quinta-feira, 14 de julho de 2016

Feira...não de Santana!

Antonio Nunes de Souza*

Para que não me recriminem e digam que estou indo de encontro aos lutadores e trabalhadores camelôs, adianto que, mais uma vez, estou tentando sensibilizar as autoridades competentes para, pelo menos, no mínimo organizar o enorme e surpreendente comercio informal que dominou, integralmente, todas as ruas praças e avenidas da nossa cidade!
Escandalosamente, o pobre transeunte não tem mais direito de andar nos passeios (ou calçadas), pois, estão completamente tomadas por bancas de todas as espécies, desde carrinho de picolé até veículos adaptados ou não, para servir de comércio.  E olhe que até no meio das ruas, lugares destinados a estacionamentos de veículos, são desrespeitados, tranquilamente, com grandes tabuleiros de frutas, verduras   ou outras iguarias!
Seria completamente suportável se essa situação fosse de uma maneira organizada e fiscalizada, pois, condições similares   existe em diversas capitais e grandes cidades em muitos países, mas, com uma administração invejável e, claro, respeitando os direitos de cada cidadão!
Lamento muito que  meu querido amigo Humberto Martins, titular  da secretaria que  é  responsável  por  essa  área,  nada  tenha  feito  no  sentido de modificar esse modelo, nada exemplar,  que já  vem ocorrendo há  dezenas  de anos  e,  com  interesses  políticos, todos  os  administradores  fecham os olhos  e  colaboram  para ampliar essa   situação constrangedora para todos, inclusive  até para  os  trabalhadores  camelôs  que  são olhados  como  se fossem  criminosos,  esquecendo todos que, infelizmente,  pela falta de  empregos,  estão lutando  para  as manutenções de suas famílias!
Infelizmente, já que teremos eleições municipais e, pelos interesses de votações expressivas por essa volumosa vertente (são milhares), aí é que será uma invasão sem limites, descaracterizando mais ainda a nossa cidade, transformando-a em uma louca e surreal feira existente na Índia!
Sempre estamos chamando a atenção, solicitando providências mais concretas, mas, a cada ano que passa esse tormento vai se ampliando de tal forma que, se duvidar, até o próprio povo e os comerciantes já se conformaram e olham isso com certa indiferença ou naturalidade!

*Escritor - Membro da Academia Grapiúna de Letras   - AGRAL -  anotoniodaagral26@hotmail.com

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