Antonio
Nunes de Souza*
O
que aconteceu comigo pode parecer um fato comum dentre as coisas costumeiras,
mas, creio que foi uma circunstância, interessante e bastante diferente dos
casos que normalmente acontecem!
Meu
nome é Lícia e sou casada com Carlos e, além de vizinhos, somos amigos como
irmãos de Dora e Roberto, casal morador do apartamento confronte ao nosso.
Mediante essa nossa amizade, logicamente, todos os nossos programas, praias,
almoços, jantares, festas e tudo mais, sempre os quatros estavam juntos
curtindo as delícias da vida. Não havia nada em termos de diversões que
fossemos separadamente, pois, parecíamos uns casais siameses. Essa união era
maravilhosa, cheia de encantos e, até quando um casal estava “duro”, o outro pagava
e depois se acertavam. Uma verdadeira irmandade!
Como
o diabo está sempre atentando quando as coisas vão muito bem, eu comecei a me
interessar por Roberto, que era um verdadeiro gato e, aos poucos, comecei a dar
um certo “mole” deixando transparecer que ele me excitava. Sentindo ele as
minhas intenções, em princípio, em função da amizade, controlou-se, porém, com
o andamento dos meus ‘flertes” ele passou a se interessar e, não deu outra! Na
primeira oportunidade terminamos aos beijos e abraços, transando em seguida sem
nenhum preconceito, com sexo anal, varginal e oral. E, pelo desejo que vinha
sendo contido, gozamos várias vezes, quase que initerruptamente. Não nego que
foi uma delícia maravilhosa, mesmo tendo na mente o pensamento do pecado que
estávamos cometendo. Isso só veio a minha cabeça, depois que terminou e tomei
um banho frio. Mas, já era tarde e eu, sinceramente, já me sentia apaixonada
por Roberto. E tudo indicava que era uma sentimento recíproco.
Passamos
a transar com frequência, pois, parecia uma tara que surgiu repentinamente, até
que, por ironia do destino, fomos tragicamente flagrados por meu marido que,
por ser um cara super educado, culto e forte de caráter, preferiu, calmamente,
acertar nossa separação, tudo isso com o apoio de Dora que, estranhamente, não
demonstrou raiva, ou ódio, pelo acontecido!
Nos
separamos e como era de se esperar, eu fui morar com Roberto continuando o
nosso delicioso romance, sem pensar em culpas, ou erros do passado. Para nós
tudo era lindo!
O
curioso e engraçado é que, passado um ano, fomos ao teatro e, incrivelmente, ao
olharmos duas filas na nossa frente, deparamos com Dora e Carlos abraçadinhos e
ela, tranquilamente, deu-lhe um beijo no rosto. Olhei para Roberto e caímos os
dois na risada ao ver a “estranha coincidência”!
Parece
incrível, mas, essas coisas acontecem!
*Escritor-Membro
da Academia Grapiúna de
Letras-AGRAL-antoniodaagral26@hotmail.com-antoniomanteiga.blogspot.com
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