quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Rio que passou em minha vida!

Rio que passou em minha vida!


Antonio Nunes de Souza*



Pode parecer uma ilusão

Mas, não é não!

Vejo tudo diariamente

Seu desaparecimento constante

De um rio que foi abundante

Deixando a cidade contente!



Águas claras e piscosas

Cachoeirinhas gostosas

Regando nossas emoções

Agora uma podridão imunda

Causando uma dor profunda

Em nossos pobres corações!



Todos nós somos culpados

Os políticos os mais descarados

Que o deixa no abandono

Largam meu rio querido

Com seu leito fétido e ferido

Como um pobre cão sem dono!





Meu antigo rio Cachoeira,

Hoje sem “eira nem beira”

Um gigante dilacerado

Coberto de podres baronesas

Que escondem suas belezas

Mostrando um leito mal tratado!



É lastimável que assim seja

Recebermos de bandeja

Esse torpe procedimento

Partindo das administrações

Que com seus frios corações

Pouco ligam nosso sofrimento!



Porém, mesmo com tanta desgraça

Seu filete de água ainda passa

Lutando para enfeitar a cidade

Como se estivesse chorando

Ou mesmo se lamentando

Por sofrer tanta infelicidade!



*Escritor - Membro da Academia Grapiúna de Letras - AGRAL = antoniodaagral26@hotmail.com







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