Antonio
Nunes de Souza*
Longe
de minha pessoa está o desejo de ser sádico e gozador com meus sofridos amigos
e munícipes itabunenses, somente porque sou agora um dos prestigiados com água
doce de primeira qualidade que, por incrível que pareça, quem sofrer de
diabetes não poderá de jeito nenhum, usar o meu chuveiro, pois está passivo de
ter complicações sérias com o excesso de doçura!
Mas,
vale explicar que esse privilégio não foi, de forma alguma, graças aos esforços
da administração pública, a grande e inegável capacidade técnica do nosso
querido Ricardo Pereira, presidente da EMASA. A dádiva que passo para meus
amigos é graças a uma nota “salgada” que cooperamos entre os moradores dos
apartamentos do prédio e, tranquilamente, colocamos um poço artesiano para nos
servir, antes que virássemos esse bacalhau encharcado de sal que vem para nós,
importados dos países nórdicos!
E
nossa sorte não terminou aí, pois, depois de examinada a sagrada água, ficou
constatada que é mineral de boa qualidade, somente apenas não ser com gás. Mas,
sinceramente, aí já seria demais!
Tomo
meu gostosos banho, lavo a cabeça e, ao sair do box, algumas abelhas me seguem
para lamber a minha pele. Isso é um pouco chato, mas, faz parte da minha
doçura. Essa semana, somente como experiência, em vez de usar o sabonete pra me
esfregar, usei uma “rapadura” para que meu banho fosse completamente adocicado
e, como gosto de cantor enquanto me lavo, soltei a voz com a canção de Dorival
Caymi: É doce morrer no mar!
Não
estou querendo meter inveja a ninguém, apenas feliz pela minha situação atual,
livrando-me da condenável água salgada que está sendo servida em nossa região,
deixando todos tristes, mal servidos e nos seus chuveiros cantando: Eu queria
ser um peixe, para nadar... Nos resta
rezar para o velho S. Pedro, agora no seu dia, esperando que ele abra as
torneiras chuvosas em nossa região, para que todos se beneficiem e possam dizer
com alegria: LAR, DOCE LAR!
*Membro
da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL –
antoniodaagral26@hotmail.com
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