Antonio Nunes de Souza*
Ouvimos a vida toda que o tempo é o nosso maior professor. Como nos enchem o saco com essa expressão, sempre deixamos entrar por um ouvido e sair pelo outro, achando que, quem está nos dizendo, é um careta velho e chato. Mas, com o passar do próprio tempo, cedo ou tarde, temos que reconhecer essa grande verdade!
Sem nenhuma vergonha ou medo de estar errada, desejo confessar, como fui idiota nos meus comportamentos, alguns meses ou ano atrás, com relação aos fatos que contarei:
Chamo-me Doralice Santana Freitas, sou professora há 30 anos, tenho 47 de idade e aposentei-me. Sou viúva com filhos criados, meu marido me deixou em situação privilegiada, moro e vivo muito bem, dentro do que pode-se dizer confortavelmente, tendo hoje um tempo livre e tranquilo para me divertir nas redes sócias da internet, a vedete mundial das distrações. Gastava todo meu tempo a repetir tolices, notícias plantadas, deboches políticos, gritar enfaticamente, “fora Dilma, Prendam Lula, Abaixo Eduardo Cunha, Fora Temer, Abaixo a corrupção e outros refrãos a mais com outros personagens, compartilhando com notícias duvidosas mesmo sabendo que o meu grito e participação nada adianta, pois, o que vale mesmo, são as ações do Ministério Público, através das denúncias que a eles chegam e são comprovados oficialmente. No caso, ou nos casos, nosso apito é surdo, apenas demostramos que somos bonecos de ventríloquos, marionetes, ou papagaios de pensão, repetindo frases e declarações idiotas que, infelizmente, só faz com que as pessoas mais bem informadas e inteligentes condenarem tais atitudes!
Ontem, graças a Deus, deu um estalo em minha mente e, milagrosamente, parei para fazer uma análise do meu tolo comportamento e, como me diziam antes, parece que chegou o velho tempo para que me redimisse das minhas atitudes de repetidora de “Maria vai com as outras”, achando que eu era a mais brasileira das brasileiras! Meu refrão favorito, que os “riquinhos” colocam na frente é: “pago meus impostos e tudo é culpa do governo!” Nunca tinha atinado que impostos são pagos, religiosamente, desde o varredor de ruas como os maiores milionários do mundo. Ninguém é isento, pois, através do que compramos os tributos são acrescidos. Todo e qualquer governo só tem sucesso se contar com a ajuda ferrenha da sociedade, colaborando de todas as maneiras possíveis, complementando suas faltas, oferecendo projetos, planos, ideias e, PRINCIPALMENTE, usar de nossas disponibilidades para que sejamos voluntários ou voluntárias nas obras sociais (creches, escolas, abrigos, comunidades de bairros, orfanatos e casas pias). Nos livrarmos do egoísmo brutal que tomou conta de mim ou de nós, que, além das diversões na NET, apenas desfrutamos os chá de tortas, desfiles, aniversários e casamentos, com o intuído de ver nossos nomes estampados nas colunas sociais!
Prometi a mim mesma, mudar, radicalmente, meus tolos comportamentos e, sem pestanejar, passar a ser mais útil, mostrando que posso ajudar a fazer um Brasil bem melhor e me sentir feliz com isso!
“Fora o egoísmo e a falta de cidadania”!
*Escritor* Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL –antoniodaagral26@hotmail.com-antoniomanteiga.blogspot.com
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