segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Precisava me redimir!

Antonio Nunes de Souza*

Depois de passar, praticamente, quase todo ano fazendo artigos e crônicas alertando e condenando os problemas existentes em nosso querido município de Itabuna, gostaria de pedir desculpas para aqueles que, com paciência, leram minhas ladainhas e humanizações, apresentando as melhores das intenções, porém, muitas vezes, um tanto repetitivo no sentido de tentar incutir na mente dos culpados, que bastam apenas pequenas mudanças nos seus comportamentos, um pouco de vontade política e, principalmente, respeitarem o povo que paga os seus altos salários, para que, imediatamente, se veja uma transformação maravilhosa em todas as vertentes e sentidos!
Reconheço, claro, que para que isso aconteça depende de ações coletivas e desejos unificados de solucionar problemas existentes, sem que deixem de reconhecer que os bons resultados são admirados, elogiados e benéficos para todos que participaram para suas realizações. Portanto, a colheita eleitoreira será de todos que desejam suas reeleições, independentes das linhas partidárias. Não é que eu, um pobre colunista, acredite em soluções simplistas ou passes de mágicas, mas, sem sombra de dúvidas, a união de forças e poderes em todos os sentidos da vida, sempre consegue vencer as adversidades e os acidentes de percursos. E será que é impossível uma mudança comportamental nesse sistema podre e insólito de administrar e legislar somente em causa própria?
Nada disso! O que precisa é coragem de enfrentamentos e muita cidadania. Assim como foram implantados esses podres poderes, havendo hombridades e moralidades, pode-se corrigir essa discrepância cheia de anomalias e perversidades!
Findando o ano me senti no dever de me redimir, pedir desculpas aos meus leitores que já devem estar saturados de ler meus textos ratificando meus ávidos desejos. Neste ano de 2014 vou ver se consigo escrever em Braille, pois assim fazendo, acredito que esses cegos políticos e a sociedade organizada (?), leiam e tomem ciências dos modestos pedidos de um simples representante e defensor do povo!


*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral26@hotmail.com

domingo, 29 de dezembro de 2013

Um ano de "Vane...ração"!

Antonio Nunes de Souza*

Aproveitei para criar esse neologismo, corruptela da conhecida “veneração’, para dizer algumas coisas sobre a administração do nosso prefeito Vane que, enfrentando uma série de problemas encontrados comuns em todos os inícios de gestões, montagem de uma equipe do segundo escalão do seu gosto e confiabilidade, muitas vezes, infelizmente, obrigado a ceder pressões e imposições de partidos que ajudaram para sua vitória, além da falta de recursos normalmente uma constante nos cofres das prefeituras nos inícios dos mandatos, está caminhando contra o vento e as tempestades!
Juntando tudo isso a veemente cobrança do povo em geral, exigindo imediatas providências para seus problemas, ruas e bairros como se dependessem apenas de algumas ordens, determinações ou desejos próprios, espalhando assim uma onda de condenações, comparações aos governos passados, ganhando como prêmio a velha adjetivação comum em todas as rodas de comentários jocosos e venenosos: “São todos farinha do mesmo saco!”
Mas, mesmo não tendo participado da sua campanha, pois minhas candidatas eram de outra linha partidária, não posso perder o bom senso de munícipe de respeitar e, logicamente, ajudar para que nossa cidade cresça, se desenvolva, tenha uma administração digna e respeitável. Jamais vestir o traje de carrasco opositor e torcer para que tudo dê errado, mesmo vendo que, se isso acontecer, o mais prejudicado é o povo. Porém, para esses, o importante é atrapalhar os bons resultados, para colher resultados futuros, usando a expressão conhecida por todos: “Eu não disse que não ia dar certo?”. Infelizmente, esse comportamento sórdido está tão enraizado culturalmente, que até o povo apóia e acredita nesses ávidos caçadores de poderes.
Nesse primeiro ano, ano de arrumação, adaptação ao cargo, entrosamento com os contatos estaduais e federais, levantamentos estatísticos, elaborações de projetos e um bom curso de degustação para ter que engolir sapos, cobras e lagartos, imagino que teremos um ano de 2014 com algumas novidades necessárias, fazendo com que tenhamos resultados visíveis como os que já estão acontecendo na FICC com Roberto, EMASA com Ricardo e no Hospital de Base com Bicalho. Sabemos que outras áreas estão tentando fazer algo significativo, mas, até agora, ainda não conseguimos ver o lógico é necessário.
Continuo solicitando que ajudem muito o meu querido amigo José Humberto Martins, titular da Secretaria de Indústria e Comércio, para que seja feito o saneamento do monstruoso comércio informal que, nesses últimos dez anos, tomou de assalto todas as ruas, praças e avenidas da cidade. Essa herança maldita deixada por todos os antigos prefeitos e secretários, precisa ser estruturada e organizada sem que haja prejuízos para os comerciantes informais credenciados e, logicamente, para os comerciantes estabelecidos. Nem cito os transeuntes, pois esses serão beneficiados automaticamente pelas liberações dos passeios e calçadas.
Finalmente, “mais um ano que passou e nossa cidade não pode ficar velha e acabada”. Vamos ajudar sem tendenciosidades partidárias!


*Escritor–Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna antoniodaagral26@hotmail.com

sábado, 28 de dezembro de 2013

Meu natal na casa de Billy!

Antonio Nunes de Souza*

Arredio como sou, já habituado as minhas solidões propositais, geralmente não saio para fazer festejos nessas datas, sagradas ou profanas, preferindo a paz que só encontramos, com certeza absoluta, em nosso lar!
Mas, nesse natal, por uma insistência grande dos avôs de Billy, não tive como dizer não, ainda mais por se tratar de pessoas que tenho o maior carinho e afeto, mesmo não os vendo normalmente. Uma prova cabal que as distâncias não interferem nas amizades quando essas são sinceras!
Passei antes na casa da minha irmã para uma rápida visita e segui para festejar um natal com a família do jovem Billy, que na verdade eu nem o conhecia, mas, pelo seu avô João, já tinha conhecimentos das suas peripécias e traquinagens dentro e fora de casa, provavelmente pelo grande mimo que é tratado por todos da família. O danado é meio histérico, barulhento e faz a maior festa dando pinotes nas pernas e nos colos dos que vão se aproximando dele. Muito divertido e, logicamente, prende a atenção de todos, achando graça no seu comportamento folgado, aproveitando a maneira especial que é tratado em todos os aspectos.
Para que vocês não se surpreendam, vou logo dizendo que o nosso querido e famoso Billy é nada mais, nada menos que um cão da raça Pinscher miniatura, daqueles que parecem um anãozinho Doberman, raquítico, mas late e salta bastante, faz imitações de ataques, porém  o seu desejo é apenas de brincar, chamar a atenção de todos e, obviamente, ganhar carinhos e alimentos. Depois de alguns momentos já estávamos familiarizados e ele ficou brincando por toda casa, sempre cobrando um pedacinho de peru, queijo cuia, chester e todas as boas iguarias que compunham o delicioso jantar natalino. Juro que fiquei impressionado com a maneira do tratamento dispensado ao Billy, não só por João e sua maravilhosa esposa Neuzinha, que se intitularam avós, como também pelos seus filhos genros e nora, logicamente, tios dessa figura canina impoluta. Ele claro, usava e abusava, já compreendendo que era o rei da festa e, logicamente, o dono do lar, quando todos os parentes seguiam para suas cidades e casas e ele, folgadamente, até dormia na cama do casal, como se fosse uma criança de verdade!
João orgulhoso com a sua nova cria, substituta dos filhos que já foram cuidar de suas vidas, não parava de elogiar suas aptidões e as especiais perfumarias e óleos, roupinhas, etc., que, religiosamente, compravam para alimentar suas vaidades e deixar seu animalzinho querido cheiroso e bem cuidado. Pois, além de ter seu veterinário particular, comemorava seus aniversários com festas e convidados de vários bairros da idade!
Foi uma noite agradabilíssima, diverti-me bastante, conheci essa figura altamente paparicada e, logicamente, me deu vontade de escrever algo sobre o assunto. Entretanto, voltando para casa, radiante de alegria pelos momentos agradáveis que passei, comecei a matutar e me lembrar que milhares de “Billys” humanos, naquela hora estavam já nas latas de lixo apanhando as sobras para suas refeições natalinas. Preparando com papelão suas camas embaixo das marquises e, sem nenhumas perspectivas de vidas melhores, continuariam vagando pelas ruas, provavelmente tornando-se marginais no futuro. Obvio que não sou contra a criação de animais domésticos, respeito e também admiro quem tem ou cria algum, mas, creio ser mais sensato, apadrinhar uma criança que sofrendo vive nos asilos a espera de uma adoção, pois, uma modesta ajuda mensal pode torná-lo um médico, engenheiro, advogado, professor, etc. e, conseqüentemente, menos um delinqüente nas vias públicas. Suponho que uma reflexão nesse sentido é bastante válida!
É sempre mais humano a solidariedade com seus semelhantes, que se entregarem de corpo e alma em adorações por animais irracionais, iludindo-se com visões abstratas que o animal está até falando através de gestos e olhares!!!
Vale a pena atentar para meu modesto raciocínio e a franqueza de não derramar milhões de elogios falsos, apenas colocando grilos na cabeça de meu estimado “João Grilo”!!!


*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral26@hotmail.com

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Premonição de 2014!

Antonio Nunes de Souza*

Como bom brasileiro, curioso e querendo ser informativo nos detalhes com os leitores, sempre vou atrás de um competente articulador e adivinho dos acontecimentos que seremos vítimas ou agraciados, durante o novo ano que se aproxima! No meu antigo costume e hábito, hoje já considerados medievais, fui procurar um Pai de Santo num terreiro do subúrbio, homens experientes, jogam seus búzios miraculosos e conseguem ver as venturas e desventuras que essa vida louca vai nos proporcionar. Mas, chegando à casa do dito cujo, protegida por um portão eletrônico, um porteiro e dois seguranças, tive que me identificar colocando minhas digitais em um aparelho, ser fotografado e, olhando para cima, percebi uma câmara apontada para minha direção que sozinha, acompanhava meus movimentos. Juro que me assustei com o aparato, mas, gentilmente, o recepcionista falou que fazia parte da consulta essa segurança pertinente, já que estamos passivos de assaltos e espionagem dos segredos e premonições do seu mestre. Lógico que essas declarações me deixaram pasmo e completamente fora dessa nova realidade. Já ouvir falar de todo tipo de espionagem (os americanos são sublimes nesse particular), mas, de premonições e adivinhações era a primeira vez!
Sentei e em seguida entra um homem de terno e gravata, um Notebook na mão e apresentando-se me deu seu cartão onde rapidamente pude ler: Dr. André Nogueira – Pós graduado em Tarô na Sorbonne - Mestre em Búzios eletrônicos na Universidade de Havard – PHD em Macumbas virtuais em Cambridge, Especializado em divulgar notícias ruins nas esquinas e botecos internacionais e Professor de Boataria na Fundação Getúlio Vargas. Suspirei e pensei: Porra esse homem é preparadíssimo. Esse sacana não é um Pai de Santo, esse é o próprio Santo!
Ele sentou, olhando para minha cara de espanto, tirou da gaveta um charuto cubano, uma garrafa de whisky 18 anos, se serviu, começou a fumar e beber degustando seu drinque e falou: Não usamos mais cachaça e nem charutos de terceira.Sem mais demoras, ligou seu note e começou a falar que teríamos muitas enchentes, uma grande seca numa parte do país, morrerão alguns artistas e literatos famosos, apareceriam novas duplas caipiras, serão presos e soltos muitos políticos conhecidos, serão descobertos novos ladrões nas administrações públicas, as drogas continuarão sendo vendidas e consumidas e o trânsito vai ficar cada vez mais enlouquecido em função da quantidade de carros e as imprudências das motos! Sobre os assaltos e crimes, desastres, etc., estes tendem serem ampliados em função da animosidade que os homens estão cultivando nas suas mais simples maneiras de comportamento.
-Mas o senhor não me disse nada de novo. Essas merdas todas estão acontecendo há anos!
-Claro, meu consulente. Coloquei todos os meus aplicativos para funcionar e, infelizmente, tem mais de dois meses que esse software só me aponta esses fatos normais e comuns como se fossem novidades. Se o senhor desejar, pode deixar seu PC acoplado ao nosso site de informações e, qualquer novidade a informação será enviada!
Logicamente puto da vida, pois havia pago antecipado o equivalente a duzentos Euros e estava saindo tão sem novidades como cheguei. Porém, por respeito aos meus leitores, estou passando o ocorrido!
Feliz 2014 e que o Brasil consiga ser campeão da Copa do Mundo. Fato importante para os brasileiros e o sacana nem mencionou nada a respeito. Já não se faz mais Pais de Santo como antigamente!!!
Ah! Dr. André enganador. Tantos diplomas e não adivinha porra nenhuma!


*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral26@hotmail.com

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

A prepotência literária!

Antonio Nunes de Souza*

Não constitui nenhuma novidade que Itabuna, desde o tempo dos coronéis, sempre desejou estar na frente em todas as coisas, tendo sempre um grupo de prepotentes e arrogantes que se achavam superiores em seus estatus financeiros e, obviamente, com importâncias privilegiadas. Imagine vocês que há quarenta anos o jornalista Arthur Brandão, debochadamente, dizia que Itabuna tinha mais jornais que Nova Yorque, pois, todo mundo que podia ter uma máquina impressora, fazia circular seu diário, semanário, mensal ou eventual jornal, aproveitando-se da vaidade dos tolos da época, representados por uma gama de coronéis, seus filhos e mulheres dondocas que, para alimentarem suas cabeças cheias de idéias vazias se deslumbravam em ver suas fotos e as ridículas frases elogiosas aos seus respeitos!
E, mesmo com o tempo passando, ainda perdura esse hábito tolo alimentador de revistas e colunas sociais dedicadas a explorar essa ainda rica fatia. São, sem sobras de dúvidas, os males necessários para os egos dos pobres de espírito.
Toda essa explanação nada agradável aos olhos de muitos, mas, de uma verdade incontestável, que entro no assunto principal desse artigo ou crônica bastante interessante, mostrando como continuamos tratando com a prepotência e arrogância de pessoas que se acham superiores em suas qualificações e, tolamente, procedem de uma maneira infantil e nada enriquecedora para a cultura regional. Hoje, imitando o passado jornalístico quantitativo, por uma questão de bobas vaidades, uma academia de letras que seria fundada, terminou na fundação de outra, pois, os vaidosos dissidentes, não se conformaram em não serem os manda-chuvas ou presidente, impondo seus desejos e suas únicas idéias e orientações. Daí, como uma série de outras instituições (Rotary, Lions, Clubes sociais, Igrejas, cooperativas, agremiações, sindicatos, etc.), esses prepotentes e supostos donos das verdades, acharam por bem criarem outra academia que, ridiculamente,por alguns dos seus membros (felizmente poucos e com as suas honrosas exceções de praxe) se rotularam de mais importantes, mais qualificados, mais agraciados com prêmios e, obviamente, as grandes cabeças premiadas dentro da literatura. Juro que sinto pena e lamento tanta infantilidade. Na cultura e literatura não existem primeira nem segunda classe, nós não somos trens, navios, aviões ou outros tipos de transportes, apenas divulgamos a cultura por diversos ângulos, quer sejam acadêmicos ou primitivos, mas, jamais deixam de serem enriquecedores para muitas pessoas, principalmente estimulando a um povo que não é muito fadado a ler, ainda mais quando os textos e palavras estão acima dos seus conhecimentos.
Eu escrevo desde menino e nunca tive nenhuma pretensão de entrar em academias. Quando jovem freqüentei a academia de capoeira de mestre Bimba e, algumas vezes, fui a uma academia de ginástica para equilibrar meu corpo. Fazer parte de uma academia de letras, seja ela qual for não fará de mim um grande escritor, não quero ganhar prêmios Jabutis e, quando tiver de administrar, demonstrar que sou lento como um cágado!
Deixemos essa arrogância sem sentido de lado, respeitem uma entidade que luta para engrandecer a cultura e educação, mesmo não tendo em seu bojo uma constelação de estrelas vaidosas e, quem sabe? Talvez até cadentes! O que se espera dos verdadeiros acadêmicos, e em todas elas há uma grande maioria, é que umas respeitem as outras, não só no aspecto institucional, mas também no seu caráter de entidades voltadas para o saber e conhecimento.


*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral26@hotmail.com

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

O menino Niltinho!

Antonio Nunes de Souza*

Desde menino que era endiabrado e tinham que ter cuidado e fiscalizá-lo, pois, já com dez anos ele gostava de olhar as primas e as amigas de suas irmãs quando estavam tomando banho e, ainda nem pentelho tinha, mas era um grande punheteiro!
Sua mãe, depois de tê-lo flagrado várias vezes, resolveu levá-lo a um psicólogo para que fosse analisado esse comportamento em uma criança. Porém, depois umas terapias, o psicólogo disse que passaria com o tempo, que era uma questão de idade já que ele estava entrando para a juventude, quando passará a ter um comportamento dentro dos padrões. Que a sua sagacidade estava um pouco acima do normal, porém não se poderia considerar uma anomalia! A mãe menos preocupada, contudo não deixou de continuar acompanhando seus passos, não dando chances para ele ficar por perto na hora do banho das meninas e, principalmente, não mais deixou que ele tomasse banho na piscina do edifício na hora que havia mulheres de biquine. Isso porque ele já tinha sido surpreendido pelo síndico que, de binóculos, em seu apartamento, viu, claramente, Niltinho batendo uma “aquática” na intenção da sua linda e jovem mulher que banhava-se. Desceu as pressas, pegou o moleque pelo braço, com vontade de lhe dar uns cascudos e levou para entregá-lo a sua mãe, contando o episódio absurdo do menino tarado! Logicamente o moleque tomou umas porradas, uma dúzia de bolos de palmatória que deixou suas armas sexuais vermelhas e inchadas. Ele que era até pequeno para a idade, parecendo mais jovem, ficava sempre calado, chorando e cabisbaixo. Mas, parecia uma tara, pois não podia ver um par de coxas ou uma virilha mostrando os cabelinhos, que ia logo ao banheiro e descascava uma banana com a maior tranqüilidade. Fazia isso algumas vezes durante o dia, pois, com sua idade, tesão não lhe faltava!
O tempo foi passando, Niltinho foi crescendo, nunca foi bom estudante, mas muito inteligente e jeitoso nos negócios, terminou prosperando muito se tornando um comerciante relativamente sólido. Porém, já adulto, não mais aquele velho batedor de punhêta infanto/juvenil, como seria o que todos esperavam, transformou-se em um grande fodedor, não só das suas secretárias, como atacava o universo feminino da cidade que conquistava com sua simpatia, carisma, charme e bondade de um presenteador emérito! Com essas características come-se até a mulher do diabo, sem o perigo de ir parar no inferno.
Hoje, quando me encontro com ele,cinqüentão já avô, amigo que adoro, brincando lhe dou um abraço e trato logo de encostar a bunda na parede, relembrando a sua trajetória de um grande fudião regional!
Pelo que vejo, creio que ele ainda faz suas gracinhas as escondidas. A carinha sorridente de menino traquino, mesmo com cabelos grisalhos e óculos, não disfarça que morrerá sendo o garoto sapeca de outrora!

*Escritor – Membro da academia Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral26@hotmail.com


quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Meu réveillon de 2014!

Antonio Nunes de Souza*

Como sou bastante previdente, já estou com minha programação dos festejos de fim de ano completamente elaborada, com uma sabedoria sensacional adquirida através de experiências desastrosas no passado!
Qualquer um sabe que no dia 31 de dezembro a grande maioria dos brasileiros, mesmo os que seguem outras religiões, são completamente influenciados e levados a homenagear a Rainha das Águas, nossa majestade Iemanjá. A maior parte desses devotos eventuais são apenas umas “Maria vai com as outras”, que por modismo e para estar na onda folclórica, vão dar seus presentes, pular suas ondas, jogar suas flores e, logicamente, fazer seus impossíveis pedidos, sem contar as “sacanagens” franciscanas que acontecem nesses eventos!
E eu que não sou diferente de ninguém, também adoro essa sacanagem toda, sem levar em conta nada de religiosidade. Meu negócio nesse dia é completamente profano, arranjo uma companhia bonita, agradável e inteligente e, sem maiores compromissos vamos nos divertir, dançar, beber, comer, rir, se lambuzar com areia e depois partir para o hotel para realmente penetrar nos lugares que nos proporcionam pequenos choques milagrosos! Temos que ter cautela e nos policiar, pois, se bebermos demais, quando chegamos ao hotel, depois de um banho, entramos num sono profundo deixando a parceira na mão e perdendo o fechamento de ouro desse evento anual!
E ainda está arriscado a ouvir da sua parceira o seguinte deboche: Você antes era um CD = “Comia e dormia!”. E hoje você se transformou em um DVD = “Deita, vira e dorme!”.
Já reservei minha pousada em Ilhéus, a companhia estamos em fase de acertos, já tracei meu plano de ir pela manhã para não pegar aquele trânsito sacana na ponte e estrada para Olivença, vou levando meu champanhe predileto, a tal da roupa branca exigida, o carro totalmente revisado, embora o pacote já esteja pago estou levando grana extra, creio que não está faltando nada em termos de precauções!
Não quero de jeito nenhum que aconteça o que ocorreu o ano passado: Saí daqui no fim da tarde, fiquei engarrafado na estrada até as duas horas da manhã, não assisti a comemoração, queima de fogos, brindes, etc., com fome na estrada e puto da vida pelas reclamações da parceira. Chegando ao hotel, ambos calados e zangados, resolvi voltar na mesma hora para Itabuna e, na volta, pegamos outro engarrafamento que só chegamos a Itabuna as nove horas da manhã! Uma verdadeira tragédia e ainda tive que ouvir da minha linda companhia que passei quase todo ano tentando levá-la para a cama, a seguinte e triste frase de despedida: “Você é um merda mesmo!”.
Nunca mais tive chance de comer Priscila. Esse era o seu nome. Mas, com Tereza esse ano o pau vai comer direitinho sem dó nem piedade e contarei para vocês nos mínimos detalhes!
Feliz Ano Novo e viva a Rainha das águas!!!


*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral26@hotmail.com 

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

O dia que Papai Noel ficou retado!

Antonio Nunes de Souza*

Ficou retado e com toda razão, pois passou a noite trabalhando muito na separação dos presentes e, ainda sem dormir, chegou à janela e viu uma grande faixa pendurada pelas renas, dizendo que estavam em greve, querendo e exigindo uma séria reivindicação!
Quase não acreditou no que estava vendo, mas, pelas caras dos animais, percebeu que a coisa era real e que teria de negociar com os galhudos animais, pois se trata da sua força motriz para o desempenho da sua nobre missão. Entretanto, me submeter às vontades de uma tropa de sacanas, que sempre dei boa alimentação, refrigeração das melhores no verão, baias confortáveis e toda assistência veterinária, não justifica que seja pressionado a oferecer melhores condições. Mas, como já sofremos com a incompreensão humana que se diz racional, nos exigindo absurdos e com comportamentos de animais ferozes, imagine vocês o que se pode esperar de animais irracionais, mesmo aqueles com aparências bonitinhas e admiradas por todos. Porém, por maior que seja o meu saco, que todos sabem que é grande, não posso deixar de ficar retado em razão de antes de termos uma conversa preliminar para acordos, venham logo me ameaçando com uma greve na véspera do Natal.
Preparei minha sala de reunião e, prontamente, chamei uma rena que fosse representante do grupo para conversar. Contudo, elas responderam que teria que ser com a participação de todas as renas, em função do pedido que tinha unanimidade! Não gostei logo de início, mas, para ser democrático concordei. Depois de sentados, fui logo perguntando qual é o motivo da greve e o que elas desejavam. Uma grande rena, das mais sabidas, que corria sempre na frente e era boa negociadora, levantou e disse: Não queremos nada para nós, nosso pedido é para que o senhor dê de presente ao Capitão Azevedo, o ex prefeito, a aprovação de todas nebulosas contas durante sua gestão! Aí foi que fiquei retado, vermelho que nem um camarão e, dei uma bronca filha da puta em todo mundo e, como curiosidade, perguntei de quem tinha sido essa idéia macabra sem pé e nem cabeça, de colocar vocês num caso tão absurdo?
Escabreada, a rena líder respondeu: foram uns políticos de um partido interessado em elegê-lo deputado federal, que nos prometeu uma série de coisas para que nós fizéssemos esse pedido e que o senhor aceitasse. Prometeram até que lhe mandaria uma caminhonete cabine dupla para suas entregas e nós passaríamos a estar de folga desse serviço!
Pois não vou fazer essa merda não! E vocês se piquem daqui, vão cuidar dos seus arreios, verificar o trenó e se prepararem para nossa jornada! Saíram todas as renas cabisbaixas e com vergonha pela tolice da proposta indecente.
Papai Noel, mesmo estando retadíssimo, pensou: Essa raça de políticos, além de fazer miséria contra o povo, ainda acreditam que Papai Noel existe e é capaz de fazer milagres absurdos! Hô! Hô! Hô! Hô!


*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral26@hotmail.com

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Doze homens e uma sentença!

Antonio Nunes de Souza*

O título acima é de um clássico da cinemateca mundial, que fez sucesso em 1957 como uma obra prima do suspense, realizado, praticamente, em uma sala apenas, todas suas filmagens.  Foi à estréia do jovem diretor Sidney Lumet que, até os dias de hoje, ainda faz o maior sucesso, prendendo a platéia por mais de uma hora de projeção! Uma das maiores interpretações do genial e saudoso ator Henry Fonda.
Aqui, na nossa aldeia tupiniquim, tivemos uma representação dramática ao vivo, desenrolada em várias salas as escondidas, onde onze jurados se reuniam com o próprio acusado e seus advogados de defesa, no sentido de conservar esses malditos votos e, naturalmente, modificar os dos restantes vereadores, conseqüentemente, inocentando um acusado completamente condenado, não só pelo Tribunal como, pelo povo, graças as suas desastradas ações durante sua gestão sem nenhum brilho ou respeito aos munícipes!
Felizmente, tivemos uma réplica com certa similaridade, porém contamos com onze homens e uma sentença que, mostrando as suas caras, votaram dentro de um critério correto, não se deixando vender pela troca de favores, cargos comissionados, votos extras ou outras coisas que fossem e, por respeito, medo, coragem ou dignidade, mantiveram a sentença já determinada pelo Tribunal dos Municípios, alijando, temporariamente, das fileiras políticas, aquele que foi o responsável maior dos erros cometidos!
A alegria contagiante por esse resultado, também nos deixou triste de presenciar, praticamente 50% dos vereadores (no caso dez deles), absurdamente, mesmo às claras, votarem pela inocência de um homem completamente culpado, através de provas cabais durantes todos os anos da sua desastrosa gestão, não tendo eles o senso vergonhoso de pronunciarem suas justificativas mais simplórias e insustentáveis possíveis. Obedecendo as instruções de seus partidos, corporativismo, amizade, pagamento de favores no passado, pensando em favores no futuro e outras desconhecidas coisas mais, esquecendo completamente que foram eleitos pelo povo para defender os seus direitos e não apoiar absurdos pensando nos bons resultados que terão e o município que exploda!
Foi uma vitória histórica, graças às pressões exercidas por muitos e uma derrota por ver que temos que agüentar uma grande parte de câmara, composta de vereadores que se preocupam apenas com seus benefícios!
Que esse fato seja o início de uma nova postura política na região!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral26@hotmail.com


quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Usando Mandela!

Antonio Nunes de Souza*

Dizer que Nelson Mandela foi um grande líder, político, exemplo humano, salvador do seu povo, libertador, etc. é, simplesmente, chover no molhado, pois todos os jornais do mundo já dedicaram matérias completíssimas sobre isso e, nada que eu possa dizer, constituirá alguma novidade!
Sendo assim, vendo as preparações do enterro desse homem, passei a contabilizar, anotar, estudar o tempo passado e, lamentavelmente, estou me deparando com uma enxurrada de velhos políticos que, durante dezenas de anos, mesmo militando e apregoando democracias pelo mundo a fora, jamais se dedicaram a fazer pressões contra os colonizadores cruéis da África do Sul, no sentido de corrigir a injustiça que estavam cometendo com as arbitrárias prisões de vários homens e mulheres, dentre eles o Nelson Mandela, provocando em suas  represálias assassinatos a sangue frio, matanças descabidas, além das perseguições brutais, ocasiões em que os aprisionados eram torturados até a morte!
Essa observação que faço é para aqueles que foram omissos completamente, não só pelas suas conveniências, como também, por estarem praticando as mesmas misérias em seus próprios países, contra o seu próprio povo!
Hoje, sem o menor escrúpulo e vergonha, aparecem com seus discursos sentimentais, suas grandes coroas de flores, acompanhados de suas esposas, ministros e outras companhias de homens que pretendem projetar, fazendo carinhas de santos, proferindo seus discursos patéticos e mentirosos usando a imagem e o comportamento digno e exemplar de um homem que, sem nenhuma dúvida, representou e honrou a sua etnia, dando um exemplo que jamais será esquecido. Sinto asco e repugnância por essa troupe. Uma pena que o mundo com sua grande massa ainda pura e limitada educacionalmente, deixe passar despercebida essa atitude cheia de falta de solidariedades!
Será que temos que nos adaptar a esse comportamento como uma normalidade, ou devemos lutar para tentar mudar esses podres poderes?
Voltando para suas casas, eles vão levando em suas bagagens dezenas de fotos, junto ao caixão e familiares do herói morto, para que sejam publicadas pela sua mídia marrom que, bem paga, encarrega-se da divulgação!
Prefiro, mesmo sendo considerado um tolo e louco, brigar veementemente contra esse procedimento nada humano, que hoje faz parte ativa do cotidiano dessa nossa “Vida Louca”!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral26@hotmail.com


segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Feliz Natal...

                                                         Antonio Nunes de Souza*

“Feliz Natal e próspero Ano Novo!”

Esse clichê conhecido e muitíssimo usado nos fins de anos, criado certamente pelas mídias comerciais, é claro, objetivo, simples e, sem dúvida alguma atinge seu ideal de consumismo, sendo um processo entranhado na mente de todas as pessoas, seguindo a tradição passada por gerações durante suas vidas!
Entretanto, dentro do seu bojo, pouquíssimo está explícita a intenção religiosa, já que nele as objetivações principais é que você tenha uma noite agradável, uma ceia farta, deguste bons vinhos ou champanhe, receba e dê bastante presentes e, que o próximo ano que começará seja cheio de progressos, crescimentos financeiros, melhorias profissionais, etc.. Até aí vai tudo bem, porém, lamentavelmente, pouco ou nada focaliza a parte mais importante e celestial que é a religiosidade do evento, da data, seu significado, o revigoramento da fé e, acima de tudo, o nosso amar a Deus sobre todas as coisas, pois Ele, na sua bondade, mandou seu filho Jesus Cristo para mostrar aos homens os caminhos da paz através das suas palavras e exemplos, voltando para os braços do seu Pai após bastantes sofrimentos, porém com a felicidade do dever cumprido!
Não estamos querendo desmistificar a “estória”, o que queremos é reativar a memória para a “historia”, dando um cunho diferenciado e com a objetivação mais direcionada a parte da religiosidade que, para tanto, bastaria uma modificação nesse desgastado refrão, colocando a verdade bíblica que, verdadeiramente, devemos comemorar!
Devemos nós, pelas experiências e sabedorias que somente o tempo nos ensina, fazer com que os jovens entendam a necessidade da iluminação divina que sempre clareará nossos caminhos, desde quando estejamos cumprindo nossa parte de bons cristãos!
Eu se tivesse o poder de mudar, substituiria esse slogan desgastado por outro mais longo, porém dando ênfase ao que significa o verdadeiro Natal:
“Comemore a maior data da cristandade lembrando-se, que nesse dia nasceu o menino Jesus, aquele que veio ao mundo para nos salvar. E, no próximo ano, você seja mais solidário, humano e ame aos seus irmãos como Jesus nos amou!”
Um Natal com fé é um Natal feliz!!!

*Escritor – Membro da Academias Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral26@hotmail.com


quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Nossa campanha não é tão brilhante!

Antonio Nunes de Souza*

Estamos todos assistindo diariamente na TV Record, uma campanha acirrada da Igreja Universal na busca de ampliar os seus seguidores, mostrando através de depoimentos de pessoas que se realizaram, conquistaram posições sociais, financeiras e profissionais, graças os aprendizados e ensinamentos do Bispo Macedo e seus Pastores milagreiros! Depois de ressaltarem todas suas virtudes, ouvimos o fechamento muito bem bolado: Eu sou a Universal!
Analisando com cuidados especiais, sem querer ser injusto com ninguém, fiquei matutando uma série de idéias no sentido de aproveitar o gancho, também fazendo a nossa campanha, para que as pessoas que vestirem as carapuças reflitam e vejam que, “torto não pode falar do aleijado”, como dizia o sábio popular do meu avô! Então, assim sendo, também bolei a nossa campanha, parodiando a original, utilizando-me de situações que acontecem normalmente nessa vida louca que vivemos:
Meu nome é José da Silva Santos, tenho formação acadêmica, mas, poderia não ter, todos da minha família votaram em um candidato ficha suja, porém ele nos prometeu emprego para todos, quando um policial numa blitz ou no posto rodoviário, percebe que cometi uma infração, tento logo de convencê-lo a receber uma “cervejinha” para eu seguir meu caminho (e, lamentavelmente, ele aceita), quando vou a uma repartição sempre dou uma gorjeta por fora para ser atendido logo, se acontece algo na área policial comigo ou parentes, procuro logo ver se o delegado come “bola” para facilitar, dou presentes ao pessoal da carceragem para dar facilidades aos meus parentes e aderentes presos, se por um acaso chega as minhas mãos uma nota falsa em vez de destruí-la já que fui enganado, procuro um otário coitado e passo pra frente e ainda me gabo pela minha sabedoria, se me dão um troco a mais nunca devolvo, pois cada um deve prestar atenção no seu trabalho, nunca me preocupei se os candidatos são ruins para o povo e minha cidade, uma vez que o importante é ele ser bom para mim e me dar boas condições, quando o povo fala mal deles eu veja a verdade, mas, como gratidão e para não perdera a “boca”, muitas vezes os defendo veemente!
Por essas razões que declarei acima, posso me orgulhar (?) e dizer:   EU SOU CORRUPTO E CORRUPTOR!
Absurdamente é lamentável, mas, tudo que foi dito é normalmente usado na vida do brasileiro, obvio que tem as exceções, que infelizmente a cada dia estão sendo minimizadas, graças ao péssimo sistema já enraizado e implantado na nação tupiniquim!


*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral26@hotmail.com

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Escolas, hospitais ou presídios?

Antonio Nunes de Souza*

Certamente, se for feita uma pesquisa criteriosa e bem traçada, teremos índices contraditórios, as similaridades nas três áreas será difícil, pois, cada brasileiro tem sua opinião sobre as prioridades, achando que, alavancando ou ampliando certos setores, soluções serão sanadas imediatamente. Mas, sabemos todos, ou deveríamos saber que não existem tomadas de posições e projetos em qualquer setor, que se consigam resultados concretos imediatamente. Principalmente e lamentavelmente nas administrações públicas, onde para fazer um projeto andar, ser aprovado depois de contestações e emendas, acordos partidários, liberações de verbas, licitações, etc., a demora é tamanha que, antes do início das referidas obras, já surgiram vários outros problemas tão graves quanto, desviando as atenções não só dos políticos como, lamentavelmente, do próprio povo reivindicador!
É obvio que as três vertentes são altamente importantes, num país que cada dia precisa ser mais bem educado para melhorar o nível qualitativo de sua população, impulsionar progresso, preparar educadores responsáveis e comprometidos, pensando obter no futuro frutos invejáveis e respeitados mundialmente. A educação é a base de tudo em nossas vidas, pois, através dela e com ela, galgamos os maiores obstáculos chegando a realizar nossos sonhos de cidadania e o desejo de transmitir os saberes adquiridos! Meus respeitos aos professores serão sempre eternos, principalmente para aqueles que, mesmo com remunerações aviltantes, se sacrificam com suas labutas diárias!
Partindo para a saúde, outra área de igual valor, já que uma alimenta as mentes, formações e profissionalismos, a outra cuida do corpo e da alma. Percebe-se claramente que ambas são de grande importância no contexto geral da vida. Temos, sem nenhum favor, encará-las como igualitárias! Porém, como citamos acima, todas as operações lentas, demoradas e falta de interesses políticos de uma expressiva gama de homens, que apenas estão comprometidos com os seus interesses, sempre são mudadas as administrações, mas a metodologia e desempenhos são sempre repetidos como se fosse a mecânica normal do condenável sistema!
E, infelizmente, pela falta abundante da educação e saúde, aliada ao desemprego, falta de moradia, segurança claudicante com infiltrações de bandidos, corrupções, peculatos, avanço mundial na distribuição e venda de drogas e prostituição, ampliamos a criminalidade de tal forma, que já não temos onde colocar essa quantidade gigantesca de marginais. Ainda tendo que enfrentar uma justiça que se baseia em leis obsoletas que, propositadamente no passado, já deixaram as brechas como válvulas de escape para aqueles que têm condições financeiras para utilizá-las. Por outro lado, pelo número avantajado de prisões, com a falta de vagas a justiça também é obrigada a fornecer alvarás de soltura para muita gente que não merece que, imediatamente, voltam para a vida criminosa!
A verdade é que as três coisas são muito importantes, assim como centenas de outras, e nós temos que ficar gritando por socorro nas ruas, servindo de “acarajés e abarás” para os policiais nos encherem de pimenta, achando que no “nosso” é refresco!


*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral26@hotmail.com