quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Ele veio me contar (dois)

Antonio Nunes de Souza*

Para eu você se situe com a continuação dessa confissão em segredo e embaixo de “sete chaves”, como diz o povo, se faz necessário que vá ao meu blog – antoniomanteiga.blogspot.com – e leia a primeira crônica (ele veio me contar)!

Ontem, depois do meu contato que não sei se foi do terceiro, quarto ou quinto grau, com meu saudoso avô, fiquei impressionado e confuso entre a realidade, ou um sonho, mas, depois de ver a seleção jogar com Peru, fiquei matutando com pensamentos já voltados para hoje tentar, a todo custo, uma nova conecção nítida e eficiente. Porém, não dependia de mim. E sim de meu esperto e querido vovô!

Não pude ir a árvore frondosa em frente ao meu AP, pois estava chovendo, então resolvi deitar no sofá para ver um pouco de TV. Mas, como se fosse um milagre telepático, com cinco minutos aparece meu avô, meio esbaforido, como se estive fugindo de alguma coisa! Fui logo perguntando preocupado o que estava havendo.
-Meu neto, arranjei um novo passe, que me custou uma sacola de hóstias, dez batas rendadas, cinco quilos de manjar, tudo isso para eu pagar uma parte a vista e outra no meu Cartão Credcéu, com juros de 300 Pai Nossos e 500 Ave Marias ao mês! O Banco Santo André aqui cobra caro meu filho! É um Santinho agiota que representa os “ciganos”, que instituíram essa organização bancário celestial!
-Hoje eu tenho que ser rápido, pois, somente amanhã ou na semana seguinte, vou dar um passeio no purgatório, conhecer detalhes dos funcionamentos e, com esse “seminário” que farei, estarei apto a lhe dizer essa segunda parte da vertente católica que tem as ramificações e classificações: Céu (cinco estrelas) – Purgatório (três e quatro estrelas) – inferno (céu nublado com trovões e tempestades).

-Em todas essas passagens, encontraremos coisas incríveis e jamais imaginadas. E, quando chegarmos a religião espírita é que o couro vai comer forte. Pode esperar meu netinho do coração!

Dizendo essas últimas palavras, desapareceu da mesma forma que apareceu, eu abri os olhos como se estivesse em transe, sacodi a cabeça e vim correndo para meu computador para contar para vocês. Creio até que essas crônicas passarão a ser um grande conto, ou um pequeno livro. Em alguns trechos pode parecer blasfêmias, mas, trata-se de confissões de quem conheceu o outro lado e não tem papas na língua e nem segredos para seu netinho! Vamos aguardar pacientemente Pois o assunto é palpitante!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com

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