Antonio
Nunes de Souza*
Tem
certas coisas que acontecem em nossas vidas, por mais absurdas que pareçam,
elas existem e, muitas vezes é mais para uma felicidade que um desastre brutal
em uma família!
No meu caso por exemplo, tinha cinquenta e
quatro anos nessa época, sempre fui um homem decente, honesto e cumpridor dos
meus deveres, procedimento exemplar e bom e competente profissional.
Fiquei
viúvo em função de um acidente com minha esposa há alguns anos e, daí para
frente, tornei-me um pouco retraído com relação a outros amores ou relacionamentos.
Porém,
como nunca fui ligado a religiões, sempre respeitando todas, mas, sem professar
nenhuma, um dia r3solvi ir a um culto numa igreja evangélica do meu bairro para
ouvir uma preleção pastoral e fazer eu pensar mais um pouco sobre essa vertente
espiritual.
Lá
chegando, como por encanto, vi uma moça belíssima do lado oposto de onde eu
estava. Ao seu lado tinha uma outra mulher muito bonita, porém, notava-se que
era mais velha um pouco. Imaginei que tratava-se de duas irmãs!
Fixei
meus olhos diretos para elas e percebi que a mais jovem estava fazendo o mesmo
com relação a minha pessoa. Trocamos muitos olhares e, após o término do culto,
ela se aproximou e perguntou se eu desejava comprar uma Bíblia Sagrada, pois
ela era responsável pela venda na igreja, principalmente para os novos irmãos
ou fieis!
Lógico
que não era minha intenção, contudo, para agradá-la e poder conversar um pouco,
falei que sim e ela foi buscar na secretaria. Voltou, peguei e paguei o Santo
Livro e me apresentei: Meu nome é José Américo e sou advogado e vocês duas, são
irmãs?
-Ela
riu e disse: Não, ela é minha mãe, que é bastante jovem, tem apenas trinta e
cinco anos e eu tenho dezoito e me chamo Clara Maria e ela Maria clara.
Fiquei
impressionado com a jovialidade de ambas, sem contar a beleza que as duas
ostentavam. Combinamos nos encontrar no culto do dia seguinte, pois ela
prontificou-se me dar explicações e detalhes sobre as nuances e dogmas da
igreja, dizendo que tinha certeza que eu seria muito feliz por essa entrada
inesperada no templo, que deve ter sido uma chamada de Jesus!
Daí
pra frente passei a ser um frequentador assíduo, mas, sinceramente, por Clara
Maria, do que propriamente a religiosidade. E, não tardou, começamos a namorar
na maior pegação sem os grandes e falsos pudores que os evangélicos expressam
da boca para fora. Tínhamos nossas seções de sexo quase que diariamente, saíamos
para jantar fora, teatro shoppings, praias, etc., e a mãe, Maria Clara sempre
nos acompanhava numa boa.
Depois
de cinco meses de romance, resolvemos de comum acordo as duas virem morar em
meu apartamento de três quartos, já que eu morava sozinho e elas deixariam de
pagar aluguel.
Tudo
foi aceito e combinado numa boa e nós estávamos super felizes e eu já estava
até cantando no coral da igreja e agradecendo a Jesus essa dádiva!
Não
é que um dia, Clara Maria viajou para passar um fim de semana com a pastoral da
igreja e eu e Maria Clara ficamos e, num relance, terminamos os dois a nos
acariciar e, sem medo de ser “infeliz”, tiramos nossas roupas, deitamos no
tapete da sala e começamos fazer sexo sem a mínima cerimônia. Ela, talvez pelo
tempo de falta de gozos, procedia como uma mulher profissional, querendo em
todas as posições sem que me desse tempo de me recuperar. Só posso dizer que
foi um maravilha, mesmo nós dois estarmos traindo Clara Maria.
Ela,
depois de recuperada e descansada falou: meu Deus, que loucura eu fiz!
Eu,
prontamente, para remediar a situação respondi: Nada minha querida. Você se
esqueceu as palavras do pastor? As coisas só acontecem quando Deus quer.
Então...Ele desejou que acontecesse!
-É
mesmo! Esse vai ser o nosso segredo!
Dei-lhe
uns beijos, alguns carinhos e fomos tomar banho. E não é que durante o banho
ela ficou de quatro no grande box e, como um pedido, suspendeu a bunda linda e
pediu para que eu penetrasse. Não deu outra, pois, não me fiz de rogado. Meti a rola ensaboada em nome de Jesus. Ela mexia
e, ao mesmo tempo se masturbava, chegando ao orgasmo na mesma hora que eu!
O
fato é que já temos dez anos nessa vida, eu sendo marido e a mãe dela como
minha amante, felizmente ainda dou conta de satisfazer as duas e, tenho uma
impressão que Clara Maria sabe e faz que não sabe, pois, somos muito felizes os
três, em nome de Jesus, como o bom fiel diz e repete!
Um
amor tríplice, mas, cheio de encantos, felicidades, carinhos e alegrias constantes.
Bendita foi a hora que resolvi entrar naquela igreja, pois, lá encontrei a
minha felicidade!
*Escritor-Historiador-Membro
da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL-antoniodaagral26@hotmil.com-antoniomanteiga.blogspot.com