Antonio Nunes de Souza*
Quando menos esperava, ela com um movimento
tranquilo e estudado, começou a baixar o zíper da minha calça e, mais que
depressa, enfiou a mão apalpando o que já estava rígido e latejando na parte
baixa do meu corpo. Digo-lhe que fiquei surpreso pela iniciativa tomada, já que
era nosso primeiro encontro e tinha apenas dois dias que havíamos nos
conhecido. A beleza angelical dos seus 17 anos, não demonstrava que era
possuidora de uma experiência tão gostosa e agradável nas maneiras mais deliciosas
de dar prazer ao seu parceiro, acariciando seus pontos vitais em matéria de
sexo.
Continuamos nos beijando cada vez com maior furor. Embora o
desconforto dos bancos do carro não propiciasse a harmonia de movimentos,
mantínhamo-nos agarrados um ao outro e suados pelo calor. Não da noite, mas dos
nossos corpos excitados, que faziam com que os vidros fechados do carro
ficassem embaçados, nos dando a ilusão de uma proteção contra os eventuais
passantes noturnos, como se fosse uma cortina de filó. Enquanto isso, nossas
mãos trabalhavam com meigas carícias, fazendo nossas respirações ficarem
descompassadas e ofegantes, anunciando a proximidade dos nossos esperados e
desejados prazeres.
Seus olhos, assim como os meus, estavam com as pupilas
dilatadas e nossas narinas abriam e fechavam durante a respiração que, naquela
hora, éramos o retrato fiel de animais no cio. Nem o passar dos carros na
avenida, focalizando-nos quase sempre com os faróis, fazia com que desviássemos
a atenção do que estávamos fazendo. O clima de desejo recíproco nos deixava
cegos e ávidos de amores, pois naquele momento, nada nos importava a não ser o
próximo, ansioso e esperado orgasmo conjunto.
Procurei amenizar as caricias, utilizando o expediente de
falar alguma coisa, pensando somente em elastecer aquele momento para que não
chegássemos ao clímax sem aproveitar aquela louca e inesperada oportunidade.
Entretanto, ela fechou-me a boca com beijos lambidos e babados e, com seu
hálito quente e cheiro estranho, soprava e sugava minha boca como se quizasse,
literalmente, comer-me.
Nada mais poderia fazer em termos de prolongamento de tempo.
Voltei a acariciar com os dedos o seu clitoris, apalpando o seu sexo, ao tempo
em que ela abria cada vez mais suas pernas, demonstrando estar sedenta de
prazer.
Aí, num rápido e preciso movimento, ela desceu sua boca até
embaixo e abocanhou-me com tanto desejo que, naquele momento, o inevitável
aconteceu. Ela foi apertando a minha mão com as suas coxas, espasmodicamente
contraindo-se junto ao meu corpo, enquanto eu tremia de prazer, ejaculando em
sua cálida boca.
Paramos silenciosamente procurando equilibrar nossas
respirações, mas mesmo cansado pelo prazeroso esforço, continuei beijando-a por
todo seu rosto e disse: Eu gostei muito de você porque você foi maravilhosa!
E ela sorrindo, respondeu: E eu fui maravilhosa, porque gostei
muito de você!
*Escritor-Membro da Academia Grapiúna de
Letras-AGRAL-antoniodaagral26@hotmail.com-antoniomanteiga.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário