Antonio Nunes de Souza*
Embora
não acreditando nas crendices fantasiosas natalinas, nessas ocasiões, sempre
pensamos ou imaginamos, a possibilidade de acontecer algo por um absurdo de
sorte e, inesperadamente, receber um presente maravilhoso e sensacional na
noite de Natal. Como não sou diferente de ninguém, também fui dormir à meia
noite, levando na mente uma dessas impossíveis esperanças, que me fez dormir
sorridente com a louca ideia!
Como
sempre, depois de sonhar bastante, acordei às quatro da matina e, automaticamente,
ao sentar na cama, olhei para meus sapatos e, com um puto susto, vi deitada,
completamente nua, uma mulher cheia de curvas sinuosas, de bruços, dormindo com
aquele lindo “bundaço” virado para o alto, numa posição que era um convite ao
prazer. Prontamente esfreguei os olhos, imaginando ainda estar sonhando, mas,
ao abri-los novamente, vi com clareza que a tal mulher estava ali, deitada em
meu sapatinho, como se fosse, obviamente, um presente de Papai Noel.
Ainda
com o impacto da surpresa, com cautela, com as mãos afastei os cabelos do seu
rosto para ver de quem se tratava, e aí foi que meu susto aumentou, pois, a tal
maravilha era a cantora e dançarina Anita, que fez eu tremer nas bases, inclusive
achar até que eu tinha morrido durante a noite, e que tudo era uma visão terráquea
que eu estava tendo, em função dos meus desejos anteriormente sentidos. Mas, o
fato é que não era nada disso, pois, quando fui lavar o rosto e escovar os
dentes, quando voltei, ela estava já deitada na cama, desta feita de barriga
para cima, mostrando suas partes íntimas, e uns seios empinados apontando para
o teto. E, antes que eu falasse algo, ela sem o menor pudor falou: “Eu fui
requisitada por Papai Noel para passar o dia com você, fazendo tudo que você
desejar. Então...estou aqui as suas ordens!”
Na
minha idade, geralmente, tenho que aproveitar a “tesão de mijo”, que sempre
acontece ao acordar, mas, infelizmente, tinha acabado de dar uma longa urinada
antes de escovar os dentes e, logicamente, minhas partes íntimas estavam (como
sempre, atualmente) murchas e recolhidas as suas gloriosas insignificâncias!
Um
tanto ou muito escabreado, não podendo enfrentar a fera, e como ela estava a
minha disposição durante o dia, peguei um roupão de seda meu, pedi que ela
vestisse e, por gentileza fosse a cozinha e preparasse um café bem gostoso. Ela
me olhou atravessado, fez uma cara de poucos amigos, mas, seguiu o foi atender
meu pedido, Depois que tomamos café com biscoitos, sem saber o que fazer, a
única coisa que veio a cabeça foi pedir que ela pegasse um peito de frango que
havia na geladeira e fizesse um estrogonofe para nós almoçarmos. Vi desta
feita, que ela ficou puta da vida, porém, nada disse, além de ir para cozinha preparar
o “rango”. Tenho que revelar que ela tirou o roupão e ficou circulando pela
cozinha e sala completamente nua, cantarolando algumas de suas excitantes
músicas e, ao mesmo tempo, dando aquelas reboladas sensacionais, que enlouquecem
as plateias. Mas, infelizmente, com minha idade, tudo aquilo não fazia nem excitar minha adormecida libido!
O
almoço ficou pronto em minutos, pois ela, além de tudo, revelou-se uma exímia
cozinheira. Depois de almoçarmos, tomamos um licor para facilitar a digestão. Já
estando as 15 horas, não sabendo mais o que fazer, resolvi pegar um livro para
ler. E foi o que fiz, sentado confortavelmente no sofá da sala. Aí meu amigo,
sem pestanejar, Anita sentou-se ao meu lado, colocou as pernas abertas no meu
colo, colocando sua linda vagina bem exposta e molhadinha pela sua excitação.
Então... eu sem saber o que exatamente fazer, a única coisa que me veio a mente
foi continuar lendo e, toda hora molhava meu dedo na sua vagina para passar as
páginas. Mas, na terceira página, ela deu um pinote e, putíssima da vida gritou:
“Papai Noel vai se foder comigo. Com tantos crushs e bofes maravilhosos, vai
logo me botar num sapato de um velho escritor!”
E ao dizer isso, como um encanto,
a mulher desapareceu na minha frente, como se fosse um passe de mágica,
deixando-me completamente envergonhado e escabreado, pelo vexame que passei.
Até agora, eu não sei se essa merda foi verdade, ou um desses sonhos malucos
que a gente tem. Eu estou contando para vocês, mas, estou morrendo de vergonha
por ter falhado!
*Escritor, Historiador, Cronista,
Poeta e um dos membros fundadores da Academia Grapiúna de Letras!
Nenhum comentário:
Postar um comentário