terça-feira, 27 de outubro de 2015

Feira...não de Santana!

Feira...não de Santana!


Antonio Nunes de Souza*

Para que não me recriminem e digam que estou indo de encontro aos lutadores e trabalhadores camelôs, adianto que, mais uma vez, estou tentando sensibilizar as autoridades competentes para, pelo menos, no mínimo organizar o enorme e surpreendente comercio informal que dominou, integralmente, todas as ruas praças e avenidas da nossa cidade!

Escandalosamente, o pobre transeunte não tem mais direito de andar nos passeios (ou calçadas), pois, estão completamente tomadas por bancas de todas as espécies, desde carrinho de picolé até veículos adaptados ou não, para servir de comércio. E olhe que até no meio das ruas, lugares destinados a estacionamentos de veículos, são desrespeitados, tranquilamente, com grandes tabuleiros de frutas, verduras ou outras iguarias!

Seria completamente suportável se essa situação fosse de uma maneira organizada e fiscalizada, pois, condições similares existe em diversas capitais e grandes cidades em muitos países, mas, com uma administração invejável e, claro, respeitando os direitos de cada cidadão!

Lamento muito que meu querido amigo Humberto Martins, titular da secretaria que é responsável por essa área, nada tenha feito no sentido de modificar esse modelo, nada exemplar, que já vem ocorrendo há dezenas de anos e, com interesses políticos, todos os administradores, fecham os olhos e colaboram para ampliar essa situação constrangedora para todos, inclusive até para os trabalhadores camelôs que são olhados como se fossem criminosos, esquecendo todos que, infelizmente, pela falta de empregos, estão lutando para as manutenções de suas famílias!

Infelizmente, pior será no próximo ano, já que teremos eleições municipais e, pelos interesses de votações expressivas por essa volumosa vertente (são milhares), aí é que será uma invasão sem limites, descaracterizando mais ainda a nossa cidade, transformando-a em uma louca e surreal feira existente na Índia!

Sempre estamos chamando a atenção, solicitando providências mais concretas, mas, a cada ano que passa esse tormento vai se ampliando de tal forma que, se duvidar, até o próprio povo e os comerciantes já se conformaram e olham isso com certa indiferença ou naturalidade!

*Escritor - Membro da Academia Grapiúna de Letras - AGRAL - anotoniodaagral26@hotmail.com



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