Antonio
Nunes de Souza*
Para que não me recriminem e
digam que estou indo de encontro aos lutadores e trabalhadores camelôs, adianto
que, mais uma vez, estou tentando sensibilizar as autoridades competentes para,
pelo menos, no mínimo organizar o enorme e surpreendente comercio informal que
dominou, integralmente, todas as ruas praças e avenidas da nossa cidade!
Escandalosamente, o pobre
transeunte não tem mais direito de andar nos passeios (ou calçadas), pois,
estão completamente tomadas por bancas de todas as espécies, desde carrinho de
picolé até veículos adaptados ou não, para servir de comércio. E olhe que até no meio das ruas, lugares
destinados a estacionamentos de veículos, são desrespeitados, tranquilamente,
com grandes tabuleiros de frutas, verduras
ou outras iguarias!
Seria completamente
suportável se essa situação fosse de uma maneira organizada e fiscalizada,
pois, condições similares existe em
diversas capitais e grandes cidades em muitos países, mas, com uma administração
invejável e, claro, respeitando os direitos de cada cidadão!
Lamento muito que meu querido amigo Humberto Martins,
titular da secretaria que é
responsável por essa
área, nada tenha
feito no sentido de modificar esse modelo, nada
exemplar, que já vem ocorrendo há dezenas
de anos e, com
interesses políticos, todos os
administradores fecham os
olhos e
colaboram para ampliar essa situação constrangedora para todos,
inclusive até para os trabalhadores camelôs
que são olhados como
se fossem criminosos, esquecendo todos que, infelizmente, pela falta de
empregos, estão lutando para
as manutenções de suas famílias!
Infelizmente, já que teremos
eleições municipais e, pelos interesses de votações expressivas por essa
volumosa vertente (são milhares), aí é que será uma invasão sem limites,
descaracterizando mais ainda a nossa cidade, transformando-a em uma louca e
surreal feira existente na Índia!
Sempre estamos chamando a
atenção, solicitando providências mais concretas, mas, a cada ano que passa
esse tormento vai se ampliando de tal forma que, se duvidar, até o próprio povo
e os comerciantes já se conformaram e olham isso com certa indiferença ou
naturalidade!
*Escritor - Membro da
Academia Grapiúna de Letras - AGRAL
- anotoniodaagral26@hotmail.com
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