Antonio Nunes de Souza*
Sendo esse o
último mês, representa o final de uma etapa anual que, depois desses trezentos
e trinta e quatro dias passados, teremos trinta e um dias para fazer nossas
reflexões, projetos alcançados, alegrias, decepções, crescimentos, amores,
família, trabalho e, com muito rigor e detalhadamente, um balanço dos nossos
comportamentos.
Nós humanos
temos o grave defeito cultural de colocar as culpas das nossas frustrações e
acidentes de percursos condenando terceiros, sempre achando que estamos
cobertos de razões e somos injustiçados, quer seja pela sociedade, quer seja
pelos governos. Óbvio que essa é a maneira mais cômoda e simples de justificar
nossos desacertos e desencontros, sendo poucas as vezes que chegamos à
conclusão que, muitas das soluções, dependeram apenas dos nossos esforços e
perseverança para suas realizações. E esse veredicto ocorre, exatamente, pela
falta de aproveitamento no nosso privilegiado dezembro, que, em vez de nos
voltamos para um processo analítico interno e mental, concentramos todos os
nossos esforços e desejos nas comemorações das festividades, estimuladas pelo
comércio na avidez de ampliar suas vendas.
Quanto ao
processo analítico individual, super essencial para o nosso crescimento, basta
apenas que sejamos imparciais, racionais e apliquemos bom senso nos
auto-julgamentos. Mas, com relação à vida comunitária, como o próprio nome diz:
“viver proporcionando o bem comum para todos”, não podemos ficar pasmos com os
absurdos grotescos que acontecem no nosso município, nos escondendo por trás
das omissões e com os braços cruzados filosofando em surdina, sem que atitudes
sejam tomadas ou estimuladas a tomarem, conjuntamente, mostrando a indignação
que nos encontramos perante a falta de respeito que estão nos impingindo os
gestores de Itabuna.
Como seria
maravilhoso que, aproveitando esse dezembro que inicia, a sociedade também
iniciasse um movimento sólido e eficaz junto as autoridades competentes, dentro
dos nossos direitos de cidadãos e da própria lei, que afastem e apurem os
descalabros confessados pelos próprios envolvidos, não permitindo acordos,
retrocessos e continuação das vergonhosas operações.
A imprensa
denuncia, diariamente, o desastre que está a saúde, licitações suspeitas,
desvio de verbas, sucos da merenda escolar, pagamentos atrasados, apropriação
de bens públicos, trânsito caótico, ruas esburacadas, camelôs se apoderaram do
centro da cidade, etc., sem falar na segurança que é um caso nacional, mas,
sendo uma cidade do interior, poderia ser minimizada.
Saliento
que, baseando-me nas publicações de todos os jornais da cidade é que, como
munícipe, solicito apurações e solidariedade coletiva, para comprovar tais
denúncias e sejam punidos os culpados ou esclarecidas suas inocências!
Infelizmente,
se não tomarmos atitudes, esse será mais um dezembro que deixará a desejar!
Ano Novo e
vida velha!!!
*Escritor-Membro da Academia
Grapiúna de
Letras-AGRAL-antoniodaagral26@hotmail.com-antoniomanteiga;blogspot.com
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