quinta-feira, 2 de junho de 2016

Secos e Molhados!

Antonio Nunes de Souza*

Em princípio pode parecer que estou fazendo alguma alusão a genial e desmanchada banda/conjunto “Secos e Molhados”, onde Ney Matogrosso era a peça principal e fantástica com seus requebrados, roupas originais e uma voz até hoje aplaudida! Mas, na realidade, minha preocupação bastante lógica e pertinente, é sobre a distribuição de chuvas em nosso Brasil e em muitos outros países do mundo!

Com tristeza e desgosto, sofremos pelas duas vertentes existentes: a primeira por ver as calamidades provocadas por enchentes, destruição de cidades, monumentos históricos, provocados por chuvas devastadoras e inesperadas, que, cotidianamente, caem em determinadas áreas, deixando milhares de pessoas abandonadas ou vivendo em péssimos abrigos improvisados! Já a segunda: infelizmente, acaba de massacrar nossos sofrimentos, para nós que vivemos numa parte com uma absurda falta de chuvas, provocando a secura de rios e riachos, dizimando a agricultura, matando animais de sede e fome, provocando um êxodo rural exagerado, enchendo as cidades de pobres coitados, transformados em pedintes e moradores de rua!

Essa discrepância nos faz vacilar em nossas crenças e fé, pois, não podemos, em nenhuma hipótese, achar que seja obra de alguma divindade, castigo dos céus, ou coisa parecida. Sinceramente, mesmo sabendo e vendo a culpabilidade dos homens, não podemos achar normal que Deus, nada faça para mudar, não só o comportamento humano, como também ver que esse sofrimento causado pelas duas vertentes, nenhum benefício trará para o mundo. Ao contrário!

Tudo isso fez me lembrar de um filósofo alemão do século dezenove, Arthur Shopenhauer que, na sua descrença nas crenças disse em um dos seus pensamentos: “Se foi um Deus que criou esse mundo, cheio de maldades, doenças, sofrimentos, injustiças e outras coisas mais, sinceramente, eu não queria ser esse Deus!”

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com

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