de lado!
Aproveitando
vou citar um fato dentre os milhares: tenho um ótimo e querido amigo chamado
Geraldo, que seu apelido na juventude e puberdade era “PAIOL”, porque ele era
muito explosivo e estourado, e hoje, nosso querido paiol é calmo e tranquilo,
um grande engenheiro, profissional qualificado, bom pai de família, solidário e
um bom papo!
Eu
carrego o meu de “Antonio Manteiga”, herdado do meu pai, que era “manteiga
derretida” por ser muito chorão. Está tão enraizado em mim que,
concidentemente, muitos até pensam ser meu sobrenome, ou que já fui comerciante
dessa gordura animal!
Creio
que temos coisas bem mais importantes para nos preocupar, principalmente aqui
no Brasil, onde carinhosamente todos somos tratados por apelidos, ou ao menos
pelos nomes próprios no aumentativo ou diminuitivo!
*Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta e um dos membros fundadores da Academia Grapiúna
de Letras!
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