sexta-feira, 22 de julho de 2016

Bullying saindo do modismo!

Antonio Nunes de Souza*

As dramatizações dos modismos chegam as raias das idiotices, quando valorizam exageradamente certas coisas corriqueiras, passageiras, ou até milenares, querendo fazer furor e levantar polêmicas, onde, nessas ocasiões aparecem os letrados mestres, doutores em sociologia, psicanalistas, psiquiatras, etc., nas mais variadas mídias, principalmente nos renovados programas, para dar suas opiniões abalizadas (?) sobre as grandes consequências mentais e morais que, fatalmente, deixam sequelas irreparáveis!
Você já perceberam que estou referindo-me ao tal “Bullying” que, por quase um ano, tomou as páginas e telas do Brasil e também em outras partes do mundo, comparando-o a uma grande virose sem precisar de mosquitos!
Somente para ilustrar essa baboseira tola que já está saindo do modismo, na minha juventude tive centenas de amigos, colegas, companheiros, todos portadores de apelidos, muitos deles bem “sacanas” e, pelo que sei até hoje nenhum foi parar nas garras da justiça, hospitais psiquiátricos, sequelas irreparáveis, etc., todos, que sempre os encontro eventualmente, continuam atendendo pelos seus velhos e divertidos apelidos e, graças a Deus, são médicos, dentistas, agrônomos, professores, veterinários, ou comerciantes, industriais e outras profissões completamente normais. Felizmente nunca me deparei com nenhum deles abobalhados ou psicopatas, em função das alcunhas que eram tratados e, carinhosamente, chamados!
Parece que, com a operação “Lava jato”, a Globo que era a mais preocupada com essa questão, se esqueceu um pouco e deixou esse modismo de lado!
Aproveitando vou citar um fato dentre os milhares, que tenho um ótimo e querido amigo chamado Geraldo, que seu apelido na juventude e puberdade era “PAIOL”, porque ele era muito explosivo e estourado, e hoje, nosso querido paiol é calmo e tranquilo, um grande engenheiro, profissional qualificado, bom pai de família, solidário e um bom papo!
Eu carrego o meu de “Antonio Manteiga”, herdado do meu pai, que era “manteiga derretida” por ser muito chorão. Está tão enraizado em mim que, concidentemente, muitos até pensam ser meu sobrenome, ou que já fui comerciante dessa gordura animal!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com


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