Antonio Nunes de Souza*
Eu sou o
velho e conhecido tempo,
Que tem
sempre muito tempo para:
Esperar,
ver, sorrir e deleitar-me com os tolos!
Eu sou
talvez a única verdade dos fatos,
Ouço no
presente todos os desacatos,
E continuo
meigo, alegre e contente!
Conheço
todos os desfechos da vida,
Jamais me
enganei com relação ao futuro!
Aos inteligentes
dou todo meu tempo,
Mas, com os
teimosos, fico em cima do muro,
Esperando
para ver o resultado final!
Pois, por
mais que alguém não queira,
Tem que
ceder de alguma maneira,
Fazer até
alguma besteira,
Para poder
não se dar mal!
Seu gosto?
Seu desejo? Sua opinião?
Deve-se
esquecer em algum momento,
Quando de
outros são os intentos,
Nunca se
deve negar.
Se tens o
que desejas a todo instante,
É justo,
lógico e muito importante,
Saber também
compensar!
Eu, velho
tempo experiente,
Já vi
acontecer com tanta gente,
Essa troca
sem causar tormentos!
Mas, também
já vi muitos orgulhosos,
Usarem
caprichos imperiosos,
E morrerem
de arrependimentos!
Aproveite-me
e viva em paz!
Pois, por
mais que você queira,
Ou
arrependa-se em choradeira,
Eu, o tempo,
jamais volto atrás!
*Escritor –
Historiador, Cronista e Poeta!
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