terça-feira, 8 de novembro de 2011

O estado na economia!

                                     Antonio Nunes de Souza*

Certos regimes, principalmente os de esquerda, fazem apologia ao monopólio estatal. Mas, a história tem provado que o capital privado e a liberdade de mercado são fatores preponderantes nos desenvolvimentos industriais, comerciais e tecnológicos, proporcionando uma concorrência que, sem sombras de dúvidas, traz benefícios às comunidades, pois, as empresa procuram investir em tecnologias e pesquisas no sentido de melhor atender as necessidades e demandas e, consequentemente, oferecer aos consumidores preços mais competitivos, melhor qualidade e fazendo frente aos concorrentes.
A interferência do governo deve ser de órgão fiscalizador, coibindo a instituição de cartelismos, assim como, não singularizar concessões, principalmente de serviços essenciais, para que os usuários tenham opções e não sejam obrigados a explorações contínuas.
Tomando nosso país como exemplo, infelizmente, praticamente todas as empresas estatais são deficitárias, excetuando pouquíssimas que se destacam internacionalmente (Petrobrás. Correios, Embratel e Embraer), aliadas a outras de menores expressões. Entretanto, temos que observar que, os resultados negativos alcançados nas empresas governamentais, são proporcionados pelas interferências políticas em suas administrações, uma vez que, geralmente, são presididas e dirigidas por homens sem as qualificações técnicas necessárias, pesando para tanto o prestígio político/partidário.
Acredito que, se tivéssemos uma cultura com maior desenvoltura de cidadania e compromisso com nosso país, os homens olhassem a empresa pública como um patrimônio de todos, gerindo e trabalhando com dignidade, os resultados seriam bastante expressivos, já que a lucratividade beneficiaria toda nação. Mas, pela falta de esclarecimento, educação, vícios, etc., a grande maioria encara as estatais como “é do governo” e não desenvolvem um comportamental digno e trabalhando com produtividade. Suponho ser quase impossível mudar essa mentalidade secular.
O maior exemplo que temos de economia aberta no mundo é a dos Estados Unidos. Altamente capitalista, o investimento privado é visto em todas as vertentes, as possibilidades estão ao alcance de todos, mas, mesmo com leis e regras bastante rigorosas, estamos vendo atualmente resultados estarrecedores no seu universo financeiro, abalando, praticamente todos os países, já que vivemos regidos pelo dólar. A experiência européia com o euro, já começou a dar problemas (vide a Grécia) que abalaram, totalmente, o mundo financeiro e, com essa abertura de socorro, abriram-se precedentes para outros países, que nas necessidades, sejam também atendidos com trilhões de euros na busca da salvação, se não arrasta todos para o abismo. Esse exemplo é um paradoxo para nossa opinião, porém, também contradiz com uma série de conceitos e argumentações de homens como Karl Marx, Keynes e outros que formataram fórmulas e conceitos miraculosos e, na prática, não funcionaram ou apenas funcionam em parte, graças aos motivos acima expostos.
Lamentavelmente, o problema não são as instituições ou regras estabelecidas. São, simplesmente, os homens e suas ganâncias de poder!
*Escritor (Blog Vida Louca – ansouza_ba@hotmail.com)                                                       

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