Rio que passou em minha vida!
Antonio Nunes de Souza*
Pode parecer uma ilusão
Mas, não é não!
Vejo tudo diariamente
Seu desaparecimento constante
De um rio que foi abundante
Deixando a cidade contente!
Águas claras e piscosas
Cachoeirinhas gostosas
Regando nossas emoções
Agora uma podridão imunda
Causando uma dor profunda
Em nossos pobres corações!
Todos nós somos culpados
Os políticos os mais descarados
Que o deixa no abandono
Largam meu rio querido
Com seu leito fétido e ferido
Como um pobre cão sem dono!
Meu antigo rio Cachoeira,
Hoje sem “eira nem beira”
Um gigante dilacerado
Coberto de podres baronesas
Que escondem suas belezas
Mostrando um leito mal tratado!
É lastimável que assim seja
Recebermos de bandeja
Esse torpe procedimento
Partindo das administrações
Que com seus frios corações
Pouco ligam nosso sofrimento!
Porém, mesmo com tanta desgraça
Seu filete de água ainda passa
Lutando para enfeitar a cidade
Como se estivesse chorando
Ou mesmo se lamentando
Por sofrer tanta infelicidade!
*Escritor - Membro da Academia Grapiúna de Letras - AGRAL = antoniodaagral26@hotmail.com
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