Antonio Nunes
de Souza*
Esse
título pode parecer um desrespeito a nossa querida Santidade, heresia ou
deboche, referindo-me a uma situação super delicada dessa forma e, sem dúvida
nenhuma, que mexe com o mundo católico e todas as vertentes religiosas. Mas,
como temos direito e liberdade de expressar as nossas conjecturas e falar sobre
possíveis detalhes, já que os comportamentos humanos dão lugar e motivos para
que assim pensemos, nada mais justo e sincero, abrir nossos corações nos
baseando no que vemos, sentimos, vivenciamos e sofremos nessa vida louca e
frenética da atualidade!
Vamos
começar a analisar essa renúncia como um fato inusitado e sem propósito, por
tratar-se de um homem escolhido divinamente por um colegiado de bispos atendendo
a vontade de Deus, cercado dos maiores cuidados científicos existentes na
terra, tendo a assistência milagrosa e miraculosa da Santíssima Trindade e, com
oitenta e poucos anos, sentir-se fragilizado e decadente para continuar
exercendo suas funções papais. Na nossa visão de católicos apostólicos romanos,
nos parece inconcebível tal acontecimento, já que nós, homens comuns e cheios
de pecados, somos agraciados por Deus para vivermos até o fim dos nossos dias
carregando nossos problemas por mais árduos que sejam.
Por
que não dar vitalidade ao Papa para continuar sua missão?
Muita
ousadia da nossa parte fazer essa pergunta ao Todo Poderoso. Porém, com toda fé
e confiança que temos, sempre fica uma dúvida com relação a certas posições ou
atitudes, principalmente quando acompanhamos através da mídia uma série de
especulações políticas e financeiras, aliadas a pressões internas para que
exista a inesperada e lamentável renúncia! Entretanto, se olharmos com frieza o
triste e vergonhoso comportamento humano, dentro da política pública e privada,
a utilização do nome de Jesus e as venda de pedacinhos do céu pelas diversas
religiões existentes, sinceramente, não tem Papa que agüente tanta sordidez
praticada pelos homens, atualmente, e nos últimos dois mil anos.
Tivemos
um grande exemplo de amor ao próximo, através da generosidade de Jesus Cristo
que, já sentindo nos homens a inveja e o poder tomarem conta das suas mentes, o
condenaram a uma morte cruel, fazendo com que Ele voltasse, posteriormente,
para o lado do seu Pai. Agora, não seria impossível se pensar que, mediante
comportamentos inadequados, ganância de poder e outras pressões religiosas,
sejam os motivos principais desse recuo do nosso querido Ministro de Deus!
Desculpem-nos
e nos compreendam, pois essa nossa analogia simples e objetiva é para que não
cairmos no lugar comum de escrever, como a maioria, dedicando-se apenas a
dizer: coitadinho do Papa está dodói!”
De
uma coisa nós temos a certeza absoluta que, mesmo com essas dúvidas que nos
pegam nesse momento, nossa íntima e valorosa fé, nos diz com clareza que nosso
bondoso Deus sabe o que faz!
*Escritor
(Blog Vida Louca – antoniomanteiga.blogspot.com – antoniodaagral26hotmail.com –
Membro da academia Grapiúna de Letras)
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