segunda-feira, 25 de maio de 2015

Matando a natureza!

Matando a natureza!


Antonio Nunes de Souza*

Antes uma linda corrente

Uma transparente vertente

Que enfeitava nossa cidade.

Hoje um lixão abandonado

Num desprezo inigualado

Uma triste realidade!



Alcancei sua água transparente

Que me deixava contente

Nos meus banhos ao entardecer.

Vendo as lavadeiras ribeirinhas

Cantando belas suas modinhas

E vendo o sol se esconder!



Muitos peixes, pitus e camarões

Que matavam as fomes nas refeições

Além de uma renda aos pescadores.

Mas, com o passar do tempo

Não sinto nenhum alento

Somente meu coração em dores!



Ah! Meu rio Cachoeira!

Fizemos tanta besteira

Lhe deixando no abandono.

Hoje és um morto/vivo

Completamente inativo

Um pobre cão sem dono!



Sinto uma tristeza profunda

Vendo sua bacia imunda

E nada fazem em seu favor.

Transformaram sua linda imponência

Numa enorme e podre excrescência

Uma suja e triste poça de horror!



Ah! Meu rio Cachoeira! Que pena!

Quisera ver minha dor amena

Se aparecesse uma solução

Mas, pelo andar da carruagem

Com essa longa estiagem

Vais sumir da minha visão!



*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL antoniodaagral26@hotmail.com













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