Antonio
Nunes de Souza*
As
dramatizações dos modismos chegam as raias das idiotices, quando valorizam
exageradamente certas coisas corriqueiras, passageiras, ou até milenares,
querendo fazer furor e levantar polêmicas, onde, nessas ocasiões aparecem os
letrados mestres, doutores em sociologia, psicanalistas, psiquiatras, etc., nas
mais variadas mídias, principalmente nos renovados programas, para dar suas
opiniões abalizadas (?) sobre as grandes consequências mentais e morais que,
fatalmente, deixam sequelas irreparáveis!
Você
já perceberam que estou referindo-me ao tal “Bullying” que, por quase um ano,
tomou as páginas e telas do Brasil e também em outras partes do mundo,
comparando-o a uma grande virose sem precisar de mosquitos!
Somente
para ilustrar essa baboseira tola que já está saindo do modismo, na minha
juventude tive centenas de amigos, colegas, companheiros, todos portadores de
apelidos, muitos deles bem “sacanas” e, pelo que sei até hoje nenhum foi parar
nas garras da justiça, hospitais psiquiátricos, sequelas irreparáveis, etc.,
todos, que sempre os encontro eventualmente, continuam atendendo pelos seus
velhos e divertidos apelidos e, graças a Deus, são médicos, dentistas,
agrônomos, professores, veterinários, ou comerciantes, industriais e outras
profissões completamente normais. Felizmente nunca me deparei com nenhum deles
abobalhados ou psicopatas, em função das alcunhas que eram tratados e,
carinhosamente, chamados!
Parece
que, com a operação “Lava jato”, a Globo que era a mais preocupada com essa
questão, se esqueceu um pouco e deixou esse modismo de lado!
Aproveitando
vou citar um fato dentre os milhares, que tenho um ótimo e querido amigo
chamado Geraldo, que seu apelido na juventude e puberdade era “PAIOL”, porque
ele era muito explosivo e estourado, e hoje, nosso querido paiol é calmo e
tranquilo, um grande engenheiro, profissional qualificado, bom pai de família,
solidário e um bom papo!
Eu
carrego o meu de “Antonio Manteiga”, herdado do meu pai, que era “manteiga
derretida” por ser muito chorão. Está tão enraizado em mim que,
concidentemente, muitos até pensam ser meu sobrenome, ou que já fui comerciante
dessa gordura animal!
*Escritor
– Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário